quarta-feira, 19 de abril de 2017

Já basta!

Na primavera. Todos os anos é isto. Mas este ano tem sido demais. Com uma frequência quase diária morre mais um motociclista nas estradas portuguesas. Uma tristeza. 

Algumas páginas, em especial da rede facebook, tornaram-se por estes dias verdadeiras páginas de necrologia. É demais! De manhã já me questiono. Quem será hoje? Um amigo? Um conhecido? Eu próprio? Será que hoje é o meu dia? 

Aqui não há espaço para culpados. Aqui todos são vítimas. Quem parte, os sobreviventes, quem fica. 

Alguém se lembra de uma campanha de segurança rodoviária em que os motociclistas sejam protagonistas? Alguém se lembra de uma campanha de segurança rodoviária em que os motociclistas se vejam protegidos? Alguém se lembra de uma campanha de segurança rodoviária que alerte para a fragilidade dos motociclistas? 

Não, não, não e nunca. O dinheiro dos impostos que pagamos, o dinheiro das multas que pagamos podem servir para muito mas nunca para proteger o motociclista. Se calhar já basta, não? 

E se o Estado nada faz e continua a assobiar para o lado enquanto saca taxas e taxinhas por mais um funeral de um motociclista, se calhar cabe nos a nós fazer alguma coisa, não? Se calhar cabe nos a nós, motociclistas, fazer mais do que um pequeno lamento, escrever um “RIP”, um “DEP”, um “não acredito”. 

Onde anda a Federação? Onde estão os Moto Clubes? Onde estão os Grupos motards? E as revistas? Por que raio não avançamos nós com campanhas dignas que ajudem a parar com esta carnificina diária? 

Perdoem me o desabafo. Mas…, já basta! E contem desde já com este Escape para o que for necessário!

terça-feira, 18 de abril de 2017

Honda CB500X à prova

Agilidade, diversão e economia. Não se esqueçam daquilo que acabei de escrever. Foi desta forma que caracterizei (link), em Junho do ano passado, a Honda CB500F. E desde que a provei que fiquei muito curioso em conhecer a versão X da família. Só agora foi possível abraça-la… 

Confesso que a primeira impressão não foi apaixonante. Quando a fitei com atenção até me deixei levar pelas suas linhas fluidas. Todavia, o primeiro toque não arrebata. Tendo em conta a posição de condução, tudo parece liliputiano e, sobretudo, um encaixe de pernas algo recuado deixou-me algo apreensivo.

As vantagens de podermos realizar algumas centenas de quilómetros numa mota que não conhecemos são inúmeras. As primeiras impressões podem ser facilmente desmontadas e o conhecimento que vamos adquirido da máquina lança-nos luz sobre aspetos que nem imaginávamos. 

Agilidade, disse eu. Se por um lado acabei por me habituar facilmente à ergonomia da Honda CB500X - esquecendo rapidamente a posição algo recuada das minhas pernas - por outro, pude conhecer uma mota absolutamente adaptada às exigências da condução urbana, o terreno de eleição desta utilitária. 

Diversão, disse eu. Quando saímos para a estrada, a proteção aerodinâmica oferecida pelo pequeno ecrã surpreende pela eficácia. Surpresa não tive pelo belo motor desta “quinhentos”. Já o conhecia e aqui, na X, o coração parece bater de forma ainda mais perfeita do que na pequena F. 

Economia. Mais economia. À agilidade e diversão que conhecia da F e voltei a encontrar na X junta-se a economia. Mais economia, na verdade. Consegui um consumo absolutamente ridículo de 3,6 litros de gasolina por cem quilómetros de cidade devorada – e não andei propriamente a poupar. 

Mais três notas. Uma negativa: pneus; apesar de apenas ter rodado em piso seco, fiquei com a sensação de que em pisos menos abrasivos a borracha de origem não satisfaz. Duas positivas: a iluminação dianteira, mais no aspeto de ser visto do que de ver (engraçado como as “latas” se afastam como se de um grade motão lá viesse.) e os instrumentos sempre legíveis com quaisquer condições de luminosidade 

Sejamos honestos. Se pensa que com uns miseráveis 6400€ vai comprar uma mota para dar a volta ao mundo então…, tem razão. Aqui está ela. Se até há quem vá de PCX ao Nepal… Mas a Honda CB500X não foi construída para tal. A Honda CB500X foi concebida para a batalha diária das grandes cidades e seus arredores, terrenos onde se move a roçar a perfeição. Contudo, se lhe pedir para ir mais longe, ela irá. E fá-lo-á sem se queixar.

