terça-feira, 11 de outubro de 2016

Este Escape possui Livro de Reclamações

Olá Escape, sou leitor diário mas há algo que em deixa perplexo. Porque é que o Escape quase só ensaia (“prova” na sua – e boa – terminologia) motas Honda? Não há outras marcas de motas no mercado? 
João Miranda 

Olá Pedrocas, estás bom? A minha amiga Patrícia anda com vontade de comprar uma 125cc e está indecisa entre a Yamaha NMAX e a Piaggio Medley; diz que não quer a PCX. Disse-lhe para seguir o teu blogue mas ela não encontra nada sobre aquelas, só sobre a PCX. Tens que ser mais abrangente, não achas? Quando tomamos cafezinho? Beijinhos. 
Paula Afonso 

Amanhã talvez...
Estes são apenas dois exemplos. Podia aqui colocar outros, dos muitos que vou recebendo via correio electrónico. É a queixa mais frequente dos leitores do Escape. Gostam todos muito das “Provas” mas querem outras marcas para além da Honda. Questionam-me porque sou assim tão fã da marca. E se tenho algum problema com as outras marcas. Tempo de fazer a minha defesa, meus caros.

É verdade que “sou da Honda desde pequenino”. Era puto, não sonhava sequer ter mota, mas já torcia pela marca da asa dourada. Não há razão. Só mesmo paixão. Sempre foi assim, provavelmente sempre assim será. Por exemplo, não me interessa quem conduz no MotoGP para a Honda. Vibro sempre pala marca, não pelo piloto. Eu gosto da Honda mas a Honda também, gosta de mim; temos uma excelente relação com vários graus de complexidade. E de fidelidade absoluta desde mil novecentos e noventa e quatro. Fizemos vinte e dois anos nesta primavera. Bonito, não?

O Escape é liberal. Tenho solicitado colaboração a quase todas a marcas. As respostas vão do silêncio à satisfatória colaboração. 

O que posso dizer mais? Não se é líder, durante anos e anos, por acaso. Quando uma marca nipónica, que já foi líder há décadas atrás, me indica uma responsável pela comunicação e essa pessoa ignora olimpicamente comunicações por vias diversas, penso que está tudo dito. Quando uma histórica marca europeia se refugia nos parcos números de motas vendidas para não querer dar mais destaque aos seus produtos…, também penso que está tudo dito. 

Caro João e querida Paula. Obrigado pelas vossas mensagens. Desculpem a seca. A boa notícia é, como dizia a minha avó, “filho, não há mal que sempre dure nem bem que não acabe”. Mais tarde ou mais cedo, quem representa as marcas, irá reconhecer a virtude desta nova forma de comunicar - uma forma que recorre à experiência pessoal e às novas plataformas socias. 

Querem saber um segredo, João e Paula? Lá fora, em mercados mais desenvolvidos, até já há quem apresente primeiro (não falo especificamente de motas) os seus produtos a bloggers e só depois à comunicação social especializada. 

Em Portugal tudo leva o seu tempo…, como sempre.

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