quarta-feira, 4 de junho de 2025

Royal Einfield Bear 650 à prova

Vamos começar pelo princípio que é sempre um ponto interessante para começar. Até porque tive de fazer a minha pesquisa e estudo, como sempre faço. Assim, aproveito e partilho convosco. Ora, por incrível que vos possa parecer hoje – a mim parece, honestamente - a Royal Enfield Bear é inspirada e deve o seu nome à lendária corrida Big Bear Race, disputada no deserto do Mojave, na Califórnia. Lá, em 1960 Eddie Mulder - não confundir com o Fox :) (entendedores entenderão) - Eddie Mulder, dizia, venceu a maratona com apenas 16 anos de idade, conduzindo uma Royal Enfield Fury 500. 


Mulder viveu e cresceu no auge do motociclismo livre na Califórnia. O pai de Eddie trabalhava para o icónico piloto Bud Ekins, e o cheiro de gasolina, óleo e o som dos motores, preenchiam a vida do “puto” desde muito jovem. Na Big Bear Race, uma clássica corrida de ‘hare & hound’, os pilotos não tinham autorização para fazer reconhecimentos e o primeiro a liderar a corrida abria caminho. Os demais simplesmente o seguiam. Ou tentavam. 


Ali não havia regras, estradas ou tecnologia, apenas catos e coiotes como espectadores. Todos os participantes se alinhavam na partida e começavam juntos quando a bandeira baixava. A prova tinha dois percursos, cada um com 40 milhas de extensão, lavrando terrenos naturais e acidentados. Havia ainda uma pequena paragem em boxes improvisadas. 


O objectivo era muito simples: ser o primeiro a chegar a uma coluna de fumo, uma pilha de pneus em chamas. Mulder acabou por vencer a Big Bear Run na frente de muitos motociclistas experientes. Chega de aulas de história. Vamos para a praia? 

CORAÇÃO BICILINDRICO E ALMA REBELDE 
Há motos que se conduzem. Outras que se vivem. E depois há a nova Royal Enfield Bear 650. Não é uma moto para quem quer apenas ir do ponto A ao ponto B com conforto assético e tecnologia estéril. Esta Bear é uma evocação pura do tempo em que sujar as botas fazia parte do caminho. E com este tempo de “chove-faz-sol” eu bem que sujei as minhas inúmeras vezes. 

Desde o primeiro olhar, é impossível não ser apanhado pelo magnetismo visual da Bear 650. Tem tudo no sítio certo — a inspiração scrambler sem cerimónias, o escape que parece querer morder a gravilha, o assento com costuras que quase contam histórias e aquele farol redondo em LED que pisca o olho ao passado enquanto ilumina o presente. 


O motor de 648cc já é um velho conhecido do mundo Enfield. Bicilíndrico em linha, refrigerado a ar e óleo, com 47,4 cv e agora com 56,5 Nm de binário. Números que podem parecer modestos no papel, mas que na estrada — ou fora dela — contam uma história bem diferente. A entrega é linear, confiante e envolvente. Em baixas rotações, a Bear ronrona como uma fera adormecida. Mas basta torcer o punho para o escape cuspir um rugido grave e entusiasmante. É um som que não pede licença. A caixa de seis velocidades é suave e correta, bem escalonada, e o acionamento da embraiagem assistida é leve o suficiente para horas de prazer. Mas não é aqui que a Bear quer brilhar. Esta moto pede caminhos menos óbvios. 

TECNOLOGIA NA MEDIDA CERTA 
O quadro de duplo berço em aço tubular, desenvolvido com a Harris Performance, é uma delícia de simplicidade e equilíbrio. Estável em curva, previsível em piso solto, e ágil o suficiente para serpentear por entre obstáculos urbanos ou trilhos de floresta com uma leveza surpreendente. A suspensão dianteira Showa com forquilha invertida e os amortecedores traseiros com pré-carga ajustável com uma afinação seca fazem um trabalho honesto — não são espartanos, nem demasiado moles. São exatamente aquilo que uma scrambler precisa: robustez com tato. 


Os pneus MRF (de origem indiana) de dupla finalidade ajudam à confiança. 19 polegadas à frente, 17 atrás, com padrão agressivo, mas sem comprometer o asfalto. Precisam ainda assim de alguma temperatura para responderem de forma totalmente eficaz e segura. A travagem, a cargo de discos de 320 mm na frente e 270 mm atrás, com ABS de dois canais (e possibilidade de o desligar atrás), é suficiente para parar com autoridade e ajustada a uma moto desta natureza. 


É um prazer ver como a Bear 650 não se rendeu totalmente à digitalização. Tem um painel Tripper Dash com ecrã TFT circular. E navegação via Google Maps. No entanto nada disso rouba protagonismo à experiência física da condução. Aqui, o foco continua a ser o terreno, o vento, o som do motor e o ritmo das mudanças. Esta moto leva-nos. E nós, simplesmente, deixamo-nos ir com ela. 