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Córdoba e Toledo por Estradas Nacionais (I)

Seguramente que há mais de vinte anos sonhava com esta voltinha. Incrivelmente, por este ou aquele motivo vinha sendo adiada, até ao final do passado mês de Fevereiro. Enfim, os astros alinharam-se, e a pequena “pausa” de carnaval foi a data escolhida. “Por estradas nacionais” foi apenas o tempero para passar mais tempo na estrada e tornar o passeio menos dispendioso. 

Por sorte, o tempo apresentou-se nesses dias algo frio mas seco. Passado o Tejo para sul, a N4 e a N114 levaram-me até Évora – tempo para uma cafezada, visitar a MOTODIANA que se apresenta de cara lavada, e dois dedos de conversa com os amigos alentejanos. Dali a N256 levou-me até Monsaraz, ao seu castelo e às margens do Guadiana. O almoço fez-se de um lauto cozido de grão na Adega Velha – bom, honesto mas nada de soberbo.

De barriguinha cheia, demasiado até, foi tempo de cruzar a fronteira e ser abraçado por umas, já nessa época, lindíssimas amendoeiras em flor. O caminho até Córdoba faz-se, maioritariamente, pela N-432. Tudo demasiado calmo, com um verde profundo deixado pelas intensas chuvas de inverno a emoldurar a viagem, apenas com alguma animação em forma de curvas rápidas já nos montes a norte deste primeiro destino. 

Córdoba revelou-se uma rica surpresa. Para além da monumentalidade reconhecida mundialmente, a cidade está cheia de movida (potenciada pela época carnavalesca), bons e acolhedores restaurantes com preços simpáticos. Naquele sábado não resisti a “tapas e cañitas” num local muito parecido com o Mercado Time Out em Lisboa…, e até um pezinho de dança se deu…, sinal que os quinhentos quilómetros na Honda CRF 1000L Africa Twin DCT não tinham deixado mossa. 

(Continua...)


domingo, 16 de abril de 2017

Só para quem ama verdadeiramente andar de mota

Foto Luís Duarte - MOTOCICLISMO

É assim, nem mais nem menos, que qualifico o Road Miles. Como vos disse aqui (link) tive o privilégio de estar presente na edição inaugural deste desafio a convite da MOTOCILCISMO. O texto completo sobre o evento poderá ser lido na edição de Maio da revista mas…, já podem espreitar aqui (link), no sítio da revista, um pouco do que foi este dia em que Rui Baltazar, Luís Lourenço e Jorge Gameiro decidiram tirar os mototuristas portugueses (alguns espanhóis também estiveram presentes) da sua zona de conforto.

quinta-feira, 13 de abril de 2017

The road is still under construction


Dois anos de Escape. Era uma segunda-feira. Dia 13 de Abril do ano da graça de 2015. Finalmente materializava aqui (link) e aqui (link) uma ideia antiga. Uma página, em forma de blogue, onde fosse possível plasmar esta Velha Paixão do motociclismo. 

Tal como há dois anos atrás a estrada mantem-se em construção. Porque, se o caminho se faz andando, a estrada faz-se escapando. 

Uma palavra para vocês que por aqui e pela página do facebook deste blogue vão passando. Cada vez são mais, cada vez interagem mais e sem vocês esta viagem não teria graça nenhuma. Obrigado a todas e a todos, boas curvas…

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Triumph Tiger 800 XRx à prova

Uma dúzia de provas feitas aqui no Escape. Esta é exactamente a décima segunda. E tal como a primeira (link), a fonte da prova vem de terras de Sua Majestade. Curiosidades. E para comemorar em grande, esta é a maior prova deste Escape. Foram mais de setecentos quilómetros aos comandos da sedutora XRx. É obra… 

O que e que a Tiger 800 XRx tem? Desde logo personalidade. Num primeiro olhar a mota parece fitar-nos descaradamente. Anda dai, motociclista, leva-me a passear, sussurram-me as suas linhas peculiares. 

