terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Triumph Tiger 1200 XCa à prova

Phantera tigris é o nome científico do tigre mamífero carnívoro da família dos felídeos, que habita o continente asiático. São animais extremamente territoriais e solitários, classificados como superpredadores. O Tigre é o terceiro maior carnívoro terrestre, atrás apenas do Urso-polar e do Urso-de-Kodiak. É um dos animais mais carismáticos do mundo.

O novíssimo “mamífero” da Triumph impressiona pelas suas dimensões. Mas até aqui nada de novo, estamos cada vez mais habituados a tais medidas. Ainda antes de (tentar) domar o felino aprecio-o. Fascinam-me os ângulos dramáticos da zona frontal da mota, aprecio o belo encaixe, denunciante de conforto, do conjunto banco-deposito e seduz-me o aspecto robusto. 

LED, TFT, DLR, “joystick”, “ride-by-wire”, “Triumph Shift Assist”, “cornering ABS”, IMU, TSAS, “hill hold”, “cruise control” e “keyless”, enfim “keyless… 

Após alguns minutos de necessário briefing tecnológico, com os primeiros quilómetros ainda na cidade, a palavra-chave desta prova começa a revelar-se: equilíbrio. Esta “phantera tigris” revela-se dócil e surpreendentemente fácil de passear pelas ruas de Lisboa. 

Equilíbrio é o que vamos também encontrar quando surge o asfalto retorcido dos campos a norte da capital, agora pintados de inverno. Aqui, para além dos dentes afiados do tricilíndrico, dois elementos tecnológicos se destacam. A excelente suspensão semi-activa WP e a eficaz troca de caixa electrónica - que funciona nos dois sentidos. Ah…, e como sabe bem mergulhar a categórica frente numa curva afiada e ouvir o roncar do sistema de escape da Arrow, com silenciador em Titânio revestido a carbono, com o gás aberto à saída. Sim meus caros, o ronco é o som típico emitido pelos tigres. 

Nos grandes espaços, as auto-estradas, e recorrendo ao controlo electrónico de velocidade de que aprendi a gostar tanto, mais equilíbrio e…, conforto (excelente a protecção aerodinâmica e a posição de condução). Aqui a Triumph Tiger 1200 XCa, faz jus à sua natureza de superpredadora e engole asfalto com prazer…, deixando o desejo e o sonho de a carregar “até às orelhas” e partir à aventura. 

Não vale a pena inventar, ou virar a mota do avesso, na busca de um ponto menos positivo só porque sim ou para ficar “bem”. No entanto digo-vos que este “carnivero” é guloso, bebendo pouco menos de sete litros de líquido inflamável do bom, por cem quilómetros de sorriso que nos coloca nos lábios.  

Numa palavra (e assumindo que ficou por prová-la fora de estrada) a Triumph Tiger 1200 XCa, assume-se como um colosso tecnológico (v.g. seis modos de condução com inúmeras possibilidades de configuração) que vem para ombrear com a concorrência e muito provavelmente bater boa parte dela. 

A Triumph Motorcycles Portugal pede 21.350€ para partir com esta “Marine” topo de gama por esse mundo fora, um preço muito interessante tendo em conta a mota em si e o nível elevado de equipamento oferecido.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Doze horas em modo “free as a dog”

Eishhhh…, que semana a passada. Plena de motociclismo. Tudo começou no outro domingo com a enorme demonstração de motociclistas por esse país fora (link). Na terça-feira fui à Triumph buscar a novíssima Tiger 1200 (link) para “Prova”, aproveitando também para fazer uma Tertúlia do Escape “especial de corrida” (link). Com o fim-de-semana à porta ainda tive de arranjar tempo para devolve-la ao dono e levantar na Honda a surpreendente CB650F (link). Faltava a cereja no topo do bolo – já lá vamos… 

Aqui há uns dias tive de sair em trabalho com um colega com quem pouco falo. Enquanto bebíamos um café, conversávamos sobre temas do trabalho e eu dizia-lhe que não preciso de mais dinheiro. Ele olhou me com um ar de puro espanto…, enquanto eu tentava explicar que preciso sim de saúde e tempo. Fundamentalmente tempo…, para fazer as coisas que amo. 

Coitado…, com aquele ar meio…, enfim, não vou dizer, sorria. Provavelmente de escarnio. Compreendo…, nunca sentou o rabo gordo numa prancha que deslize na superfície líquida da cor do céu ou…, numa mota…, uma “cena” que pelo menos anda em terra. 