ALIMENTADA PELO INSTINTO 
A Bear 650 é oferecida em várias cores — desde o icónico Petrol Green ao elegante Golden Black, passando pela edição especial Two Four Nine, um tributo visual ao número de corrida de Eddie Mulder. Cada versão conta uma história, mas todas gritam liberdade. A Royal Enfield Bear 650 não é uma moto para todos. E ainda bem. É para os que procuram carácter, autenticidade, e aquela sensação rara de estar a conduzir uma extensão de si mesmos — não uma ferramenta, mas uma companheira de jornada. 


Numa altura em que tudo parece demasiado pensado, demasiado polido, esta Bear aparece como um murro na mesa. E nós, cá no Escape Mais Rouco, adoramos quando as motos ainda sabem fazer barulho. No escape e na alma. A marca solicita uma transferência bancária de 7.387€ por esta Petrol Green que reclamou q quatro litros redondos do tal liquido inflamável de que precisamos para a vida. Nota final e relevante: primeira Enfield que aqui recebe uns notáveis oito rateres.

Raterómetro ******** (8/10)

quinta-feira, 15 de maio de 2025

A qual destes líderes políticos comprarias uma moto?

Historicamente, enquanto votantes, os motociclistas sempre foram uma espécie de filhos de um Deus menor. Todavia, isso mudou. E hoje vemos a classe política a namorar, mais do que nunca, o motociclista. Hoje somos ouvidos e considerados. Cortejados. E isso é muito positivo. 

Na outra face da moeda temos o circo. Em especial o circo político de campanha eleitoral. Nunca como hoje tínhamos visto tanta moto em caravana política. Todavia, em bom rigor, temos de reconhecer que política e motociclismo têm muito mais em comum do que parece: ambas as actividades exigem equilíbrio, visão e, de vez em quando, uma boa dose de coragem - ou até inconsciência. 

Este texto tem como objectivo ser um texto criativo, com humor e crítica leve que liga a política ao universo das motos e do motociclismo. Um texto ao velho estilo bem ao estilo de “O Escape Mais Rouco”. Assim, traçamos um atomizado perfil dos líderes políticos com assento parlamentar e de mais dois outsiders, tentando ainda especular que género de motociclistas seriam. Questão final a qual deles comprarias uma moto? 

Foto: Lusa

Luís Montenegro (AD) é o conservador que só anda de moto ao domingo. Montenegro seria aquele motociclista que tem uma BMW R1250RT na garagem — sempre polida, com menos de 5.000 km e apenas usada em “passeios institucionais”. Vai de fato completo, sempre coordenado, capacete modular e auriculares Bluetooth ligados ao GPS. Tem medo de riscos, do vento e da improvisação. Confiavas-lhe uma moto? Talvez. Mas prepara-te para a papelada. 

Pedro Nuno Santos (PS) é o rebelde com causa e mochila às costas. Pedro Nuno é o tipo que aparece com uma Honda Transalp dos anos 90, suja de lama e cheirando a gasóleo - por acaso apareceu nos últimos dias de Ducati Scrambler limpinha, limpinha. Pedro Nuno conta que já foi até aos Balcãs com ela, sem GPS nem plano. O casaco tem patches de sindicatos e o capacete tem autocolantes da CGTP. Vive intensamente… mas por vezes a moto fica a meio caminho. Confiavas-lhe uma moto? Depende: queres aventura ou fiabilidade? 

Foto: PS

André Ventura (Chega) é aquele que acelera no túnel com escape totalmente livre. Ventura andaria numa Yamaha R1 com tudo em carbono, suspensão melhorada e matrícula quase invisível. Faz barulho, quer ser visto e aposta tudo na estética agressiva. É do tipo que discute com a polícia porque “conhece os seus direitos”. Confiavas-lhe uma moto? Só se quiseres comprar um canhão… que talvez esteja penhorado. 

Foto: CH

Rui Rocha (IL) é o “startupeiro” de naked premium. Rui anda numa Ducati Monster SP. Fato justo, smartwatch, capacete com GoPro e um discurso sobre “liberdade de movimento” e “menos Estado na estrada”. Usa a moto para ir aos pitchs de investimento… e para escapar ao trânsito das ideias. Confiavas-lhe uma moto? Talvez, mas vem com uma cláusula de arbitragem liberal. 

Mariana Mortágua (BE) é a purista de capacete vintage e café racer eléctrica . há que diga que na verdade tem uma Honda NC. Mariana anda de moto eléctrica, provavelmente uma Zero SR/F com acabamentos minimalistas. Roupa preta, estilo alternativo, mas tudo escolhido com consciência ecológica e social. Defende que o espaço urbano é para todos e só acelera em zonas partilhadas… com culpa. Confiavas-lhe uma moto? Sim, desde que tenhas tempo para discutir política durante a venda. 

Foto: desconhecido

Paulo Raimundo (CDU) é o resistente da URSS…, com Ural sidecar. Paulo vem numa Ural de 1985, com sidecar e bandeira vermelha a tremular. O capacete é um relicário e a viseira está rachada. Anda devagar, mas tem sempre um camarada ao lado. Nunca a vende — é património de classe. Confiavas-lhe uma moto? Ele não vende. Só doa, mediante aprovação do colectivo. 

