Honestamente, fica sempre desafiante, escrever quanto o tema é Yamaha. Todavia, a marca apresenta este ano uma das motos, no papel, mais interessantes do ano. A Tracer 9 GT+ surge como a Sport Tourer mais sofisticada alguma vez fabricada pela empresa, vindo equipada com toda uma gama de tecnologia de topo que pretende inaugurar uma nova era de controlo que segundo a marca “elevará a experiência Sport Touring a um novo patamar”. É uma moto que interessa conhecer e dar a conhecer aso leitores deste ESCAPE, pois o blogue é feito para eles.
Nesse sentido, tive de repetir aquele exercício desconfortável de contactar a Motor 7, concessionário oficial da marca em Lisboa. Desconfortável, porque apesar das pessoas da Motor 7 se pautarem pela educação e simpatia, elas estão lá para vender motos e não para fazer o trabalho que o importador se recusa a fazer: comunicar. Não sendo possível, para já, dispor da nova Tracer 9 GT+, a educação e simpatia da Motor 7 conduziu-me a esta Tracer 7 - fotografada pelo Gonçalo Fabião. E eu não recusei a oferta. Porque os fãs da marca merecem ver as suas motos neste blogue e porque também eu enriqueço um pouco mais sempre que tenho possibilidade de provar uma Yamaha - marca incontornável que um dia terá, certamente, gente com outra visão e elevação na liderança do seu destino em Portugal.
Apesar de revista e actualizada para 2023 – instrumentos, condutividade e detalhes que potenciam o conforto - a Tracer 7 não é propriamente uma novidade. Como todos sabemos, a Tracer 7 encontrou como ponto de partida um dos modelos de mais bem sucedidos no nosso mercado, a incontornável e despida MT-07, reconhecida pelo seu brilhante motor, agilidade e facilidade de utilização.
A linha da Yamaha Tracer 7 vai ao encontro das tendências actuais: personalidade e provocação. Não vos vamos maçar com fichas técnicas em forma de prosa, todavia se a quiserem conhecer em tabela aproveitamos para vos remeter para aqui (link).
Importa sim sublinhar que os primeiros quilómetros com esta Tracer 7 revelam de imediato a sua natureza. Uma média cilindrada leve, com uma boa habitabilidade e posição de condução proeminente face a outros utilizadores da via publica. As primeiras boas sensações estendem-se ao comportamento, pois encontrámos uma moto de ciclística evoluída e equilibrada e com um motor que é uma absoluta delicia, fácil de usar em toda a gama de rotações e com um elevadíssimo “momentum” em qualquer mudança engrenada.
É sempre muito bom, até no que diz respeito à segurança, saber que ao ser necessário rodar o punho vamos encontrar potência e binário disponíveis para incrementar de forma imediata a nossa posição na cidade ou na estrada.
Não ficámos fãs da “rodinha” que nos permite comunicar com o painel de instrumentos e lamentamos também a ausência de alguma eletrónica – controlo de tração e cruise control, por exemplo, seriam muito bem-vindos. Por outro, aplaudimos a escolha dos Road 6 GT da Michelin para equipar de origem a Tracer 7 bem como a possibilidade de ajuste das suspensões em pré-carga e extensão em ambos os eixos.
Honestamente, sublinhamos, fica sempre desafiante, escrever quanto o tema é Yamaha. No entanto fica muito fácil aplaudir esta moto. Agora compreendemos muito melhor o porquê do motor CP2 ter tantos amigos. É um motor incrível na sua generosidade. Generosa é também a forma com a Tracer 7 abraça a cidade e a estrada. Fácil, directa, simples e muito eficaz. O comportamento é mesmo aqui o grande trunfo.
Agradecendo uma vez mais à Motor 7 a cedência, resta-nos escrever que esta Yamaha Tracer 7 Icon Performance reclamou quatro litros e meio do tal liquido doirado carregadinho de impostos de que tanto dependemos para a felicidade, solicitando a marca uma transferência bancária no valor de 9.350€ para que a levem convosco onde mais desejarem.
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