A notícia do desaparecimento de Pirovano deixou um rasto de tristeza em todos aqueles que já seguem a Cultura Motociclista há umas décadas.
Ouso surripiar de uma rede social e aqui publicar com ligeiríssimas adaptações, um excelente texto de Paulo Araujo, um dos nossos decanos jornalistas - e alguém que merecia, na minha opinião, muito mais atenção e respeito pelos cultores das duas rodas a motor.
Hoje [ontem] foi-se um dos meus heróis dos primeiros anos das SBK... o eterno miúdo de olhos risonhos, brincalhão na boxe mas feroz em pista e capaz de bater as equipas de fábrica da época com uma FZ privada e uma ajudinha de outros que através dele se viriam a tornar lendas eles próprios: Beppe Russo, preparador exímio, Davide Brivio, mais tarde manager de Valentino Rossi, Matteo Colombo, ainda hoje responsável pela Ducati de Davies... Fabrizio Pirovano, o Motocrosser tornado piloto SBK que conquistou dois vice-campeonatos, e venceu 10 corridas, uma em Portugal em 1993, e aos 40 anos, quando geria a Copa Suzuki, decidiu entrar numa corridinha com os jovens em Monza e aviou-os todos...
Piro que me mostrava com orgulho o seu autocarro que transportava as motos e onde dormia toda a equipa, incluindo a irmã Cinzia que geria a logística do Team BYRD. Que me deu a provar uma "acelera" doutorada pelo Russo que levantava a frente do chão em aceleração espontânea..., que se divertia a dizer adeus para a foto tirando a mão do avanço em curvas onde roçava as carenagens. Piro que, finalmente, perdeu a batalha contra o cancro, mas ficará sempre na nossa memória!
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