São dias como o de ontem que me fazem sentir vivo. Acordar de madrugada. Sair para a estrada ainda com aquela lindíssima neblina matinal. Encontrar os camaradas e amigos. Partir para o desconhecido, mesmo que o desconhecido não esteja assim tão longe de casa. Sentir aquela fome, de quem já está de barriga cheia de outras coisas. Passar umas belas três horas na mesa, à volta de petiscos e conversas sobre algo que se deseja com paixão – sim, motociclismo. Voltar para a estrada…, e fazer de uma praia fluvial originada pela seca um autêntico recreio. 

Sim! Estou muito mais adaptado aos estranhos (para mim) Mitas E07 (link) e a Honda CRF 1000L Africa Twin DCT vai revelando todas a sua polivalência à medida que vou sendo capaz de lhe extrair mais “superfície de gozo”. Que mota fantástica… 

A “liberdade condicional” durou cerca de doze horas. Com precisão milimétrica das 8 às 20. Nada mau! E fez-me recordar a tal conversa com o colega. Ai quem me dera ter mais tempo! Para o fim reservei as palavras do costume. 

Obrigado a todos que me proporcionaram este espaço de liberdade e um dia inesquecível. Quando vamos outra vez?

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Terceira Tertúlia do Escape

Três palavras: surpresa, paixão, obrigado. 

Surpresa. Quando, no final do verão passado, desafiei o Paulo para fazer isto (link), com continuidade aqui (link), estava longe de imaginar que à terceira fosse de vez. Ou seja, não imaginei, não imaginamos, o salto qualitativo e quantitativo que estes encontros informais para falar de motas, motociclismo e viagens obtivessem à terceira manifestação.

Paixão. Como o Vítor enunciou é apenas este o segredo (mal guardado) do sucesso. Uma troca de mensagens de correio eletrónico, um par de telefonemas, e estavam lançados os dados. Acaba por ser fácil fazer algo diferente quando o que nos une é a Paixão pelo motociclismo. 


Obrigado. Ao Paulo (e ao João) pela humildade e hospitalidade. Ao Vítor pela disponibilidade, honestidade e também simpatia por algumas palavras que me surpreenderam. Mas, sobretudo muito obrigado à quase meia centena de motociclistas que aceitaram o desafio, encheram a casa e participaram ativamente nesta rica Tertúlia – tudo isto só faz sentido com a vossa presença. 

Como tenho vindo a dizer neste Escape, e o Vítor sublinhou a certa altura, vender uma mota ou um acessório não tem de ser apenas um mero negócio. Deverá ser sempre muito mais do que isso porque o motociclismo é: espanto, paixão e agradecimento. 

A Tertúlia do Escape voltará em breve. Provavelmente, algures na primavera. Já não falta muito. Até lá: andemos de mota!

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Tertúlia do Escape - Edição inverno

Tertúlia. É, na sua essência, uma reunião de amigos, familiares ou simplesmente frequentadores de um local, que se juntam de forma mais ou menos regular, para discutir vários temas e assuntos. 

Nas Tertúlias do Escape pretende-se discutir motas, motociclismo e viagens. À maneira antiga. Longe dos teclados, cara a cara e com uma cafezada por companhia. 

A primeira Tertúlia do Escape, aconteceu no fim do Verão passado e foi um momento muito engraçado, como podem ler aqui (link). Já no Outono tivemos uma segunda edição igualmente surpreendente (link). 

A terceira Tertúlia do Escape vai acontecer já na próxima quarta-feira dia 21 de Fevereiro, a partir das 20h30 no Espaço Rod’aventura, Avenida da Quinta Grande nº10-A, 2610-159 Alfragide - uma loja de acessórios de excelência e referência na Grande Lisboa, mas também um Espaço onde os motociclistas se podem reunir confortavelmente. 


Mas, atenção, há novidades. Os planetas alinharam-se e vamos ter, desta vez, um momento diferente. Os tertulianos vão poder conhecer a novíssima Triumph Tiger 1200. Mais do que isso, a mesma será a todos apresentada por Vítor Sousa, Director de Vendas e Marketing da Triumph Portugal. Rigorosamente a não perder. 

Estão todos convidados. No dia 21 de Fevereiro, todos são bem-vindos!

sábado, 17 de fevereiro de 2018

Máxima participação máxima responsabilidade

Amanhã é dia de fazer ver ao Ministro Cabrita que não pode mentir descaradamente, intoxicando a opinião pública com informações falsas sistematicamente contrariadas pelos estudos científicos e pelas estatísticas. 


