terça-feira, 5 de julho de 2016

KTM 1290 Super Adventure à prova

Honestamente, KTM´s nunca foram a minha praia. Para ser ainda mais sincero, já não “flirtava” com uma há alguns anos. É sabido que a marca austríaca tem elaborado um esforço hercúleo para “fechar o espaço” até à concorrência. E outro tanto para tentar ultrapassá-la. 

Bandeira e farol disto mesmo é esta sumptuosa 1290 Super Adventure. Não há outra forma de dizer isto: esta austríaca é uma mota excelente, uma das melhores e mais divertidas motas que já tive o prazer de conduzir. 

Na habitual analise visual que gosto de fazer antes sequer de tocar numa mota que me é apresentada, esta KTM impressionou pelo porte, dimensões e opções estéticas. Já sentado nela (enquanto exploro os intuitivos menus comutados a partir de botões de fácil interpretação colocados no punho esquerdo) as dimensões preocupam. Mas, lá está…, primeira engrenada, embraiagem solta, e sou possuído por aquela sensação de leveza e intuição transmitida pelas motas bem nascidas.

Uma manhã bem larga, um percurso meticulosamente escolhido nos arredores de Lisboa e uma gestão eficaz do tempo, foram os ingredientes que agregaram a 1290 Super Adventure para um momento de paixão. 

Alguns aspectos impressionam. O motor, claramente. Confirmei o que se escreve e diz por ai. Este LC8 é um colosso de potência e torque (105 Nm logo disponíveis às 2500 rpm). Ali por volta das 6000 rpm, quando o binário máximo começa a expressar-se, a 1290 transfigura-se, passando de cordeiro a lobo numa fracção de segundo. E esta capacidade de metamorfose é outro dos aspectos que marcam. 

Ao motor sublime e a esta capacidade de transmutação, alia-se um comportamento em curva impar. Em bom português, a KTM 1290 Super Advnture curva, curva, curva, curva que nunca mais acaba, com facilidade e eficácia surpreendentes para uma mota destas dimensões, provocando um prazer delirante na condução. 

Enfim…, conjunto muito interessante e equilibrado, com intervalos de manutenção alargados (a cada 15000 Km) onde falta, eventualmente, uma transmissão final por veio. O consumo de cerca de sete litradas de ouro liquido por cem quilómetros de prazer intenso, e o bater típico destes motores a baixas rotações, foram dois aspectos identificados como menos agradáveis nesta prova…, uma prova magnífica!

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