As minhas expectativas eram baixas (link) mas rapidamente dei o “braço a torcer” (link). Foi de facto um Dakar surpreendente. Duro e espetacular. Emocionante…, como todas as Maratonas herdeiras da Rainha Africana deveriam de ser. As duas etapas anuladas não estragaram a Festa e, desta vez, a ASO está de parabéns. Tal como no início da edição 2018, deixo-vos as palavras de João Carlos Costa - também ele de parabéns por nos trazer “O Sonho”, de forma ímpar, todas as noites no Eurosport.
Durante algum tempo era o “Gordo”. Muitos diziam que só estava na KTM por ser austríaco e protegido de Heinz Kinigadner, que o levou para a marca em 2004, tinha então 18 anos. Mas Matthias Walkner foi sempre evoluindo. Tal como o padrinho, ganhou no Motocross (campeão do mundo MX3) e depois rumou ao TT.
Na primeira experiência no Dakar (2015) mostrou velocidade - venceu uma especial - e igual dose de loucura. Na segunda tentativa, repetiu a queda com uma lesão grave. Mas no ano passado levou a KTM ao segundo posto e em 2018 foi o piloto que ofereceu à marca a décima sétima vitória consecutiva. Isto depois de ser um dos protagonistas naquele episódio extra do “Lost” na décima etapa, sendo o único que escapou às armadilhas de navegação ou do terreno, para conquistar uma vantagem que se revelou decisiva.
Também é verdade que Walkner foi o único dos pilotos da frente que evitou problemas de maior, nunca estando abaixo de sexto na geral.
A KTM voltou a vencer. Desta feita houve duas motos da marca austríaca no pódio. É o mínimo que tem acontecido desde 2001. Aliás, para se perceber esse domínio das “laranjas” no Dakar, desde esse ano, em cinquenta e um lugares de pódio possíveis, só sete não foram para pilotos montados em KTM. Por mera curiosidade, desses, três foram de portugueses: duas vezes Hélder Rodrigues, de Yamaha, e uma Paulo Gonçalves, com uma Honda.
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