quinta-feira, 13 de julho de 2017

Todos os dias são bons dias para… (IV)

"I like smoke and lightning, heavy metal thunder"
Sabiam que hoje é o Dia Mundial do Rock? Porquê, perguntas tu motociclista. Porque faz hoje 32 (trinta e dois) anos – irra!!!!! – que o rock se fez ouvir por todo o mundo, graças ao festival Live Aid, organizado por Bob Geldof e Midge Ure, em 1985. O evento dividido por concertos em Londres, Filadélfia, Sidney, Moscovo e Japão foi transmitido para cerca de 1,5 mil milhões de pessoas em todo o mundo, sendo o objectivo arrecadar fundos para travar a fome na Etiópia. 

A música e em especial o Rock sempre fizeram pate do imaginário do motociclismo. Partir para longe, para muito longe, em exclamação de Vida, Liberdade e Prazer. Ao som do Rock and…, roll.

Celebremos. Um fim de tarde. Uma brisa suave. Uma estrada torcida. Uma tasca na curva. Uma Sagres fresquinha (só uma!). Uma miúda compincha. Uma guitarra que grita. Uma vida que se vive. 

Todos os dias são bons dias para andar de mota. Celebremos. No seu dia mundial, façamos uma enorme vénia ao Rock. Os poucos que têm som nas suas motas, que façam ouvir bem alto as suas colunas. Aos demais deixo a sugestão. Ide andar de mota a trautear os lendários australianos AC/DC – aqui no Estádio Monumental de Núñez em 2009, casa do River Plate em Buenos Aires, durante a Black Ice World Tour. Yeahhhhh!!!!!

terça-feira, 11 de julho de 2017

Córdoba e Toledo por Estradas Nacionais (III)

Seguramente que há mais de vinte anos sonhava com esta voltinha..., termino hoje o relato desta fuga que comecei a contra aqui (link) e aqui (link)

Estas viagens relâmpago têm sempre a sua má moeda. Partimos assim, felizes da vida, mas…, regressamos depressa demais. Na terça-feira dita de Carnaval, foi tempo de arrumar a mala e regressar a casa. A opção foi seguir pela CM-401 pois o foco desse dia era a N-502 que dá acesso à EX-102 que passa o Puerto de San Vicente e beija a Serra de Guadalupe. Em termos de condução este foi claramente o destaque desta jornada. São cerca de oitenta quilómetros de estrada bem asfaltada com curvas bem desenhadas tudo próximo da classe mundial. 

Para despedida, o almoço acabou por ser feito bem junto da Catedral de Guadalupe no restaurante…, Guadalupe. Dez euros para entrada, primeiro prato, segundo prato, sobremesa, bebidas, café e licor digestivo; tudo caseiro, tudo apresentado com respeito. Uma última surpresa que transformou esta pequena viagem num autêntico mini raide moto-gastronómico. 

O regresso à base, em Lisboa, foi feito via EX-209 e N4 já em Portugal. Acabou por ser um longo dia de estrada, cerca de 600 quilómetros, tendo o cansaço se feito notar na parte final devido à minha teimosia de não pisar auto estradas. 

O airbnb voltou, pela enésima vez no meu caso, a revelar-se aposta acertada para as dormidas. Só paga hotéis caros ou locais manhosos quem quer. A Honda CRF 1000L Africa Twin DCT revelou-se o quanto baste confortável e confirmou a sua versatilidade. Estando longe de ser um sport tourer, lambe o asfalto com eficácia e destreza. Foram feitos 1420 quilómetros com um decepcionante consumo de 6.3 l/100Km – contas “de cabeça”, as malas laterais penalizam o consumo em pelo menos meio litro por cem quilómetros. 

Toledo é bonito mas não me fascinou. Fiquei com vontade de regressar a Córdova. E a retorcida estrada na região da Serra de Guadalupe recomenda-se vivamente. Esta é uma voltinha de mota diferente, culturalmente exótica, fácil e económica. A repetir sempre que possível.
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