Posto isto (link), será a actual CB500F assim tão diferente da primeira versão bicilindrica que chegou até nós há mais de vinte anos?
Bem.., hoje temos uma CB500F parte integrante da alargada “família Quinhentos” da Honda, irmãs dotadas de motores com potência ajustada para poderem ser usadas pelos titulares de carta A2. Um quadro tipo diamante, mono-amortecedor na suspensão traseira, discos de travão generosos em ambas as rodas e “caixa de 6”. Temos ainda, injecção electrónica PGM-FI e pneus com dimensões dignas desse nome; ABS de serie, forquilha dianteira ajustável e excelente iluminação por LED. Tal como nos saudosos 90´s, continua tudo muito simples e tudo muito eficaz.
Num plano subjectivo, confesso a minha desconfiança antes de subir para a mota. Sempre fui crítico deste aspecto mais arrojado nas motos contemporâneas. Os instrumentos mínimos continuam a não me convencer; também aqui vamos encontrar demasiada informação em tão pouco espaço, e dificuldade de a interpretar consoante a intensidade e posição solar.
Tudo muda quando engatamos a primeira, arrancamos, e com suavidade tiramos os pés do chão. O corpo encaixa muito bem no assento e deposito. A posição é agradável e satisfatória. A adaptação é instantânea e tudo se passa de forma intuitiva. O motor é nervoso e surpreende quando rodamos o punho. As suspensões solidas mas eficazes. A travagem, sem qualquer reparo.
Na luta urbana, terreno de eleição desta CB, tudo se passa de forma satisfatória e, a espaços, até bem divertida. O eixo dianteiro podia ser mais dinâmico mas tal não compromete um comportamento fulgurante no meio dos demais utilizadores da via pública.
A prova revelou-se económica – 3.9 litros por cem quilómetros de agilidade e diversão. E, por falar em economia, penso não ser possível desejar mais pelo preço que a Honda pede por esta mota. Quem levar esta Honda CB500F leva muita mota por 5900€. Sublinho o que já afirmei em outras ocasiões: uns sortudos, estas novas gerações de motociclistas.
Sem comentários:
Enviar um comentário