quinta-feira, 9 de agosto de 2018

A week in a paradise called Portugal (III)

Após uma primeira incursão no Parque Nacional Peneda-Gerês (link), o programa de Domingo, 22 de Julho, indicava um passeio pelo coração do Parque Nacional Peneda-Gerês. Percurso que veio a revelar-se demasiado ambicioso face à beleza e encanto desta deslumbrante região cá do retângulo. 

Primeiro houve que cruzar a Serra Amarela por estreitas estradas municipais até à barragem de Vilarinho das Furnas. Caminho sinuoso que levou a CRF ao solo, devido ao atrevimento para mais uma “foto daquelas”. Queda compensada com o curioso encontro com um animado grupo de motociclistas do Norte, organizado a partir de uma rede social, cujo foco é dar ricos passeios minhotos (uma abraço a todos!). 

Dali, Mata de Albergaria e Geira. Geira? Sim…, a Via Romana nº 18 do Itinerarivm Antonini (um roteiro do séc. IV que chegou até nós), popularmente conhecida por “Geira”, é uma das estradas militares construída no último terço do séc. I d.C., ligando Bracara Avgvsta a Astvrica Avgvsta (actual Astorga), num percurso de 215 Milhas. A justificação da sua construção encontra-se na necessidade que as legiões sentiram de penetrar mais rapidamente nas montanhas desta região. Com o seu traçado bem estruturado, por permitir galgar vários tramos de montanha sem subidas ou descidas muito acentuadas, encurtou-se a ligação entre aquelas duas cidades, até ali só possível por Aquae Flavaie (actual Chaves). As características da estrada romana da “Geira” e o facto de ser durante séculos a melhor, talvez única, via que atravessava a Serra do Gerês, levaram-na a ser restaurada, praticamente, até ao início do século XX.

No final desta pequena aventura um mergulho inesquecível nas águas frescas da barragem. Dali rumo à localidade de Campo de Geres e à serpenteante N304 que passa em São Bento da Porta Aberta até ao primeiro encontro desta viagem com a épica N103, que me levou neste dia até perto da Ponte da Misarela, já no “longínquo” concelho de Montalegre. O regresso à Barca passou por Cabril e Fafião. O cansaço traiu-me e falhei a Cascata do Arado mas não o apaixonante Miradouro da Pedra Bela, a passagem por Portela do Homem e uma pequena incursão em Espanha, aproveitando para reabastecer em Lobios. 

Uffff…, felizmente que tal como no dia anterior (link) o Moinho em Ponte da Barca estava novamente à minha espera, com um belo cabrito no forno acompanhado de delicioso arroz de miúdos. 

[continua…]

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