Ponto prévio: a frase que dá título a este post não é minha. É atribuída a Fernando Pessoa e ao seu Livro do Desassossego. Terá Pessoa razão?
Este ESCAPE, muy querido e estimado blogue, surgiu para textos assim. Escritos ao final de um dia, princípio de noite, de copo numa mão e teclado na outra. Textos que desejam revelar a loucura do dia-a-dia de um qualquer motociclista como eu. Vamos lá…
A recente viagem à “Bella Italia” fez regressar a CRF1000L DCT carregada de cadáveres, pó e eternas recordações. As últimas guardam-se e estimam-se. Os demais elementos precisam de ser expurgados.
Fui à loja do costume e sai de lá aborrecido. Não tanto por já não efetuarem o serviço de lavagem premium – se fosse simples também eu a faria – mas pela atitude algo leviana do tipo “temos mais que fazer do que lavar motos, ora essa…”. Compreendo, cada qual deve especializar-se no que faz bem. Surgiu assim uma oportunidade de conhecer outras casas e outras pessoas.
Depois de muito indagar via WhatsApp e demais redes sociais - sim, o WhatsApp também é uma rede social - cheguei até à Motocare, casa onde passo à porta quase diariamente para ir ao ginásio mas na qual nem sequer tinha reparado.
Na Motocare encontrei desde logo simpatia e sobretudo vontade de ser solução e não problema. Caprichei, propositadamente, a ver se tinham pachorra para me aturar. Tiveram. E, sobretudo, apresentaram um resultado final que contraria a frase de Pessoa que titula a este post. Moto lavada e apresentada como nova, corrente – ou que resta dela – afinada, um parafuso do apoio da mala recolocado bem como um conjunto de borrachas da mãe de todas as malas – aka top case – substituído.
Pára tudo! Se pensam que estou a fazer um frete e me ofereceram alguma coisa para escrever este post estão muito enganados. Fiz questão de pagar tudo o que me foi pedido e a única coisa que em bom rigor me ofereceram foi dedicação e profissionalismo.
Bom trabalho, Motocare. A vossa dedicação merece destaque e partilha!
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