domingo, 10 de setembro de 2017

Crosstourer Vs Africa Twin o derradeiro confronto em modo DCT

Atenção, muita atenção!! 

Aqui, como fazem certas revistas, não vão encontrar um comparativo cheio de quadros amaricados nem pontuações esdrúxulas. Aqui, como fazem outras revistas, também não vão encontrar o relato de uma “voltinha ao quarterão” por um grupo de amigalhaços. Aqui vão encontrar realidade. Cinco palavras: RE-A-LI-DA-DE. 

Isto não é um comparativo, caros amigos. Isto é um confronto de mais de 11000 (onze mil) quilómetros. Duvidas? Então, vamos lá… 

Sobre a Honda VFR1200X Crosstourer não tenho muito mais a acrescentar ao que aqui deixei (link). Se em viagem não me encheu as medidas, na cidade a sua fraca agilidade e elevado consumo fazia-me deixa-la abandonada na garagem. Fora de estrada? Nem sequer tentei…, não foi desenhada e construída para maus caminhos. Estamos conversados. 

Quanto à Honda CRF1000L Africa Twin…, esta foi muito amor à primeira vista (link). É sabido como estas paixões instantâneas podem trazer dissabores. Confesso, não estava cem por cento seguro da troca (link). Havia que ir para o terreno avaliar da coisa. Ahahahahha…, até eu me rio.., excelente desculpa para passar quinze dias a lamber asfalto do bom, para cima e para baixo, riscar e rabiscar o mapa na Disneylândia Alpina…, deixem cá dar outra gargalhada…, muahahahahaaaa… 

A “nova africana” não foi desenhada para o mototurismo. Eu fiz o que pude para a adaptar, dotando-a de um vidro mais alto (de origem Honda) e três poderosas malas Givi Trekker Outback, que me oferecem a maior “litragem” de sempre para viajar de mota. 

Em viagem a AT revelou ser uma excelente surpresa. Confortável quanto baste, em auto-estrada e acima do limite legal de velocidade, gasta que se farta com tanta oposição ao vento (7 litros aos cem quilómetros, plus). 

Se o motor da CT tinha decepcionado no Templo Alpino, imaginem o motor da AT. Pois…, é poucochinho para tanta subida e descida desenfreada. Mas a mota, assim que nos adaptamos à estranha medida do eixo dianteiro, acaba por ser muito versátil, fácil, dinâmica, “handling” e sobretudo divertida. O DCT, já se sabe, está cada vez melhor. A ciclística cumpre, não me queixo do afundamento dianteiro que por vezes alguns falam (e ela foi bem apertada!), a suave travagem dianteira é perfeita; infelizmente o disco traseiro está subdimensionado e sobreaqueceu ao ponto de deixar de trabalhar (o que se pode tornar muito perigoso) pelo menos duas vezes. Em 6294 (seis mil duzentos e noventa e quatro) quilómetros foram consumidos em média 6,3 litros do precioso líquido explosivo a que chamam gasolina - cerca de meio litro a mais do que em similar viagem com a Crosstourer. 

Já em casa, na manhã seguinte ao meu regresso, ainda de férias, deu-se um momento revelador. Há dois anos regressei dos Alpes na VFR1200X Crosstourer de papo cheio, feliz mas cansado; não voltei a pegar na mota tão cedo. Este ano regressei dos Alpes na CRF1000L Africa Twin de papo cheio, feliz mas cansado e fui…, andar ainda mais de mota. 

As dúvidas, enfim, dissiparam-se. Crosstourer e Africa Twin são suas motas muito boas em vários aspectos. Mas a CRF1000L bate a primeira em versatilidade, divertimento e, de forma surpreendente, conforto. 

Não admira pois que esteja a ser um gigante sucesso da Honda. Mais um. Ao ponto das motas usadas terem mais procura que oferta. O mercado tem sempre razão!

2 comentários:

  1. O seu primeiro parágrafo sobre a VFR é uma pérola....
    Gostaria de lhe pedir um autógrafo.
    Nunca tive um autógrafo de um gajo que deseja fazer um comparativo sendo parcial e conclusivo da forma como o foi.
    A África Twin é uma excelente moto, mas a forma como compara ambos animais não é justa, isenta nem imparcial.
    Mais lixo internauta que serve apenas para mostrar as penas do pavão que, pavoneando-se, acaba por não comer nada.

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  2. Que delicia de comentário Lone Rider, que classe..., parabéns!
    Gostava de conhecer os seus argumentos mas..., o amigo prefere matar o mensageiro.
    Ainda assim, morto, sou um pavão; orgulhoso por este blogue ser feito com muito esforço e dedicação por alguém que assume sem qualquer vergonha a sua identidade..., já o Lone Rider é isto..., um mero cobarde anónimo.
    Não preciso de desejar que volte sempre pois o amigo vai voltar..., claramente Lone Rider loves Escape..., ahahhahah....

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