Inês Sousa Real (PAN) é aquela que só anda de scooter… eléctrica e vegana. Inês pilota uma Silence S01, movida a energia solar — ou assim espera. Leva o cão na topcase adaptada com almofada orgânica. Capacete integral com desenhos de folhas. Não passa dos 45 km/h por respeito às formigas. Confiavas-lhe uma moto? Sim, mas só se for sem couro e com contrato ecológico. 

Joana Amaral Dias (ADN) ou a moto como extensão do ego… e do feed. Joana chega numa Harley-Davidson Sportster personalizada com pintura psicadélica, escape cromado e um espelho retrovisor com o símbolo de Vénus. Publica cada passeio em slow motion no Instagram, com legendas como “Liberdade é a estrada”. O capacete é aberto, os óculos são de aviador, e a roupa? Justa e pensada ao pormenor — mas sempre com “espírito crítico”. Confiavas-lhe uma moto? Só se for para aparecer num story com filtro vintage. O negócio vem com sessão de fotos incluída. 

Rui Fonseca e Castro (Ergue-te), ou o conspirador de motorizada ilegal. Rui não anda de moto: anda de motorizada Sachs de 1982, sem matrícula, sem capacete, e sem seguro — porque “o Estado Socialista não manda nele”. Já foi visto a tentar atravessar a Ponte 25 de Abril de gravata, chinelos e megafone. Diz que a gasolina moderna tem chips e que o capacete interfere com a glândula pineal. Confiavas-lhe uma moto? Só se tiveres amor à burocracia. E paciência para assistir a um vídeo de 40 minutos antes da transacção. 

A lista está feita. Há motas para todos os gostos: eléctricas, clássicas, barulhentas, silenciosas, ideológicas ou puramente estéticas. Mas entre nós: a qual destas figuras é que realmente confiarias para vender-te uma moto com a chave na mão e o depósito cheio — sem truques escondidos no fundo do baú?

segunda-feira, 12 de maio de 2025

Honda Forza 750 2025 à prova

Desde a viragem do milénio, a gama de scooters Forza da Honda provou ser uma força poderosa na Europa. Em 2021, a Forza 125 e a Forza 350 foram acompanhadas por uma irmã de grande capacidade e topo de gama: a Forza 750 – aqui (link) anteriormente provada.


O sucesso da “sete e meio” deve-se a uma combinação convincente de ingredientes: os elementos clássicos de um modelo Grand Touring (GT), forte presença na estrada e conforto genuíno para duas pessoas, tudo mixado com um comportamento enérgico e ágil e ainda performances vigorosas que tornam cada viagem uma alegria. A Honda Forza 750 sempre foi uma scooter suprema, inteligente e elegante, plena de funcionalidades e recursos úteis, que facilitam e muito a vida do condutor e com uma qualidade de construção e um estilo que nunca deixava a classe de lado.


Em 2025 a Forza recebe uma renovação de estilo e um aumento de especificações - lideradas por novos faróis duplos de LEDs com luzes DRL e piscas integrados, bem como um sistema de controlo da velocidade de cruzeiro de série e um ecrã TFT de cinco polegadas actualizado com conectividade Honda RoadSync. 

ONDE ESTÃO AS DIFERENÇAS? 
Tal como antes, a aceleração simples e fácil é assegurada pelo binário do motor bicilíndrico de 745 cm³, equipado com comando TBW, três modos de condução predefinidos e três níveis de controlo de tracção variável Honda (o conhecido sistema HSTC), que inclui o recém-actualizado modo RAIN. O quadro em tubos de aço, o braço oscilante de alumínio, a suspensão traseira Pro-Link, bem como as rodas dianteira e traseira de 17 e 15 polegadas respectivamente, oferecem uma maneabilidade segura e travagem forte, por acção das pinças dianteiras radiais de quatro êmbolos. O compartimento debaixo do banco tem capacidade para um capacete integral. Há também uma versão de 35 kW disponível para detentores de carta A2. As três novas cores mantêm a Forza 750 "em dia com as tendências modernas" e aumentam ainda mais o apetite por ter uma. 


Equipada com um motor bicilíndrico de 745 cm³ pleno de binário e baixo consumo de combustível, o sistema TBW permite ajustar o carácter do motor através de três modos de condução predefinidos: RAIN, STANDARD e SPORT, para além de um modo USER personalizável. O sistema de tracção variável (HSTC) oferece um nível de intervenção apurado ao longo de três níveis (melhorado para 2025 no modo RAIN), enquanto a Transmissão de Dupla Embraiagem (DCT) apresenta programas de mudanças automáticas que se ligam aos modos de condução. As respostas e as sensações a baixa velocidade foram optimizadas. 


O design comprovado do motor bicilíndrico paralelo da Forza 750, com arrefecimento líquido e cabeça SOHC de 8 válvulas, oferece performances fortes na gama de baixa a média rotação. Mecanicamente inalterado para 2025, a sua arquitetura de curso relativamente longo e as câmaras de combustão de formato especial combinam-se com uma cambota de elevada massa de inércia para produzirem binário elevado. A sua postura inclinada para a frente faz descer o centro de gravidade e oferece melhor estabilidade. 

