Tempo para falar um pouco do Lisboa MotoShow, tal como tinha sugerido aqui (link).
Missão: Pingüínos. Mil novecentos e noventa e três. Ou seria mil novecentos e noventa e quatro? Não me recordo. Sei que era Janeiro estava frio e tinha dormido, mais ou menos, ao relento nas ultimas três ou quatro noites. Repito, não me recordo…
Missão: Pingüínos. Mil novecentos e noventa e três. Ou seria mil novecentos e noventa e quatro? Não me recordo. Sei que era Janeiro estava frio e tinha dormido, mais ou menos, ao relento nas ultimas três ou quatro noites. Repito, não me recordo…
Mas recordo-me bem de quando o Miguel me passou os comandos da luminosa Ducati 888 para as mãos, algures perto da espanhola Ciudad Rodrigo. De repente parecia que tinha novamente oito ou nove anos e era noite de Véspera de Natal, ou de Dia de Reis já que estávamos no país do lado.
De Ciudad Rodrigo arranquei num ápice até à fronteira portuguesa. À época terão sido os vinte ou trinta quilómetros mais felizes da minha curta vida de motociclista. A posição de condução estupidamente agressiva contrastava com a aborrecida quietude da minha Yamaha XV 250 Virago; o ronco poderosíssimo do V-twin desmodrómico esmagava o som de chaleira do meu “V2zinho” japonês. O violento mas preciso safanão daquela transmissão italiana ridicularizava a desafinação da corrente do meu “piano”. Não era um sonho de adolescente. Não, eu abria gás até onde podia e sabia num míssil italiano vestido de vermelho garrido.
Depois dessa viagem raramente vi o Miguel. Reencontrei-o no surpreendente Moto Show lisboeta por duas vezes. Nas duas vezes que lá fui, na passada quinta e sexta-feira.
Verdade, fui lá por duas vezes. Reencontrei, entre outros, o Miguel, o Tó, o Marcos, o Paulo, o Luís, o Rui, o José. Com tanta conversa para colocar em dia, não tive tempo para ver mais do que duas ou três motas.
Foi, sem dúvida, o melhor Salão de motociclístico que Lisboa me proporcionou até hoje.
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