A XRx é a versão mais estradista da alargada família Tiger 800. O primeiro contacto físico é desde logo muito agradável. O corpo encaixa bem e com conforto, o guiador parece colocado na posição correta, os instrumentos de leitura fácil e rápida habituação. 

Dinamicamente, ainda na cidade, facilmente descubro uma elasticidade na unidade motriz tricilíndrica para lá do normal. Caixa suave, precisa e embraiagem leve. Em via rápida rumo ao campo testo o cruise control. Fácil de usar apenas com o polegar direito, será de extrema utilidade, mais tarde, para quando os quilómetros se acumulam no corpo. Quando a estrada se encarquilha, a Triumph Tiger 800 XRx surpreende pela agilidade e leveza, tudo certo e bem afinado. 

Acumulei quilómetros e quilómetros na 800 XRx. Com ecrã regulado (manualmente) na posição de altura máxima, só sinto algum desconforto em velocidades bem acima do limite legal. Ai, na velocidade pura, o pequeno Tigre não está tão à vontade, este não é o seu terreno de eleição. A “sua praia” são sem dúvida os passeios em estrada secundárias ou os grandes espaços, mas sempre em ritmo moderado. Em percurso urbano o equilíbrio também se faz notar. A utilização diária na cidade e arredores não lhe é estranha.

Excelente surpresa está guardada para o regresso à bomba de gasolina. Bolas, são três cilindros e noventa e cinco cavalos. Todavia, a factura fixa-se por pouco mais de cinco litros de líquido inflamável por cem quilómetros rodados. 

A personalidade sedutora no primeiro olhar confirma-se com a utilização. A polivalente Triumph Tiger 800 XRx deu carradas de prazer. Só fiquei triste com um pormenor..., ter de devolver o pequeno Tigre malandro ao seu dono.

terça-feira, 11 de abril de 2017

O mercado tem sempre razão


Aqui estão os mais recentes números de venda de motociclos novos. A tendência mantem-se em alta com o mercado a subir 25% em Março e 15% no primeiro trimestre deste ano – face a idênticos períodos do ano passado. 

São boas notícias. Boas noticias também para a Honda que consolida a sua liderança inequívoca. A marca da asa dourada cresce 25% no mês e no trimestre e é dona de cerca de um terço do mercado. Muito forte! 

Quem não acompanha este crescimento são, entre outras, Yamaha (a cair 8% no trimestre) e BMW, esta a manter os seus números. 

Destaque positivo ainda para a Triumph. Como se disse aqui (link) a marca vive um momento de explosão; cresce na casa dos três dígitos, vendeu quase tantas motas neste primeiro trimestre de 2017 como no ano todo de 2015 e ameaça escalar no top ten. 

Estes são os números, cotejem com as estratégias de marketing, pensem e tirem as vossas próprias conclusões. Eu já tirei as minhas, e não foram precipitadas.

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Triumph Tiger uma lenda viva

Triumph Tiger 80, a original. Em baixo a Tiger 900 de 1993


Oitenta anos. Não é brincadeira. Sim, a Triumph Tiger comemora este ano o seu octogésimo aniversário. Quantas motas se podem orgulhar desta fantástica idade? 

Ainda na fase pré-twin, a primeira Tiger 80 nasce em 1937 nas fábricas da Triumph Engineering. Monocilíndrico de 350 cc e caixa de quatro velocidades. Naqueles anos, imediatamente anteriores à terrível Segunda Guerra Mundial, a indústria britânica estava pujante. Depois, logo em 1939, surge a Tiger 100, o primeiro twin paralelo de 500cc. A lenda começava a ganhar forma…

Dos destroços da Guerra, milhares de Triumph Tiger se ergueram para criarem um dos nomes mais afamados da história do motociclismo. 

Após o apogeu (sessentas e setentas) e queda (oitentas) a Tiger regressa em 1993 já pela mão da Triumph Motorcycles ltd. A actual Tiger 800 nasce em 2010, equipada com um moderno tricilíndrico. 