NOVOS ARGUMENTOS 
O pico de potência de 43,1 kW surge às 6750 rpm, com pico de binário de 69 N·m a aparecer às 6750 rpm e redline de 7000 rpm. A Forza 750 acelera nos primeiros 50 metros em apenas 3,9 segundos, atingindo os 60 km/h com o motor a apenas 2500 rpm. 


O novo para brisas eléctrico "envolve" o condutor e o passageiro numa "bolsa de ar tranquila"; com 480 mm, é 100 mm (25%) mais largo do que o anterior e funciona num curso de regulação em altura de 120 mm, com uma diferença de 10° no ângulo (para a frente) à máxima extensão. O para-brisas também tem a função de descida automática; quando se desliga a ignição, descendo para a sua posição mais baixa. Isto contribui para a comodidade no estacionamento. Este sistema também tem uma função de memória que o faz levantar automaticamente para a altura definida na última viagem. A funcionalidade activa-se quando se ultrapassa a velocidade de 5 km/h. 


Além disso, o fabrico do próprio para-brisas e também da carenagem utiliza Durabio (uma resina de policarbonato de base biológica), sendo também utilizados materiais de plástico/borracha reciclados noutros locais da Forza. 

UM SUCESSO QUE SÓ MELHORA 
A tecnologia DCT da Honda está agora no seu décimo-sétimo ano de produção e já foram vendidos na Europa mais de 240 000 veículos de duas rodas Honda equipados com caixa DCT, desde 2010. Recordamos que a caixa DCT oferece mudanças mais altas e mais baixas de forma consistente e ininterrupta e a sua utilização rapidamente se torna muito natural. A caixa DCT usa duas embraiagens: uma para o arranque e para a 1ª., 3ª. e 5ª. velocidades; a outra embraiagem serve a 2ª., 4ª. e 6ª. velocidades, com o veio primário de cada embraiagem localizado no interior, oferecendo assim uma montagem muito compacta. 


Para 2025, os objectivos de desenvolvimento da DCT da Forza 750 foi conseguir um arranque mais suave a partir de parado e um melhor controlo a baixa velocidade - a menos de 10 km/h - para inversões de marcha mais fáceis. Isto requer uma força motriz "rápida mas suave" com pequenas aberturas do acelerador. Notem que o peso do conjunto em ordem de marcha é de 236 kg. 


O sistema DCT oferece duas abordagens distintas à condução – o modo Automático (AT – Automatic Transmission), com padrões de mudança pré-programados que leem constantemente a velocidade do veículo, a mudança engrenada e a rotação do motor para decidir quando deve ser engrenada uma nova mudança e o modo Manual que permite ao condutor seleccionar a mudança pretendida actuando sobre as patilhas no punho esquerdo. 

SERÁ ESTA A MOTO INDICADA PARA TI? 
Com facilmente notam, nesta nova geração, a Honda voltou a elevar a fasquia, combinando aqui luxo, desempenho e tecnologia num pacote irresistível. Desde o primeiro contacto, a Forza 750 impressiona pelo seu design sofisticado e linhas agressivas. O conjunto é imponente, mas sem perder a elegância que caracteriza a gama Forza. A posição de condução é confortável e intuitiva, proporcionando uma ligação natural com a moto. Mesmo para um motociclista experiente há aqui uma certa dose de adaptação e o melhor é mesmo aceitar o desafio da diferença e deixar fluir.


De facto, é ao rodar o acelerador que a magia acontece. O bicilíndrico responde com vigor, entregando potência de forma linear e com um binário generoso. Seja nas acelerações rápidas na cidade ou nas viagens mais longas em autoestrada, a Forza 750 mostra-se sempre pronta e confiante. O Dual Clutch Transmission evolui muito bem e torna aqui a experiência ainda mais envolvente, permitindo trocas de caixa rápidas e suaves, seja em modo automático ou manual através das patilhas no guiador. Adorei o modo STANDARD e quanto mais andava na moto menos o aborrecia com a minha intervenção. Fluir… 


A ciclística é outro ponto forte: o quadro em aço tubular e a suspensão de qualidade garantem estabilidade e eficácia em curva, enquanto os travões com pinças radiais da Nissin oferecem uma resposta firme, controlada e sobretudo equilibrada. Em suma, a nova Honda Forza 750 não é apenas um maxi-scooter – é uma moto polivalente, feita para quem procura conforto, tecnologia e emoção numa só proposta. Quer seja para as deslocações diárias ou para aventuras mais longas, esta Forza não desilude. E a eficácia soberba da proteção aerodinâmica não para de surpreender. 


Para fim de conversa apresentamos o aspecto menos confortável na elegante Matte Warm Ash Metallic (YR-386), pedindo a Honda uma transferência bancária de 12.550€ para a retirar do stand. É um valor considerável. Numa prova longa que até incluiu uma viagem de médio curso, esta Forza 750 reclamou pouco mais de quatro litros de sumo de dinossauro por cada cem quilómetros de eficácia. 

