terça-feira, 20 de agosto de 2019

Escape (com) Vida - ir para fora cá dentro com João Krull (II)

Após o primeiro e segundo dia de viagem que podem ser recordados aqui (link)...

Dia 3 (Aguieira – Gouveia) 102 km 


As manhãs nestes dois dias abriam encobertas, mas rapidamente o sol começava a aparecer. Evitando a IP3 e a N17, fomos por estradas municipais até vila Cova de Alva apanhar a N342 que nos levou até á lindíssima vila de Avô, com uma fantástica e bonita praia fluvial. 

Seguindo pelas N342, N230 (passando pela Ponte das Três Entradas), N338 e N231 (estradas de curvas e contracurvas) fomos dar a Seia, onde (num pequeno desvio de cerca de três quilómetros) fomos almoçar ao tão já conhecido e fantástico Restaurante “Museu do Pão”. 

Atestados de comida e a pouco mais de 20 km do Hotel, lá nos pusemos à estrada pela M522 até Vinhó, concelho de Gouveia, onde fica localizado a Quinta Madre de Água. Esta Quinta no sopé da Serra da Estrela conta com um Hotel Rural, um restaurante, uma coudelaria, sendo ainda produtora de vinhos, queijos e compotas - tudo de excelente qualidade com a marca Madre de Água. A simpatia, os quartos, a piscina e a comida (jantar e pequeno almoço) são de uma excelência única. Um contacto com a natureza no seu estado puro e com a vontade de lá voltar. 

Foi um dia com muitas curvas, estas estradas serranas não nos cansam pelo prazer de conduzir, de apreciar as paisagens e de sabermos que tudo isto é nosso, aqui dentro, aqui tão perto. 

Dia 4 (Gouveia – Alcongosta) 90 km 


A manhã, depois de um reconfortante pequeno-almoço na quinta Madre de Água, começou com um passeio pela quinta apreciando as vinhas, os pomares, os cavalos e os cães serra da estrela, entre outros. De seguida partíamos para a tradicional travessia da sempre bela Serra da Estrela rumo a outra serra, a da Gardunha. 

Pelo caminho na N232, CM1125 e N339 as imensas fotos, da cabeça do velho, da Lagoa comprida, da torre, do santuário e das centenas de curvas que fazem as delícias dos imensos motards que as percorrem. Na descida, já na entrada para a Covilhã, fizemos uma paragem num parque florestal para comer uma fruta, bolachas, um ovo cozido (este sempre aproveitado dos pequenos almoços) e beber água, pois tencionávamos fazer um bom lanche no destino. Percorrendo a N18 desde a Covilhã, saímos para Alcongosta para começar a subir a Serra da Gardunha até ao nosso destino o Natura Glamping. 

O local é fantástico muito sossegado, com uma vista para a Serra da Estrela e para as cidades da Covilhã e Fundão; de cortar a respiração. No final da tarde, subi um pouco mais, por uma estrada de terra batida até a uma torre de vigia para ver o pôr-do-sol. Ali a vista de 360º é até onde a vista pode alcançar, uma maravilha. O Natura Glamping tem 6 “Domos” (2 deles com opção de jacuzzi no exterior) bastante acolhedores, com duas camas de casal e todo o conforto necessário. O seu isolamento de sons e temperaturas é excelente. A piscina de uma beleza fantástica tem água vinda da nascente. O restaurante é muito bom e agradável, lanchámos umas boas tostas e um belo sumo de Cereja (típico da região) com maça. 

Dia 5 (Alcongosta – Arraiolos) 225 Km 



Este dia esperava-se longo e queríamos ter saído mais cedo para evitar as altas temperaturas que se avizinhavam, mas a pressa nunca esteve presente e saímos um pouco antes das 10h. 

Começámos por descer pela M1068 para apanhar a N238 e logo de seguida a pouco conhecida e fantástica N352 que termina um pouco depois de Alcains. Mas decidimos, antes de chegar a S Vicente da Beira, virar para a não menos surpreendente M525 (onde não se vê viva alma), onde parámos em Almaceda para um café e apreciar a sua pequena praia Fluvial. 

Continuando a descer, passamos por Sarzedas a caminho de Vila Velha de Rodão pela M546. A partir dai a N18 e a M526 levaram-nos até Nisa. Uma vez que por aqui não existe nenhuma referência para comer, fizemos um desvio de 11 km até Alpalhão, para nos regalarmos com um excelente almoço no Restaurante “A Regata”. 

De barriga cheia lá nos fizemos de novo à estrada e…, claro, a alta temperatura bateu nos 37º. Andávamos pela N369 e N370, quando decidimos fazer uma paragem em Avis, na mais conhecida Albufeira do Maranhão para ir a banhos no parque de campismo. Duas horas aqui…, e a 40 km de Arraiolos a N370 levou-nos até lá. 

Pernoitámos no centro de Arraiolos, na Casa do Plátano, uma bem recuperada típica casa alentejana, com uma pequena piscina que nestes dias é uma bênção. Não foi preciso andar nem procurar onde comer, pois mesmo em frente (do outro lado do jardim) e aberto há pouco mais de um ano, existe um maravilhoso Restaurante de nome “Republica dos Petiscos”. Pois bem, lá vieram eles (uns cogumelos salteados, um queijo de cabra derretido com orégãos, uns ovos rotos (que delicia) com cebola caramelizada e por fim um pica pau de porco preto). A acompanhar o excelente vinho da região da famosa adega Monte da Comenda Grande, delicioso. E assim lá se foi todo o ginásio ou dieta que se possa ter feito. Foi simplesmente brutal este jantar - com a vontade de ir lá hoje de novo.

(continua...)

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