Com aqui (lnk) vos contei, tive a sorte de no passado fim-de-semana ter participado na edição inaugural do Road Miles. E, por vezes, a sorte é como o azar, um golpe não vem só. No Road Miles tive a companhia de uma Triumph Tiger 800 XRx. 

Rica forma de comemorar os oitenta anos desta Velha Senhora…, para ler em breve…

domingo, 9 de abril de 2017

Primeira edição do Road Miles numa palavra: sucesso!

Pequeno Éden, Rio Alviela, nascente dos Olhos d'Água, CP1 do Road Miles 
Quando, ainda no final do ano passado, se começou a falar do Road Miles fiquei imediatamente fascinado. O panorama do mototurismo em Portugal estava há demasiado tempo cristalizado nas receitas do costume. Uma proposta…, navegar durante trezentas ou quinhentas milhas pelas excelentes estradas da zona centro do nosso Portugal, excelente… 

Mas não aceitei a proposta. A vida é feita de escolhas. O preço da inscrição parecia-me considerável e, como provavelmente tantos outros, optei por não me apresentar à chamada. 

Eis quando, a apenas uma semana do evento, o telefone toca. Era o “velho” Luís Carlos Sousa, diretor da MOTOCICLISMO. Pedro, queres avançar, pergunta-me. Nem hesitei. Conta comigo!

Que sorte. Tive assim o privilégio de estar presente na edição inaugural deste desafio. Desafio é mesmo a palavra-chave. Não é fácil. Para ninguém. Para quem parte, para quem fica a ver na internet e, sobretudo, para quem organiza. 

É para estes últimos a minha primeira palavra: sucesso! Uma organização tão discreta quanto eficaz. De parabéns estão também todos os que aceitaram o desfio: bravos! 

Uma palavra ainda para o profissionalismo do fotógrafo Luís Duarte quem me acompanhou na realização da reportagem para a MOTOCICLISMO: acho que fizemos uma bela equipa. 

O trabalho de imagem do Luís e as minhas palavras sobre o evento vão poder ser por vós conhecidos na edição de Maio da MOTOCICLISMO. Lá, vão poder ficar a saber tudo o que se passou no dia que mudou a face do mototurismo de aventura em Portugal. 

Por falar em edição de Maio da MOTOCICLISMO…, nela vão ainda encontrar o fabuloso destino de Artur Brito e da sua Honda PCX a caminho do Nepal. Sim, o Artur esteve no Road Miles, concluiu a prova “menos grande” – 300 milhas – e eu tive o privilégio de o ter à mesa no jantar de sábado. Numa palavra: que maravilha…

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Bloco de notas do Lisboa Moto Show

Bom..., giro... mas..., será eficaz?
Pessoas do século XXI não consomem informação feita por pessoas do século XX realizada com tecnologia do século XIX. 

Falo de todos. Eu estou incluído. Há algo errado na forma como comunicamos. Uns mais que outros, naturalmente. Mas todos podemos comunicar melhor, de forma mais agradável e eficaz. Para outros é mesmo dramático. Há algo profundamente errado na forma como comunicam. Por onde começo? 

Pela própria organização do certame. É miserável a comunicação oficial. A Feira não existe fora da nossa bolha. Muito, muito mau! Quem também não existe é a KTM que decidiu nem sequer aparecer… 

Depois, a Yamaha, por exemplo. Os motociclistas querem motociclistas. Se há algo genuíno é o motociclismo. Para os motociclistas óleo é no motor e na corrente. O que faz a Yamaha? Convida uns azeiteiros para tirar um boneco ao lado das motas. E está profundamente convencida que isto resulta… 

E o que dizer dos números de vendas absolutamente dramáticos do grupo Piaggio (Aprilia e Moto Guzzi) em Portugal? Qual a resposta? Mais azeite! “Dar” uma “vespa” a uma tal de Luciana Abreu conhecida por…, bem…, não vou dizer. Noutro plano, conhecendo algumas ideias da marca, ficamos sem perceber se o negócio do grupo Piaggio são as motas ou o imobiliário. É grave! 

