quinta-feira, 30 de abril de 2015

Cristãos-novos

Cristão-novo ou converso era a designação dada em Portugal, Espanha e Brasil aos judeus e muçulmanos convertidos ao cristianismo em contraposição aos cristãos-velhos, isto é, aqueles que compunham o segmento maioritário da população portuguesa e espanhola durante o denominado Antigo Regime. 

Vítor Sousa, decano motociclista e jornalista especializado, assina um artigo na REV 25 intitulado “o novo motociclista”. Para ele o novo motociclista “trata-se de uma geração formada nos fóruns da internet – essa grande fossa séptica da opinião – onde o lixo opinativo é debitado como ciência e a imbecilidade se torna verdade absoluta (…). Andam muito mal de moto e não sabem nada de motos, da sua história, nem da sua essência”. 

Confesso que ao ler o texto completo não gostei. Tenho (tinha) alguma simpatia por este género de cristãos-novos. Achei tudo manifestamente exacerbado. 

Mas, as palavras do Vítor andavam cá a remoer há algum tempo - mais a mais agora que ando muito mais atento devido a este blogue. Hoje (ontem), dois episódios – um real, nas ruas de Lisboa, outro virtual, nas autoestradas da Web – vieram desmoronar por completo o meu ceticismo e dar completa razão às palavras do meu antigo diretor na MOTOCICLISMO. 

Os dois episódios que vivi são tão ridículos que inenarráveis. O que o faltou dizer ao Vítor é que tudo isto é uma questão de Cultura, ou melhor de falta dela. Falta de Cultura motociclistica, falta de Cultura da vida em geral, falta de Cultura Social. Mais, muito mais, ainda: falta de Educação, uma das mais importantes manifestações de Cultura. 

Posto isto, como não aprecio generalizações, termino – por ser verdade - com a mesma nota do Vítor nesse texto: “Felizmente, a sensatez, a humildade e a inteligência não se sumiram e conheço muitos (alguns pessoalmente) que se preocupam, quotidianamente, em aprender e evoluir. E têm-no conseguido”.

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