A como está a precipitação?
Anda caro, assim parece, o quilo dela.
Da precipitação, da análise bruta, do quase ‘quero, posso e faço’!
Tem momentos em que se pensássemos duas vezes, talvez concluíssemos que isto e talvez aquilo.
Mais a mais, quando nos apercebemos que por muito que desejemos que o tempo volte um pouquinho atrás, por muito que agora víssemos que a malta em vez disto, ia com aquilo, o deus dos ponteiros assim não quer e, assim sendo, está feito, está feito, não se mexe mais.
Que caca, pensamos, mas é assim mesmo.
Naquela manhã, um garganeiro Marc mediu mal uma data de coisas.
O espaço.
A velocidade.
A trajectória, mais a travagem, a inevitável carambola.
E, acima de tudo, pesou mal as consequências.
Fornicou uma corrida a um Autódromo cheio de gente.
Que se lixe, terá pensado.
Mal. Mal e pouco.
Deu cabo da prova e do início de época de um piloto que é um exemplo de lealdade e de correcção em pista, retirando-lhe a possibilidade de confirmar um prometedor início de Mundial.
A Argentina foi uma miragem para ambos.
E se nas Americas, o Falcão regressou e confirmou o que parecia ir evidenciando, a aprilia e os adversários que contem com ele na luta, já o precipitado e aludido Marquez viu fugir mais uma chance de ir à batalha, preciosos pontos que o afastam cada vez mais daquilo que afinal parece ser uma simples miragem, uma estratégia de banha-da-cobra.
Pelo meio, foi-se chafurdando na incompetência de uns e na pouca-vergonha de outros, não se percebendo se a penalização, mais que justa, mais que garantida se fosse outro o prevaricador, se ela tomará forma ou se ficará diluída nas mazelas e na ‘não tão surpreendente e lenta’, antes previsível e avisada, recuperação de quem tudo provocou.
Pelo meio, a Honda vai olhando seu puzzle e vê as peças a desencaixarem-se, numa lógica que contraria o habitual acerto e rigor dos nipónicos, na gestão de dossiers mais complexos.
Com um nadicazinho de especulação, poderíamos até desenhar o início de uma separação amigável, no casório MM/Honda.
Jerez aí está, com a sua magia, tradição, com todo o seu esplendor.
Não teremos por lá, MM.
O custo que por estes dias vai pagando por uma curva feita ‘sem eira nem beira’, está pela hora da morte.
Salvo seja, que semelhante palavra não a queremos pelas pistas.
Dirão alguns que é o estilo dele, dirão outros que é sinónimo de algum desnorte.
O facto é que não teremos 93 em Jerez, fruto de uma abordagem disparatada ali por uma curva na Mexilhoeira Grande.
Vai alto o preço da precipitação, diríamos.
E para o nosso 88, ‘venga de ahi un corridazo’.
Sem comentários:
Enviar um comentário