Seguramente que há mais de vinte anos sonhava com esta voltinha. Incrivelmente, por este ou aquele motivo vinha sendo adiada, até ao final do passado mês de Fevereiro. Enfim, os astros alinharam-se, e a pequena “pausa” de carnaval foi a data escolhida. “Por estradas nacionais” foi apenas o tempero para passar mais tempo na estrada e tornar o passeio menos dispendioso.
Por sorte, o tempo apresentou-se nesses dias algo frio mas seco. Passado o Tejo para sul, a N4 e a N114 levaram-me até Évora – tempo para uma cafezada, visitar a MOTODIANA que se apresenta de cara lavada, e dois dedos de conversa com os amigos alentejanos. Dali a N256 levou-me até Monsaraz, ao seu castelo e às margens do Guadiana. O almoço fez-se de um lauto cozido de grão na Adega Velha – bom, honesto mas nada de soberbo.
De barriguinha cheia, demasiado até, foi tempo de cruzar a fronteira e ser abraçado por umas, já nessa época, lindíssimas amendoeiras em flor. O caminho até Córdoba faz-se, maioritariamente, pela N-432. Tudo demasiado calmo, com um verde profundo deixado pelas intensas chuvas de inverno a emoldurar a viagem, apenas com alguma animação em forma de curvas rápidas já nos montes a norte deste primeiro destino.
Córdoba revelou-se uma rica surpresa. Para além da monumentalidade reconhecida mundialmente, a cidade está cheia de movida (potenciada pela época carnavalesca), bons e acolhedores restaurantes com preços simpáticos. Naquele sábado não resisti a “tapas e cañitas” num local muito parecido com o Mercado Time Out em Lisboa…, e até um pezinho de dança se deu…, sinal que os quinhentos quilómetros na Honda CRF 1000L Africa Twin DCT não tinham deixado mossa.
(Continua...)
Ainda te convido para uma grande volta de Gold Wing.
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