Depois há quem tenha aprendido a lição e corrija o tiro. A Triumph está explosiva. Mas pode fazer muito mais e melhor. Contem com eles… 

E há a Honda. A sorte dá uma trabalheira tremenda. A PCX vende muito porque o produto é bom e não porque tem azeiteiros a piscar o olho. Há quem se queixe que a Honda não produz motas de culto. Mas é líder. Há anos. E não se é líder por acaso. O mercado tem sempre razão.

Há mais marcas representadas no certame como a Suzuki, AJP, Ducati, BMW, HD, Benelli, e Kawasaki, entre outras. Mas cerca de dois dias de Feira não me chegaram para comunicar com elas. E aqui o problema, será, provavelmente meu. Também eu tenho de tentar comunicar melhor. Temos todos. 

E, Sublinho. Pessoas do século XXI não consomem informação feita por pessoas do século XX realizada com tecnologia do século XIX.

quarta-feira, 5 de abril de 2017

Lisboa Moto Show 2017

Abre hoje as portas e não vai faltar animação… 

Para além dos lançamentos e apresentações nacionais de modelos novos das principais marcas importadoras (…) os visitantes terão oportunidade de fazer test drives com motos de menor cilindrada na área exterior, entre os pavilhões 2 e 3 da FIL, e com motos de maior cilindrada na Praça FIL. Também as demonstrações de Free Style vão, com toda a certeza, proporcionar, um ambiente de festa (…). 

Esta edição tem como grande novidade a realização do Motor Racing, no pavilhão 3 da FIL, realçando a vertente mais desportiva da moto (…). A partir daqui os apaixonados por este estilo de vida podem ver, em directo, transmissões dos treinos e da prova do Grande Prémio da Argentina, onde participa o piloto nacional Miguel Oliveira. 

A não perder… 

[Ah, e para o ano, caros amigos, tentem fazer um comunicado de impressa legível e facilmente publicável sem corte-e-costura. Obrigado!]

terça-feira, 4 de abril de 2017

Edição inaugural do Road Miles na estrada no próximo sábado

Quem se recorda do primeiro Lés a Lés? Eu! 

Século passado, Junho de mil novecentos e noventa e nove (1999!), Piaggio Hexagon, partida em Rio de Onor, vinte e quatro horas na estrada…, chegada em…, oppss, não me lembro. Fiquei pelo caminho, algures perto de Gouveia. A pequena italiana destruída na frente de uma valente Honda Gold Wing que fazia uma patética inversão de marcha. Podia ter corrido melhor? Podia…, mas enquanto durou foi muito divertido. Nessa primeira edição eramos poucos e quase todos conhecidos do Nacional de Moto Ralis. Como já disse anteriormente, o Lés a Lés hoje não tem graça nenhuma. 

O Road Miles - Motorcycle RoadBook Challenge é um evento que consiste num percurso de navegação a roadbook, podendo ser efetuado a solo ou em pequenos grupos, com o objetivo de realizar num só dia as 300 ou 500 milhas propostas. O percurso foi escolhido criteriosamente em função da sua beleza paisagística, histórica e cultural. 

O que tem o Road Miles em 2017 a ver com o Lés a Lés de 1999? Muita coisa. Novidade, desafio, um reduzido grupo de ambiciosos com vontade de sair da zona de conforto. Se calhar, daqui por dezoito anos, alguém estará a escrever como eu: eu estive no primeiro. 

Eu vou estar no primeiro. Curiosamente, tal como há dezoito anos, abraçado à MOTOCICLSIMO. Não vou realizar nenhum dos desafios mas estarei em reportagem para a revista parceira do evento. Estando eu, também estará o Escape, ainda que de forma, digamos, comedida. Haverá reportagem para ler na edição de Maio da revista. 

Entretanto…, algumas curiosidades. A Honda patrocina parte do evento mas a marca mais representada na estrada será, de forma clara a BMW. Com destaque para os seus BMW Motorrad Fans que abraçaram, fortemente, o desafio maior das 500 milhas.

Limalhas de História #29 – 4 de Abril de 1993



Mil novecentos e noventa e três. Ano do malfadado acidente que deixou marcas para a vida do fantástico piloto californiano.

