segunda-feira, 20 de abril de 2020

Limalhas de História #81 – 19 de Abril de 1992

Quem nunca? Quem nunca falsificou algo – na vigência da inconsciência na adolescência - para andar de moto? Impossível não simpatizar com Àlex Crivillé e a sua paixão. Nascido em Barcelona, Espanha, 1970, conta-se que a Lenda Viva catalã terá falsificando a sua idade para apenas com catorze anos – a idade legal seriam os quinze anos – adquirir a sua licença desportiva. Nesse mesmo ano estreou-se com uma vitória no Criterium Solo Moto 75cc. 


Fez ontem exactamente vinte e oito anos. Shah Alam, velhinha pista na Malásia. Terceira etapa do mundial desse ano, todas corridas “do lado de lá” do nosso planeta, todas até ali vencidas mais ou menos de forma insolente pelo genial Mick Doohan. Kevin Schwantz magoado numa mão nos treinos, falha a corrida. Doohan arranca na pole e conquista a liderança perante Àlex Crivillé e Wayne Rainey. A chuva traz uma bandeira vermelha; e mais dezoito voltas para uma segunda manga em condições intermédias. Doohan regressa na frente, seguido por Juan Garriga que não se adapta. A chuva regressa e encerra a corrida. Doohan arrecada a terceira, em três possíveis, vitórias da época, seguido da Yamaha de Rainey. Àlex Crivillé pilota a Campsa Pons Honda até ao lugar mais baixo do pódio. E comemorava aquele que foi à época o primeiro pódio de um piloto espanhol na categoria rainha do motociclismo. Hoje…, o motociclismo espanhol é aquilo que todos sabemos ser.

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