Raterómetro ******** (8/10)

terça-feira, 29 de abril de 2025

Suzuki GSX-S1000 GX à prova

Esta podia ser a história do estranho caso da moto fantasma. Vamos sorrir, por favor. Obrigado. Revelada no EICMA de 2023, a Suzuki GSX-S1000 GX suscitou de imediato enorme atenção pública e publicada. Alguns diziam ser uma Crossover que se apresentava com novas tecnologias e se posicionava como um dos modelos mais avançados da marca. Arrepio-me sempre que oiço ou leio o termo “crossover” aplicado a motos. Uns aplicam-no a scooters 125cc, outros a motos de grande cilindrada, como esta. Até fico logo zonzoooooo, par não dizer outra coisa. 


Após ser revelada, a moto foi alvo ainda em 2023, de Digníssima Apresentação Internacional com pompa e circunstancia. Dos quatro cantos do mundo vieram dezenas de jornalistas tomar contacto com Suzuki GSX-S1000 GX, o primeiro modelo da marca a incorporar o SAES (Suzuki Advanced Electronic Suspension – sistema avançado de suspensões electrónicas Suzuki). 


Vieram, sim. Pois o quartel-general do evento foi a muito portuguesa Sintra-Cascais. Vi um desses grupos a passar na Ponte lisboeta que liga as duas margens do Tejo. E…, magia!! Nunca mais vi, cheirei ou “trinquei” a Suzuki GSX-S1000 GX. Pontualmente a moto marcou presença na comunicação social vetusta e aquelas que se venderam não se exibem nas redes sociais dos seus proprietários. Afinal: a Suzuki GSX-S1000 GX existe? 

MUTANTE EM FUSÃO PERFEITA? 
A Suzuki GSX-S1000GX pretende ser a fusão perfeita entre a agressividade de uma superbike e o conforto de uma sport tourer. Projectada para oferecer uma experiência de condução emocionante, esta moto deseja estar apta tanto para o passeio rápido de fim-de-semana quanto para longas viagens, garantindo desempenho de alto nível assente em boa e actual tecnologia. 


Esta GX nasce ao redor da Suzuki GSX-S 1000 GT que nasceu em 2021 em torno do K5, o notável (e indestrutível?) motor da GSX-R 1000 2005, aqui trabalhado, torneado, depurado, para se oferecer à mais recente norma EURO 5. No coração da GSX-S1000 GX encontra-se um motor de 999 cc, um quatro cilindros em linha refinado para oferecer potência e suavidade. Com uns impressionantes 152 cv às 11.000 rpm e um binário de 106 Nm às 9.250 rpm, esta moto pretende entregar aceleração instantânea e uma resposta entusiasmante em qualquer regime de rotações. 


A tecnologia é um dos pontos fortes desta mutante turística e desportiva. Equipada com um avançado sistema de suspensão electrónica Showa SAES, a moto adapta-se automaticamente ao terreno e ao estilo de condução, proporcionando conforto e estabilidade incomparáveis. A travagem é outro ponto que impressiona. Os discos duplos de 310 mm na dianteira, mordidos por pinças Brembo de 4 pistões, visam oferecer potência e tato excepcionais. 

TECNOLOGIA EM NOME DA EFICÁCIA 
O modelo incorpora ainda a mais recente e evoluída versão do SDMS-α (Suzuki Drive Mode Selector Alfa – seletor de modos de condução Suzuki alfa), que se junta a outros sistemas avançados, para garantir o desempenho desportivo que caracteriza a série GSX-S e um elevado conforto em qualquer circunstância. A Suzuki GSX-S1000 GX oferece um extenso pacote tecnológico, no sentido da elevada versatilidade de utilização, conforto e facilmente adaptável às necessidades e gosto pessoal do utilizador. 


O SAES (Suzuki Advanced Electronic Suspension) assume-se como um sistema electrónico de controlo activo de suspensão dos mais avançados do mercado, tentando definir um novo padrão. O sistema está assente nas suspensões Hitachi Astemo’s SHOWA EERA, versão electrónica da forquilha dianteira invertida SFF-CA e do mono amortecedor traseiro BFRC-lite. 


O sistema analisa de forma permanente a informação recebida da IMU (unidade de medição inercial) acerca da moto, a sua posição e velocidade, dos sensores de velocidade das rodas e dos sensores de impacto alta precisão no interior da suspensão dianteira e traseira, para determinar os parâmetros ideais de amortecimento e obter condições de condução perto da perfeição. A incorporação da IMU de 6 eixos em perfeita harmonia com os já referidos e avançados sistemas electrónicos, permitem alcançar um soberbo patamar de customização, controlo, conforto e desempenho. 

DOMÍNIO ABSOLUTO 
Confesso que quando a moto foi revelada em Milão 2023, fiquei imediatamente com “rateres na barriga” :) As explosões controladas só aumentaram de número e intensidade quando a moto foi apresentada à porta de casa. Todavia como diz a música: “vi e não agarrei”. E já quase me tinha esquecido da Suzuki GSX-S1000 GX quando ela enfim se deixou abraçar por mim. 