Participação é o que se pede a todos os motociclistas, sem excepção, nas várias demonstrações que vão ser efectuadas de Norte a Sul (e ilhas) deste nosso Portugal. 

Participação mas também responsabilidade. Os motociclistas querem ser notícia pela sua opinião relativamente à luta pela verdade e na defesa dos seus Direitos, Liberdades e Garantias. Os motociclistas não querem ser “a” notícia. Não sei se me faço entender…

Deixo vos ainda, uma pequena parte do Manifesto a entregar na Assembleia da República. 

1 - O Governo não pode analisar a evolução do número de sinistros sem considerar a evolução do universo em que estes ocorrem. 
2 - As metas impostas para o número de vítimas na estrada devem acompanhar a evolução do universo onde estes ocorrem. 
3 - O governo não deve ignorar os factores causais dos sinistros, sob pena de continuarmos a ter um crescente número de taxas e regras que apenas aumentam o custo da mobilidade e a "caça à multa". 
4 - A sinistralidade rodoviária não deve justificar medidas que não se relacionem com a sua prevenção.
5 - Medidas preventivas devem centrar-se ao nível dos principais ingredientes causais.
6 - Há que ser realista e perceber que existe relação directa entre o número de sinistros e o número de veículos em circulação e, mais importante ainda, o número de quilómetros percorridos.
7 - Não é a tirar proveito dos problemas que estes se resolvem, mas a identificar as reais causas e a encontrar as soluções que as previnam.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

De PCX pelo Oeste porque é Carnaval e ninguém leva a mal

Na passada quinta-feira almoçava com uns amigos. Um deles motociclista. “Se calhar no sábado vou à Nazaré espreitar o campeonato de ondas grandes…, estou a pensar ir de PCX”. Fui imediatamente insultado. Que era maluco, eu. Com outras motas na garagem “ir agora de PCX à Nazaré e voltar”. Sim, e voltar. 

No sábado, já de regresso pela soberba N115, entre os campos frescos e verdejantes e as vinhas despidas pelo inverno, tudo a cheirar à lenha que algures crepitava e banhado a ouro pelo sol frio de um magnifico fim de tarde de Fevereiro, pensava “com os meus botões”: e eles, onde estão eles, onde estão os motociclistas? Querem ler? 

O dia tinha começado bem cedo. A A8 foi abandonada no Infantado e o ataque ao Oeste fez-se pela ignorada N374. Torres Vedras surgiu logo ali e - vá, podem rir à vontade – as agora famosas “curvas do Bombarral” foram feitas a fundo. Fácil. Evitando ao máximo vias rápidas, chego em menos de duas horas à Nazaré. Estou convencido que uma média cilindrada, no mesmo percurso, demoraria pouco menos tempo. E não teria gasto uns míseros três litros por cem quilómetros de “aspiração”. 

O Nazaré Challenge, terceira etapa do circuito mundial de ondas gigantes da World Surf League, revelou-se um fiasco. Demasiado vento impedia uma remada eficaz e impossibilitava o drop. Vinguei-me à mesa, logo ali ao lado numa terra chamada Famalicão e numa casa simples mas honesta chamada “O Cantinho dos Leitões” – gente educada, decoração rustica, leitão saboroso e bem assado; belo preço. 

E voltar? Sim, e voltar. Com tempo, decidi dedicar a tarde à tal N115 com um pequeno desvio para encher os pulmões e sentir o ar frio e seco lá no alto de Montejunto. E eles, os motociclistas, afinal onde andavam? 

Para nós motociclistas a região de Lisboa devia ser isto. Belas e pouco movimentadas estradas secundárias, desenhadas de forma clássica aproveitando o declive natural do terreno, asfalto de qualidade, paisagens pitorescas, um inverno ameno, boa e acessível mesa. 

Mas não…, uma mão basta para contar os motociclistas com que me cruzei na estrada. Como em muitos outros sectores da vida portuguesa, os motociclistas preferem uma de duas coisas: alguns, poucos, os locais do costume; a maioria prefere mesmo o teclado de um qualquer computador e aquele recanto da rede social onde se pode, enfim, tentar ser algo se deseja. 

Sem qualquer sacrifico, com muito prazer mesmo, a pequena Honda PCX – uma mota acessível a todos – ofereceu-me um belo um dia de motociclismo. Podia tê-lo feito noutra mota? Sim, felizmente podia! Mas já há algum tempo que tinha prometido leva-la a passear…, ver o mar irado da Nazaré e os bucólicos Montes do Oeste. Só não é motociclista quem não quer…, ou quem não sabe, vá.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Nova Suzuki Hayabusa em 2019?

