domingo, 14 de junho de 2015

Mas por que raio vais a Évora comprar uma mota?

A questão é recorrente. Em Évora? Porquê em Évora? Não há motos em Lisboa? Vais tão longe? Por que raio vais a Évora comprar uma mota…? – e, regra gera, não fica por aqu. Para os mais inquietos ou apressados eu respondo já: é tudo uma questão de paixão!

Como qualquer motociclista sabe, a escolha de uma mota nova não é tarefa fácil; quase tão difícil quanto essa escolha surge outra associada: onde comprar a nova mota escolhida? Este post não quer saber de responder à primeira questão. E à segunda vai responder da seguinte maneira.

Sábado, dia de Santo António, Feriado em Lisboa, Sete-Rios, nove e meia da manhã. Não me recordo quando terá sido a última vez que tinha andado num autocarro dito Expresso em Portugal. Expresso, e foi mesmo. Onze em ponto, chegava a Évora; minutos depois o José Caniço Nunes, decano motociclista apaixonado e um dos donos da Motodiana, dava-me boleia para a Motodiana.

Fiquei por ali, o resto da manhã, a ver equipamento, outras motas, espreitar relíquias na oficina, dar dois dedos de conversa com o simpático Manuel Gaiato - responsável pela oficina - e com outros motociclistas. Entretanto chegou a hora de almoço…, e não se vendem, muito menos compram, motos com a barriga vazia, certo? Pezinhos de Coentrada, feijoada e pão alentejano quentinho a sair do forno a lenha; migas, entrecosto e um tinto alentejano jovem e frutado; sericaia e um suave digestivo…, sei lá…, três horas de histórias de motas, motociclistas e motociclismo, histórias antigas, outras mais recentes e depois…, então sim, estava pronto para comprar, e o Caniço para vender, a CT DCT.  

Depois…, depois o motociclista sabe (e se não sebe devia saber) que não há nada melhor do que pegar numa mota nova e andar com ela durante umas dezenas de quilómetros. Não cabe na cabeça de nenhum motociclista possuir uma mota nova e…, guarda-la de imediato na garagem, certo? Comprar uma moto em Évora tem ainda esta grandiosa vantagem: há que trazê-la para casa sendo sempre possível optar pelo caminho mais longo dos possíveis. Foi o que fiz, com uma passagem em casa de bons amigos setubalenses para um abraço e mais uns brindes à nova máquina.

Que me perdoem os meus amigos “REVianos” mas…, se calhar “fora da bolha” é isto…, se calhar “cultura motociclistica” é isto, ou, vá lá, também é isto: amizade, paixão pelas motas e pelo motociclismo, uma boa mesa, um rico petisco.

Cerca de vinte horas depois de Lisboa ter saído, regressava. E a um par de quilómetros de casa, o céu desaba em pleno Junho. Choveu copiosamente, a fazer adaptar o ditado: mota nova molhada, moto nova abençoada. Numa palavra: por que raio vais a Évora comprar uma mota…? Repito, é tudo uma questão de paixão!

2 comentários:

  1. Parabéns e muitos e bons kms com essa mota. Tenho muita pena que o mercado em Portugal e mesmo no resto do mundo não reconheça o passo em frente que é esse DCT. Eu se um dia voltar a ter uma Honda, será muito por conta do DCT! Vamo-nos vendo por aí. Abr

    ResponderEliminar
  2. Obrigado..., mais tarde ou mais cedo o mercado acabrá por reconhecer a excelência do DCT..., "Roma e Pavia não se fizeram num dia", já dizia a minha avó.. :)

    ResponderEliminar

Site Meter