A GX tem um desenho desafiante. É alta e imponente. Fácil de mover parada, indica logo uma das suas qualidades: equilíbrio. O confronto com a posição de condução rapidamente afasta em nós receios teóricos: pernas na posição correta; guiador algo fechado e curto que vai oferecer conforto e também desempenho na condução. 

O motor revela logo nos primeiros quilómetros toda a sua elasticidade. É possível rodar em sexta velocidade a ritmo muito lento e tirar partido de todaaaaaaaaaaaaaa uma largaaaaaaaaaaa faixa de rotação que o quatro cilindros oferece. A condução na cidade é uma excelente surpresa pela facilidade, eficácia e até economia, mesmo com as duas grandes malas laterais, onde cabe, por exemplo, um capacete integral. 

A estrada aberta é o palco principal da Suzuki GSX-S1000 GX. Ciclística irrepreensível, faz a moto a curvar rápido como que encaixada em carris. O motor inesgotável leva a moto a saltar de curva em curva redesenhando a estrada e a paisagem. Há mesmo que dosear o andamento, pois normalmente os demais utilizadores da estrada pública – motociclistas inclusive – não estão familiarizados com performances assim. 


Só encontrámos na GX notas positivas. Gostávamos de ter uma protecção aerodinâmica mais eficaz e sobretudo facilmente regulável. Uns punhos aquecidos de origem seriam ainda muito bem-vindos. Por outro lado adorámos os bancos conforto que são aqui um extra e ofereceram em conjunto com a nova suspensão eletrónica verdadeiramente referencial, um conforto de topo. 

FAZ-TE SENTIR VIVO 
Desassossego foi então a palavra-chave sempre que colocamos o motor da Suzuki GSX-S1000 GX a trabalhar. A moto reclama atenção e possui personalidade. Oferece a versatilidade que a marca deseja. E faz-nos sonhar com paisagens exóticas e asfalto retorcido. 

Como sabemos poucas motos conseguem equilibrar potência, conforto e tecnologia sem comprometer a essência da condução pura. A Suzuki GSX-S1000GX não só aceita esse desafio, como o supera com uma confiança avassaladora. Peguei na GX e levei-a a testar os limites – curvas rápidas, retas infindáveis, estradas serpenteantes de montanha – e posso garantir: esta moto não é apenas uma sport turismo, é também uma força bruta refinada para quem não aceita menos do que a excelência. 


A GSX-S1000GX é muito mais do que uma moto – é uma experiência. Tem a alma de uma superbike e a ambição do turismo, oferecendo o melhor de dois mundos. Para quem quer potência sem abrir mão do conforto, tecnologia sem perder a essência da condução, esta Suzuki é uma escolha que não desilude. 

Se procuras uma moto que te faça sentir vivo em cada quilómetro, que transforme cada viagem numa aventura e cada curva num desafio superado, então prepara-te. A GSX-S1000GX não é apenas uma moto para andar – é uma máquina para dominar a estrada. 


Esta Suzuki GSX-S1000 Metallic Triton Blue (YSF) reclamou uns muitíssimo aceitáveis cinco litros e meio de ouro liquido inflamável por cada cem quilómetros de asfalto devorados, pedindo a marca uma transferência bancária de 17.999€ para que levem esta moto incrível a passear pro esse mundo fora. 

Raterómetro ******** (8/10)

segunda-feira, 21 de abril de 2025

Experiência Kawasaki Z900 2025

Será fundamental - como alguns dizem - conhecer o passado para compreender o presente e perspetivar o futuro? E será que podemos encontrar algum denominador comum entre a muito portuguesa vila de Porto de Mós e a Serie Z da nipónica Kawasaki? 


Relaxem. Aqui vão encontrar o relato da experiência Kawasaki Z900 2025: aquele momento em que mais de cinco décadas de genuína histórica evolução do motociclismo, se cruzam com um espaço geográfico milenar onde tudo assume uma certa aura misteriosa. A começar pelo nome do lugar onde estamos. Um porto? No interior? De Mós. De quem? 


Sou motociclista. Dos verdadeiros. Ou seja: dos apaixonados. Dos verdadeiramente apaixonados e comprometidos com o motociclismo. Não perco uma oportunidade para andar de moto. É um prazer e não um trabalho. É um deleite e não um ganha-pão. Gosto de sol, sal, pó, desconforto, corpo moído e sorriso nos lábios. Detesto ar condicionado. Assim, aproveitei a viagem ao coração do Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros e fui de moto, obviamente. Sou motociclista. 

CONHECER O PASSADO 
E estou com este “claim no claim”, como se diz no surf apenas por um motivo: de moto apercebemo-nos de detalhes que passam completamente ao lado quando viajamos literalmente “enlatados”. Eu tento explicar. Quando sai de Lisboa decidi “surfar” estradas litorais nomeadamente a nossa conhecida Nacional 247. Assim, ao chegar à misteriosa Porto de Mós - que não parece, mas dista cerca de trinta quilómetros da linha de costa – apercebi-me que descemos para uma espécie de planalto inferior. Se a nossa direcção vem do mar para o interior, não atravessamos montanhas dignas desse nome e descemos…, ali houve certamente água e navegação num passado mais ou menos recente. 


