Atenção, muita atenção!!
Aqui, como fazem certas revistas, não vão encontrar um comparativo cheio de quadros amaricados nem pontuações esdrúxulas. Aqui, como fazem outras revistas, também não vão encontrar o relato de uma “voltinha ao quarterão” por um grupo de amigalhaços. Aqui vão encontrar realidade. Cinco palavras: RE-A-LI-DA-DE.
Isto não é um comparativo, caros amigos. Isto é um confronto de mais de 11000 (onze mil) quilómetros. Duvidas? Então, vamos lá…
Sobre a Honda VFR1200X Crosstourer não tenho muito mais a acrescentar ao que aqui deixei (link). Se em viagem não me encheu as medidas, na cidade a sua fraca agilidade e elevado consumo fazia-me deixa-la abandonada na garagem. Fora de estrada? Nem sequer tentei…, não foi desenhada e construída para maus caminhos. Estamos conversados.
Quanto à Honda CRF1000L Africa Twin…, esta foi muito amor à primeira vista (link). É sabido como estas paixões instantâneas podem trazer dissabores. Confesso, não estava cem por cento seguro da troca (link). Havia que ir para o terreno avaliar da coisa. Ahahahahha…, até eu me rio.., excelente desculpa para passar quinze dias a lamber asfalto do bom, para cima e para baixo, riscar e rabiscar o mapa na Disneylândia Alpina…, deixem cá dar outra gargalhada…, muahahahahaaaa…
A “nova africana” não foi desenhada para o mototurismo. Eu fiz o que pude para a adaptar, dotando-a de um vidro mais alto (de origem Honda) e três poderosas malas Givi Trekker Outback, que me oferecem a maior “litragem” de sempre para viajar de mota.
Em viagem a AT revelou ser uma excelente surpresa. Confortável quanto baste, em auto-estrada e acima do limite legal de velocidade, gasta que se farta com tanta oposição ao vento (7 litros aos cem quilómetros, plus).
Se o motor da CT tinha decepcionado no Templo Alpino, imaginem o motor da AT. Pois…, é poucochinho para tanta subida e descida desenfreada. Mas a mota, assim que nos adaptamos à estranha medida do eixo dianteiro, acaba por ser muito versátil, fácil, dinâmica, “handling” e sobretudo divertida. O DCT, já se sabe, está cada vez melhor. A ciclística cumpre, não me queixo do afundamento dianteiro que por vezes alguns falam (e ela foi bem apertada!), a suave travagem dianteira é perfeita; infelizmente o disco traseiro está subdimensionado e sobreaqueceu ao ponto de deixar de trabalhar (o que se pode tornar muito perigoso) pelo menos duas vezes. Em 6294 (seis mil duzentos e noventa e quatro) quilómetros foram consumidos em média 6,3 litros do precioso líquido explosivo a que chamam gasolina - cerca de meio litro a mais do que em similar viagem com a Crosstourer.
Já em casa, na manhã seguinte ao meu regresso, ainda de férias, deu-se um momento revelador. Há dois anos regressei dos Alpes na VFR1200X Crosstourer de papo cheio, feliz mas cansado; não voltei a pegar na mota tão cedo. Este ano regressei dos Alpes na CRF1000L Africa Twin de papo cheio, feliz mas cansado e fui…, andar ainda mais de mota.
As dúvidas, enfim, dissiparam-se. Crosstourer e Africa Twin são suas motas muito boas em vários aspectos. Mas a CRF1000L bate a primeira em versatilidade, divertimento e, de forma surpreendente, conforto.
Não admira pois que esteja a ser um gigante sucesso da Honda. Mais um. Ao ponto das motas usadas terem mais procura que oferta. O mercado tem sempre razão!
O seu primeiro parágrafo sobre a VFR é uma pérola....
ResponderEliminarGostaria de lhe pedir um autógrafo.
Nunca tive um autógrafo de um gajo que deseja fazer um comparativo sendo parcial e conclusivo da forma como o foi.
A África Twin é uma excelente moto, mas a forma como compara ambos animais não é justa, isenta nem imparcial.
Mais lixo internauta que serve apenas para mostrar as penas do pavão que, pavoneando-se, acaba por não comer nada.
Que delicia de comentário Lone Rider, que classe..., parabéns!
ResponderEliminarGostava de conhecer os seus argumentos mas..., o amigo prefere matar o mensageiro.
Ainda assim, morto, sou um pavão; orgulhoso por este blogue ser feito com muito esforço e dedicação por alguém que assume sem qualquer vergonha a sua identidade..., já o Lone Rider é isto..., um mero cobarde anónimo.
Não preciso de desejar que volte sempre pois o amigo vai voltar..., claramente Lone Rider loves Escape..., ahahhahah....