No passado mês de Abril, quando conheci a nova Honda GL 1800 Gold Wing, chamei lhe aqui (link) a “Rainha da Suavidade”. Trono esse desde logo conquistado com a ajuda da nova suspensão dianteira de duplos braços sobrepostos que reduz, segundo a marca, em 30% o atrito originado pelas ondulações do pavimento.
Para além daquela nova suspensão que ajuda ainda ao equilibro não só do eixo dianteiro mas de todo o conjunto – por permitir a colocação do motor numa posição mais avançada do que em anteriores modelos - gostei ainda do motor, da sua entrega e daquele binário avassalador de 170 Nm, bem como de ter ao meu dispor vários modos de condução – muito em especial do sport onde tudo fica mais disponível e vibrante.
A conclusão, em especial para aqueles que anseiam por algo mais sport tourer que ocupe na estada e nos nossos corações o espaço deixado magoado pelo desaparecimento da Pan European – os quais carinhosamente apelido de “viúvas da Pan-European” - era de que esta GL 1800 continua a ser uma mota talhada para os grandes espaços e para os ritmos tranquilos.
Passado o frenesim do verão, já em pleno outono, houve enfim oportunidade de provar a Gold Wing 2018 topo de gama onde encontramos, desde logo, uma opção cromática bem mais feliz do que aquele cinzento sem fim da versão Bagger, a mala traseira a conferir equidade visual ao conjunto, o airbag e, acima de tudo, a transmissão de dupla embraiagem de sete velocidades de terceira geração, concebida especificamente para esta moto e para as suas viagens longas.
Honestamente, confesso não haver muito mais a acrescentar ao que já ficou dito anteriormente sobre a, sublinho, “Rainha da Suavidade”. Os aspectos menos positivos continuam lá, mantenho me algo desadaptado aquela posição de condução “demasiado sentado”. Contudo, para aqueles que desejam comer quilómetros por essa Europa fora, o DCT, como era espectável – em especial para quem como eu está familiarizado e comprometido com o sistema -, torna a dinâmica da GL 1800 Gold Wing 2018 Tour tendencialmente perfeita.
A natureza única e exclusiva faz-se naturalmente pagar e a Honda requer um cheque de 34.500€ por esta absoluta jóia, que reclamou uns muito aceitáveis 6 litros redondos de gasolina por cem quilómetros de asfalto alentejano deglutido.
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