Após a pormenorizada apresentação estática do modelo 2025 da 900 serie Z da Kawa e já depois do excelente jantar que decorreu no hotel quartel-general, decidi ir investigar. No silêncio da noite, assim que saímos do hotel ouvimos água. Há logo ali uma ponte. É o rio Lena, afluente do Lis. Há também um circo de montanhas ali à volta. É o Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros, com as suas encostas em pedra calcária, cujo interior encerra belíssimas galerias visitáveis em Grutas como as de Santo António, Alvados e Mira d`Aire. E o mistério começa a desvanecer-se, ganhando contornos de realidade. 


Apesar de rodeada por tais montanhas suaves, na verdade Porto de Mós encontra-se a pouco mais de cem metros de altitude face ao nível médio do mar. E quando falamos deste pedaço de Portugal falamos de uma ocupação milenar da região que pode ser conhecida no Museu Municipal. Ali estão expostos diversos fósseis e ossadas de dinossauros e também testemunhos da ocupação humana em diversas épocas, como sejam vários objectos de pedra lascada e polida (do Paleolítico e Neolítico), moedas e lanças de ferro da época romana. 


Afinal o nome Porto de Mós terá tido origem na época da ocupação romana, em que o rio Lena, que então era navegável, encontrava aqui um porto, no qual se carregavam e descarregavam as pedras das Mós (moinhos) talhadas numa rudimentar pedreira existente na região. 

A LENDA Z E MEIO SÉCULO DE ADRENALINA PURA 
Desde o seu nascimento em 1972 com a icónica Z1, a série Z da Kawasaki tornou-se sinónimo de desempenho, inovação e carácter. A Z1 não só ajudou a sublinhar uma nova era no mundo das motos de alta cilindrada, como colocou a Kawasaki no topo da engenharia japonesa, graças ao seu motor quatro cilindros em linha de 903 cc e à sua fiabilidade lendária. 


Ao longo das décadas, a família Z cresceu com firmeza, mantendo sempre o ADN irreverente que a distingue: motos com presença marcante, condução emocionante e um espírito que se tornou assinatura. Modelos icónicos como a Z1000, Z750 ou a mais recente Z H2 continuam a desafiar convenções, fundindo tecnologia de ponta com uma atitude pura e agressiva. 


Hoje, a nova geração da Z900 pretende manter viva esta herança — com um equilíbrio entre potência e agilidade, electrónica avançada e o estilo Sugomi que se impôs como imagem de marca. Mais do que uma moto, a série Z é um símbolo de liberdade, rebeldia e paixão sobre duas rodas com muito motor 

COMPREENDER O PRESENTE 
A Kawasaki define o estilo Sugomi como uma filosofia de desenho que transmite energia e presença intensa, agressividade contida e um magnetismo quase animal — como um predador prestes a atacar.


Mais concretamente, o Sugomi expressa-se em linhas afiadas, posturas musculadas e uma aura ameaçadora, mas elegante. As motos desenhadas segundo este conceito parecem vivas mesmo quando estão paradas. É uma combinação de estética e atitude, onde cada elemento do desenho - desde os faróis angulosos até à posição baixa do guiador - contribui para um visual marcante e inconfundível.


Na visão da Kawasaki, o Sugomi vai além do visual: é também uma experiência. A resposta do acelerador, a precisão da ciclística e até o som do escape estão pensados para provocar emoção e respeito — como se a moto tivesse uma personalidade própria. 

A LENDA DA NAZARÉ OU ONDE O MILAGRE VENCEU O VAZIO 
A experiência dinâmica começou de manha cedo com um périplo algo aborrecido pelas longas retas ao redor de algumas franjas a sul do denominado Pinhal de Leiria. Curiosamente a estrada levou-nos ao Sitio da Nazaré que é hoje um bairro da Nazaré e local de passagem para os novos peregrinos das agora mundialmente famosas Gigantes da Nazaré. 


Aqui a curiosidade é que Porto de Mós e o Sitio são protagonistas há séculos da chamada Lenda da Nazaré que de forma muito sucinta conta que correndo o longínquo ano de 1182. D. Fuas Roupinho, alcaide de Porto de Mós e cavaleiro valente, caçava nas falésias agrestes da Nazaré, montado no seu cavalo impetuoso. A manhã era cerrada de nevoeiro - um clássico regional - e o cheiro a maresia misturava-se com o galope frenético da caça. Subitamente, uma corça surgiu entre as brumas, fugidia, desafiando o cavaleiro a segui-la pelos trilhos traiçoeiros junto ao precipício. 


Sem hesitar, D. Fuas lançou-se na perseguição, cego pela adrenalina e pelo instinto. No entanto, ao fim de poucos instantes, percebeu o engano fatal: a corça desaparecera no nada — e ele galopava a toda a velocidade para o abismo. À frente, apenas o vazio, o mar revolto e a morte certa. Foi então que, num gesto de desespero e fé, D. Fuas terá gritado: “Nossa Senhora, valei-me!”. 


