Por vezes o espirito de “Cristão-novo” (saber mais) desce sobre mim e…, vai de andar “a fundo” por entre as filas de carros.
É insuportável. A crise acabou, o lisboeta voltou a ser todo rico. Pelo menos a aferir pela quantidade de carros que inunda cada vez mais as avenidas e ruas da capital.
Na verdade, enquanto o papão da crise sobreviveu, os lisboetas cortaram-se ao passeio diário na lata. Durante meses - mais de um ano, provavelmente - foi possível circular de forma dita normal em Lisboa. Nesse aspeto a capital até pareceria um qualquer paradisíaco endless summer.
Há meses que isso acabou. Ou pelas incompreensíveis sucessivas greves fascistas de uma classe privilegiada que são os funcionários dos transportes ditos públicos, ou porque chove ou, simplesmente, porque sim.
É insuportável, de facto. O trânsito voltou. Parece que todos os dias, a todo lado que vou, vou trancado entre filas de carros. [Todos estúpidos…]
Por vezes o espirito de “Cristão-novo” desce sobre mim, dizia. E com ele o pragmatismo da experiencia também: “estou mais perto de arrancar espelhos, mais perto, mais perto…, maissss pertoooooo”.
Desta feita, foi só uma questão de mais dois semáforos. Por sorte apenas um toque. Parei logo, perguntei, por gestos, ao senhor fogareiro se tudo estava bem. Como o senhor fogareiro não me respondeu, perguntei uma segunda vez. E uma terceira. Até que o senhor fogareiro me respondeu com um gesto acompanhado de olhar fulminante que imediatamente interpretei como um “vai pró car@&#$”. O semáforo abriu. Arranquei. E de imediato enviei o meu melhor “vai tu” mental para o senhor fogareiro em causa.
Siga, senhores fogareiros há muitos; e, não está nada fácil circular em Lisboa.
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