Guerrilha? Oh Diabo! Que nome vem a ser este dado a uma moto? Guerra no prazer? Batalha na paixão das duas rodas motorizadas? Guerrilha é na verdade o nome dado a um tipo de guerra não convencional, muitas vezes rural mesmo. Ali o principal estratagema é a ocultação e extrema mobilidade dos combatentes, chamados de guerrilheiros, incluindo civis armados. Pode ser também uma espécie de movimentação de forças híbrida. Alguns dizem que se trata de levar um adversário, por muito mais forte que seja, a admitir condições frequentemente muito duras, não empregando contra ele senão meios extremamente limitados.
Na Guerrilha a inferioridade das forças militares deve ser compensada por uma superioridade crescente das forças morais, à medida que a acção se prolonga. Assim, a operação desenvolve-se simultaneamente em dois planos, o plano material, das forças militares, e o plano moral, da acção psicológica.
Tu queres ver que eles acertaram em cheio na metáfora com que baptizaram a moto?
ESTILO E MOBILIDADE
A Royal Enfield Guerrilla 450 é uma roadster moderna que combina o estilo clássico com tecnologias contemporâneas, tentando oferecer uma experiência de condução dinâmica e versátil.
Mantendo a estética retro imagem de marca da Royal Enfield, a Guerrilla 450 apresenta elementos dos dias de hoje, como faróis redondos com luzes diurnas em LED em forma de “C” e um depósito de combustível musculado com capacidade para 11 litros. As rodas de 17 polegadas com pneus sem câmara (120/70 na frente e 160/60 na traseira) complementam o aspecto robusto. A iluminação é totalmente em LED, garantindo excelente visibilidade e seguindo as tendências do mercado.
Equipada com um motor monocilíndrico de 452 cc, refrigerado a líquido, a Guerrilla 450 debita 40 cv às 8.000 rpm e um binário de 40 Nm às 5.500 rpm. A transmissão é de seis velocidades, tentando oferecer uma condução suave tanto em ambientes urbanos quanto em estradas abertas. O motor Sherpa originário da Himalayan, oferece um equilíbrio ideal entre potência e eficiência, permitindo (segundo a marca) uma velocidade máxima estimada de 150 km/h – cuidado que ainda podem ficar despenteados.
ENVOLVÊNCIA E VERSATILIDADE
A Royal Enfield Guerrilla 450 deseja assim afirmar-se como uma roadster que harmoniza o charme clássico com as funcionalidades típicas da modernidade. Seja para deslocações diárias na cidade ou para viagens de fim-de-semana, esta moto foi pensada para oferecer uma experiência de condução envolvente e versátil, mantendo a essência que caracteriza a marca.
Assim a Guerrilla 450 surge disponível em três variantes: Analogue, Dash e Flash. A versão base, Analogue, possui um painel de instrumentos semi-digital, enquanto as versões Dash e Flash incluem um display TFT de 4 polegadas com conectividade para smartphones e navegação via Google Maps. Todas as variantes vêm equipadas com ABS de dois canais e modos de condução (Eco e Performance), garantindo segurança e adaptabilidade às condições de condução.
COMBATENTE URBANA
A nossa lutadora apresenta-se em forma e musculada, apesar das humildes dimensões. Pesando 185 Kg a cheio, move-se bem parada. Há equilíbrio. A posição de condução é correta e de ligeiro ataque às ruas da cidade. Ambos os pés assentam totalmente no solo. Há conforto.
Dinamicamente rapidamente notamos firmeza na ciclística e equívocos na electrónica a baixa rotação. O motor “bate” demasiado em baixos regimes e a caixa está longe de apresentar a leveza e suavidade da sua irmã mais velha himalaia. Todavia há resposta mesmo quando precisamos de mais um pouco para aquela ultrapassagem atrevida. Há também modos de condução e tudo nos pareceu mais dinâmico e eficaz no modo ECO. A suspensão é firme, por vezes seca até. A travagem correta, cumpre.
A Royal Enfield Guerrilla 450 é uma moto espartana e honesta. Vai agradar tanto ao cristão novo como ao motociclista decano. Solicitou cerca de três litros e meio de ouro liquido por cada cem quilómetros de agilidade e batalhas urbanas vencidas. A marca reclama uma transferência bancária de 5.700€ para a retirarem do stand. E Se este ESCAPE desse notas, oferecia com gosto sete sólidos rateres para pontuar esta jovem indiana.
Raterómetro ******* (7/10)