Há motas assim: ícones. Não são muitas, é certo. A Suzuki Hayabusa é seguramente um deles. 

Chutada para fora do catálogo devido à norma Euro 4, correm cada vez mais rumores por essa Rede fora que em 2019 teremos uma nova Suzuki Hayabusa. Sobrealimentada! 

O que sabemos ao certo? 

O próximo ano marcará o vigésimo aniversário do modelo. Sim, “O” falcão já vai fazer 20 anos. Este ano é ano de Intermot, Salão de Colonia na Alemanha, onde a Suzuki gosta de apresentar as suas novidades. A Suzuki tem trabalhado em motores sobrealimentados, v.g. o protótipo Suzuki Recursion. Depois…, bem depois há a Kawa H2R…, e aquela rivalidade eterna entre as duas marcas. 

Certamente que os muitos fans nacionais do modelo veriam com bons olhos um “Falcão-peregrino” revisto e actualizado.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Manifestação Nacional no dia 18 locais e horários

Foi divulgada na pagina de facebook do Grupo de Acção Motociclista a informação que todos desejavam. 

Pelas 15 horas vamos mostrar um cartão amarelo ao ministro Cabrita

PORTO - Av. dos Aliados 
LISBOA - Praça do Rossio 
FARO - Largo de S. Francisco 
FUNCHAL – Av. Sá Carneiro 
PONTA DELGADA – Praça Gonçalo Velho (Portas da Cidade) 

De todos estes locais a manifestação de motociclistas partirá para um percurso dentro das cidades, durante os quais haverá intervenção pública (discursos) dos seus promotores. Em Lisboa durante a manifestação, será entregue na Assembleia da Republica a representantes de todos os grupos parlamentares um “Manifesto Motociclista”, onde estarão expressas as razões desta jornada de protesto contra as medidas anunciadas pelo Ministro da administração Interna. Esse mesmo “Manifesto Motociclista” será entregue também no Ministério da Administração Interna. 

No “terreno” estarão presentes membros do GAM e de clubes locais a organizar as manifestações. Vamos expressar junto da opinião pública, órgãos de informação e governantes, as nossas preocupações relativas ao aproveitamento da sinistralidade dos motociclistas por parte do governo, para justificar medidas que nada contribuem para a segurança rodoviária; nomeadamente, as Inspecções periódicas obrigatórias e a obrigatoriedade de possuidores de Licença de Condução B (ligeiros) tirarem Licença de Condução A1 para conduzirem scooters e motos até 125cc . O GAM tem publicados nesta página estudos e dados estatísticos que suportam a nossa tomada de posição. 

Os cidadãos/motociclistas deste país sabem que os argumentos da sinistralidade e segurança rodoviária, que até agora foram usados pelo Ministro da Administração Interna, são falsos e apenas visam a viabilização de negócios que irão penalizar e até condenar o uso da moto e a mobilidade nos grandes centros urbanos. 

Os sucessivos governos não podem continuar a usar a sinistralidade rodoviária para justificar medidas que nada têm a ver com as verdadeiras causas dos acidentes e que apenas irão penalizar economicamente os motociclistas. Vamos expor publicamente a forma como os dados da sinistralidade têm sido aproveitados e manipulados pelas entidades que gerem o negócio da sinistralidade. Vamos acabar com a mentira com que nos querem impor as inspeções! A moto que o leva a passear ou para o trabalho, precisa agora que a leve à manifestação. Chegou o momento de, uma vez mais, nos unirmos contra esta farsa. Em nome das vitimas da estrada, não vamos permitir que as usem para nos taxar!

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Moto Clube de Faro questiona ministro Cabrita e apela à união dos motociclistas

O Moto Clube de Faro, um dos mais importantes Clubes nacionais, acaba de emitir um comunicado publicado na sua página de facebook, onde deixa algumas questões ao MAI ao mesmo tempo que deixa bem claro o seu apoio à manifestação do próximo dia 18. À vossa atenção… 

O Moto Clube Faro vem através da presente comunicação, demonstrar total reprovação às recentes declarações proferidas pelo Sr. Ministro da Administração Interna, Dr. Eduardo Cabrita, respeitantes a hipotéticas alterações à chamada “lei das 125”, inspecção das motos, e redução da velocidade para 30 km/h em zonas habitacionais, como medidas aptas para reduzir a sinistralidade em Portugal. 