Nesse instante, como que travado por uma força invisível, o cavalo estacou com os cascos cravados na pedra viva, a escassos centímetros do precipício. A morte passou por ele… mas não o levou. Tomado pelo milagre, D. Fuas desceu do cavalo, ajoelhou-se, e prometeu ali mesmo erguer uma ermida em honra da Virgem. E assim nasceu a Ermida da Memória, sobre a gruta onde se encontrava a imagem de Nossa Senhora da Nazaré — negra, misteriosa, vinda do Oriente, guardada ali desde tempos imemoriais. 


Desde esse dia, as falésias da Nazaré deixaram de ser apenas pedra e mar. Tornaram-se solo sagrado, onde o divino e o abismo se cruzam. Onde o rugido das ondas ecoa histórias de fé, coragem e milagre. 

“SUGOMI” ELEVADO A NOVO NÍVEL 
Prestada que foi homenagem à História, rumamos enfim ao interior e às estradas retorcidas do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, nesta época do ano emolduradas por um verde intenso que nos faz imaginar que estamos numa ilha britânica. Aqui foi tempo de filmar, fotografar e enfim desfrutar de toda a intensidade e agilidade da Z900 2025.


Num mundo em que a paixão pela condução se cruza com o rigor da engenharia, a nova Z900 surge como um hino ao equilíbrio entre potência bruta, controlo refinado e estética provocadora. E para quem já conhecia a versão anterior, a nova geração é uma carta de amor à evolução inteligente — sem perder a alma. 


À primeira vista, o desenho impressiona. A Kawasaki mantém o espírito “Sugomi”, mas eleva-o a outro nível. As linhas são mais afiadas, a postura mais agressiva, e os novos grafismos conferem-lhe uma presença quase felina, pronta a atacar o asfalto. A iluminação full LED foi redesenhada e os novos piscas acrescentam sofisticação sem comprometer a rebeldia. 


Mas é debaixo da pele que sentimos verdadeiramente o salto tecnológico. A nova Z900 recebe um painel TFT mais evoluído, com conectividade Bluetooth através da app Rideology. Já não é apenas uma naked musculada — é uma companheira inteligente, que se adapta a ti, ao teu estilo e ao teu dia. Notem que a actualização da aplicação irá oferecer novas funções. 


O motor mantém-se fiel ao inconfundível tetracilíndrico em linha de 948 cc - 124 cavalos às 9500 rpm e binário de 97,4 Nm às 7700 rpm. Todavia a entrega é suave e precisa graças ao novo corpo de injecção e a uma afinação ainda mais cuidada da eletrónica – cortesia da unidade de medição inercial (IMU) de seis eixos. 


E por falar em eletrónica, a 2025 vem equipada com modos de condução melhorados e controlo de tracção. Já o Kawasaki Cornering Management Function (KCMF) faz a gestão do ABS. Contem ainda com um quickshifter bidirecional (que funciona quase desde o ralenti) que transforma cada mudança de caixa numa extensão da nossa vontade. Notem: até sistema de controlo de velocidade de cruzeiro aqui vão encontrar. 


A ciclística também não ficou esquecida. O quadro em treliça de tubos de aço de alta resistência é uma delícia de precisão. A suspensão foi revista para oferecer um compromisso mais apurado entre conforto urbano e agressividade em curva, e os travões oferecem agora melhor sensibilidade na manete, inspirando confiança a cada ataque às curvas. Contem com peso de 213 quilos com o depósito de 17 litros cheio de sumo de dinossauro. 

Z900 SPECIAL EDITION 
No mercado podem ainda encontrar a A Kawasaki Z900 SE (Special Edition). Esta é uma versão aprimorada da Z900 base, oferecendo componentes de alta performance e acabamentos exclusivos que elevam a experiência de condução. 


São as seguintes as principais diferenças da Z900 SE. Suspensão Premium, na traseira amortecedor Öhlins S46 com ajuste de pré-carga remoto, proporcionando maior estabilidade e conforto; na dianteira forquilha invertida de 41 mm com ajustes de compressão, retorno e pré-carga, permitindo uma afinação precisa para diferentes estilos de condução. Travagem de alto desempenho oferecida por discos dianteiros Brembo de 300 mm com pinças radiais monobloco Brembo M4.32, resultando numa travagem mais potente e precisa. 


A Z900 SE possui ainda uma estética exclusiva com pintura especial em Metallic Spark Black com detalhes em Candy Lime Green, destacando-se visualmente da versão standard. Há ainda acabamentos adicionais, como o protetor de calor em carbono no escape Akrapovič e o banco com costuras de estilo artesanal, conferem um toque premium. Contem também com equipamento adicional como escape Akrapovič em carbono e carenagem do painel de instrumentos em fumo, protecção de depósito em gel e cobertura de assento traseiro na cor da moto, realçando o visual agressivo. 


A nova Kawasaki Z900 2025 não é apenas uma actualização. É a confirmação de que a alma Z continua a viver — mais viva, mais tecnológica e mais ligada do que nunca ao coração de quem a conduz, sendo oferecida por um preço muito interessante: a marca solicita uma transferência bancaria de 10.890€ pela versão base ou 12.690€ pela edição especial.
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