Faz hoje exactamente vinte e quatro anos. Shah Alam. Malásia. Calor e humidade insuportáveis. A Yamaha YZR 500 escreve mais um capítulo do seu domínio insolente. Wayne Rainey, tricampeão mundial, saca a sua primeira vitória da época a caminho do penta. Não chegou lá. O fabuloso senhor Schwantz viria a sagrara-se campeão mundial.

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Yamaha e as novidades no Lisboa Moto Show

Isto não é um post. É um comunicado de imprensa, boletim de imprensa ou press release, como lhe quiserem chamar. Uma comunicação feita por um indivíduo ou organização visando divulgar uma notícia ou um acontecimento. É apenas o que a Yamaha tem para oferecer aos leitores do Escape…

No dia 5 de abril, dia de abertura do salão, a inauguração do stand a YAMAHA terá como convidados especiais algumas figuras publicas bem conhecidas, e alguns deles irão apresentar as novidades YAMAHA para 2017. 

Este desafio que foi bem aceite pela modelo e blogger Mónica Sofia, que falará da sua companheira de viagens a Tricity, assim como o ator Manuel Sá Pessoa, que vai apresentar as caraterísticas da X-MAX 300. Ainda outros dois atores, Alexandre Silva e o portuense Ricardo Trepa, vão mostrar todo o potencial da TMAX e da Scrambler 950, respetivamente. Caberá ao bem conhecido comediante Nilton mostrar a XSR900 Abarth enquanto mais um ator, desta feita, Joaquim Horta falará da YZF-R6. 

A apresentação feita por estas personalidades será mais sucinta menos técnica e muito mais virada para a associação do modelo em questão com a personalidade que o apresenta. Deseja-se com este evento algo diferente das normais apresentações que são mais técnicas e detalhadas em relação às caraterísticas de cada modelo. Neste caso o que se pretende é simplificar e tornar esta apresentação mais próxima do público mais alargado. 

O stand da YAMAHA no Lisboa Moto Show 2017 será ainda inaugurado com uma festa (15:00h) onde estarão presentes diversas outras figuras públicas convidadas, mas o ponto alto será o momento de apresentação (16:00h) das novidades dos modelos YAMAHA para 2017.

domingo, 2 de abril de 2017

Molhar os pés no Guadiana

Desde que me conheço, enquanto motociclista, que gosto de andar noutras superfícies que não o alcatrão. Mas uma coisa é gostar outra fazer. De facto, raramente me aventuro fora de estrada, apesar de já ter tido o prazer de ir duas vezes a Merzouga beijar o Erg Chebi – ambas de Honda ST1100, ambas ainda quando para lá chegar só de pista.

Mas, sublinho, gosto. Gosto muito. Se calhar está na altura de parar de inventar desculpas e trocar de sapatos. Fazer me à estrada, isto é, sair dela e entrar pelo campo fora. 

Calhou ontem, dia das mentiras. O desafio partiu de gente simpática que também adora a CRF 1000L. “Anda dai, Pedro. Mete-te à estrada até Monsaraz. Dai vamos junto ao Guadiana até perto de Olivença. Trincamos um bodadillo, tragamos una cañita e voltamos para casa”. Disseram-me… 

Assim foi, ou quase. Queria regressar cedo a Lisboa e acabei por perder a segunda parte – menos técnica e mais rápida – da jornada. E o restante convívio. Mas…, chega de inventar desculpas. Sabia que a meio da tarde tinha de regressar rapidamente a Lisboa mas fui na mesma. E adorei. 

Se me dissessem, há uns meses, que iria estar a bordejar o Guadiana durante quase cem quilómetros, com uma “mil” equipada com pneus de trazer por casa, eu diria que só podia ser mentira…, mas não foi. Foi e foi verdade, apesar de ter sido no dia das mentiras. Curiosidades… 

Resta-me agradecer àqueles que insistiram para que me metesse nestes trabalhos e que tão bem me guiaram a mim, e outros “verdinhos” como eu, pelos encantos da bela paisagem junto ao eterno Wadi Ana

Quando repetimos…?
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