As infelizes declarações, não só demonstram um desconhecimento total da matéria, por um lado, como por outro, ultrapassam o surrealismo da realidade no mundo das duas rodas, e do que se passa nas estradas em Portugal. 

A título meramente exemplificativo… Sobre a actual pista de motocross do Algarve, a quem chamamos de Via do Infante, ou do piso, da sinalização obsoleta, deficiente e/ou inexistente nas nossas estradas, ou mesmo o que dizem os especialistas e as estatísticas sobre a realidade dos sinistros que envolvem motos, falar para quê, não é Sr. Ministro?!... 

Lamenta-se também a carga sensacionalista dada pelos órgãos de comunicação social que após tais declarações, transmitiram em todas as vias de comunicação social os sinistros que envolviam motos, enfatizando e germinando alarme social sobre o tema. 

Desta feita, gostaríamos de perguntar ao Sr. Ministro o que tem a dizer sobre as estatísticas apresentadas pela ACAP (Associação Automóvel de Portugal), a ANSR (Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária), e a ASF (Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões), onde demonstram que desde 2009 existe um decréscimo record de sinistros envolvendo motociclos em Portugal; ou o impacto que a lei das 125 teve no estrondoso numero de motociclos novos comprados em Portugal desde 2015; ou ainda, que debate existiu, e com que entidades, sobre o assunto das inspeções às motos, para proceder à realização das mesmas…? 

Sr. Ministro, em consequência do seu inexplicável silêncio, após as suas estrondosas afirmações, dia 18 de Fevereiro, as motos irão para ruas demonstrar a desilusão e o descontentamento, da falta de respeito e seriedade sobre o tema demonstrado. 

Nunca é demais relembrar, que entre outras, Motociclismo é sinónimo de liberdade e união!

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

A propósito da prova à Yamaha Tricity

Há coisa de um ano “ganhei” uma vizinha nova. Sorte do caraças. Porque é uma mulher bonita, simpática, inteligente e, digamos, muito agradável. No verão passado, um dia ao me encontrar na garagem vindo da praia, veio meter conversa comigo “por causa das motas”. Era a minha deixa… 

Não entrando em pormenores, digamos, mais pessoais, podemos dizer que foi o início de uma bela amizade… e, sim, se é mesmo isso que querem saber…, a minha vizinha já anda de mota. 

Esta é a Yamaha Tricity da minha vizinha. 

Naquele fim de tarde/inicio de noite no verão passado a C., chamemos-lhe assim, veio ao meu encontro porque tinha estado de férias uns dias em Barcelona e Paris e ficou espantada com a quantidade de “motinhas”- como ela carinhosamente lhes chama – que tinha visto. Umas “motinhas” em especial tinham chamado a atenção de C. Aquelas “fofinhas de três rodas”, mas “como não percebo nada do assunto, o Pedro quer passar depois do jantar lá em casa para tomar um café e me dar umas dicas?” Ui…, de repente era Natal em Agosto. Chega de romance que vocês não estão aqui para ouvir “histórias da carochinha”… 

A C. decidiu-se pela Yamaha Tricity e não foi fácil encontrar alguém disponível a lhe vender uma. Isso, leram bem. Só para fazer um pequeno “drive test” esperou quase dois meses. Finalmente quando andou na mota, gostou e quis avançar para o negócio. Perante as diferentes hipóteses acabou por ficar com uma usada “mais ou menos de serviço” de 2014, com cerca de 8000km que foi devidamente (ou quase) recondicionada – como se diz agora – por um concessionário Yamaha em Lisboa. Todo este processo demorou quase três meses. Quem vende motas tem de compreender que a decisão de compra de um motociclo é algo “gasoso”. Para ontem ou no máximo para já. Não faz qualquer sentido perder três meses “de verão” à espera de uma mota de 125cc que há-de vir. 

Como todos sabemos, ou devíamos saber, não há almoços grátis. Muito menos cafezinhos em noites quentes de Agosto em casa de vizinhas bonitas, simpáticas e inteligentes. 

Adivinharam…, tenho sido eu a tratar deste primeiro envolvimento da C. com as duas rodas, três na verdade. Mas nem tudo é mau…, muito pelo contrário. Combinei logo com a C. que em breve me tinha de emprestar a Tricity para uma prova mais cuidada. A C. é generosa e deixou me mesmo ficar com a segunda chave da mota, “anda quando quiseres, Pedro”. Há mulheres assim, que sabem como cativar um motociclista…
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