segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

ESCAPE em modo Anuário

O calendário solar é um sistema de divisão do tempo cuja marcação é baseada nos movimentos do Sol. Utilizado pelos egípcios, pela primeira vez há cerca de 6000 anos, dividia o ano em doze meses, cada um destes formado por trinta dias. Para comemorar os aniversários dos deuses Osíris, Hórus, Ísis, Néftis e Seti eram adicionados cinco dias a mais ao final do ano, totalizando 365 dias. O calendário gregoriano é um bom exemplo de calendário solar. 


De origem europeia e utilizado oficialmente pela maioria dos países, o calendário gregoriano foi promulgado pelo Papa Gregório XIII a 24 de Fevereiro do ano 1582 por força da bula Inter Gravíssimas e veio substituir o calendário juliano implantado por Júlio César em 46 a.C. Na verdade o calendário gregoriano é adoptado para demarcar o ano civil no mundo inteiro, facilitando o relacionamento entre todos nós que neste ano de 2022 que agora finda já somos mais de oito mil milhões. 

As coisas que aprendemos a ler o ESCAPE :) De facto a população mundial ultrapassou, segundo a ONU, a 15 de Novembro a marca meramente simbólica dos oito mil milhões (link) de indivíduos. É um dos factos do ano. 

Todavia não tão importante como as 22 (vinte e duas!!!) motos testadas, ensaiadas, provadas por este escriba e fotografadas pelo Gonçalo Fabião. Foram praticamente duas motos por mês, em média. É um trabalho incrível. Um esforço hercúleo. Um prazer incalculável e inigualável. O primeiro e ENORME OBRIGADO tem de ir naturalmente para o Gonçalo. 

Tudo isto é muito bonito no entanto faz muito mais sentido convosco desse lado. Sem publicidade de qualquer género ou natureza. Sem banners aborrecidos. Sem pop-ups irritantes. Sem vos pedir rigorosamente nada em troca. É para vós. E para vós vai também o nosso OBRIGADO. Este blogue nunca seria o que é, sem vós. Os nossos leitores, amigos e seguidores. 

Com tanta coisinha boa que fizemos este ano, surgiu pois a ideia de fazer algo noutro formato para além do blogue. Ideias não nos faltam, felizmente. Trabalhamos uma delas e assim surgiu este ESCAPE em anuário (link), as motos que marcaram o ano. 

Aqui (link) vão encontrar um trabalho que, devo dizer por ser verdade, foi sobretudo do Gonçalo. É uma escolha de motos e não todas as motos que provamos. Como qualquer escolha é subjetiva e pode ser polémica. Ao contrário do blogue onde a escolha das imagens é minha, aqui (link) a escolha foi do Gonçalo. Logo é também um outro olhar. E isso é muito bom. Os textos não foram revistos. São pois os que podem encontrar aqui no blogue. Toda a paginação é também obra do Gonçalo Fabião. Enorme vénia! 

E assim encerramos 2022. Com um enorme OBRIGADO! Na esperança que usem e abusem deste anuário (link). É importante para nós. Já viram o link? É aqui (link) :) 

Que 2023 seja um ano cheio de saúde, motos, motociclismo, motociclistas e viagens de moto!

terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Piaggio MP3 530 hpe Exclusive à prova

Alguns dizem que jornalismo é a actividade de recolha, investigação e análise de informações com o objectivo de produzir e distribuir relatórios que digam respeito a eventos, factos, ideias e pessoas que de alguma forma são notícia, isto é, afectam a sociedade em algum grau. Tal actividade aplica-se à ocupação (profissional ou não), aos métodos de recolha e sua organização. O jornalismo inclui, inegavelmente, a Internet. Hoje este texto é muito mais do que uma prova de mais uma moto. É um pedaço de jornalismo. O jornalismo que os profissionais teimam em se recusar a fazer. Só Deus saberá por que raio… 

Foto: Gonçalo Fabião

Pessoas da minha geração, que iniciaram a sua vida enquanto motociclistas algures no final dos anos oitenta, inicio dos noventa do século passado, suponham que, chegados aqui, ao fim do ano da graça de 2022, uma boa parte da população tinha facilmente entendido que a melhor forma de os indivíduos se deslocarem nas grandes cidades seria em veículos de duas rodas com motor. Para nós, tal era, à época, uma evidência. Nem sequer carecia de demonstração. Fácil… 

Foto: Gonçalo Fabião

Sucede que “já desconfiávamos e os dados confirmam: o trânsito em Lisboa e Porto está muito pior” (link). A notícia é do fim de Setembro, todavia muito interessante e perfeitamente actual. E é dada pela NiT que cita “O “Expresso”, que teve acesso aos dados do Waze” - a aplicação de navegação GPS que é propriedade da Google. 

Foto: Gonçalo Fabião

Ainda segundo a NiT este “aumento do tráfego reflecte-se no stress e na ansiedade de quem vive esses momentos e na qualidade do ar, prejudicada pela poluição que os carros emitem”. Sendo que segundo a mesma notícia “as soluções passam por criar novos corredores BUS, segundo as propostas debatidas no ciclo de conferências sobre os desafios da mobilidade nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto”. É uma solução que nos agrada tendo em conta que hoje os motociclos podem circular nesses corredores supostamente privilegiados. Será suficiente? 

O ESCAPE foi investigar um pouco mais e encontrou esta (link) notícia bem recente da insuspeita RTP: “Aumenta o congestionamento de trânsito em Lisboa e no Porto”. Vejam a notícia em vídeo, por favor. Como aqui nesta Casa somos muito curiosos, temos muito tempo livre – segundo as más-línguas – e, vejam só, temos uma máquina de calcular à mão, fomos, com base na notícia da insuspeita RTP, sublinhamos, fazer algumas contas. 

Foto: Gonçalo Fabião

Se um indivíduo perde, para além daquilo que seria normal, mais 2 (duas) horas por dia encarcerado no seu automóvel parado no trânsito, tal significa ao fim de uma semana 14 (catorze) horas de vida perdidas. Ao fim de um mês esse indivíduo terá perdido 60 (sessenta) horas de vida no trânsito. E ao fim de um ano esse mesmo indivíduo deitou ao lixo umas escandalosas 730 (setecentas e trinta) horas de vida o que perfaz quase de forma exacta 30 (trinta) dias perdidos para o stress. Trinta dias num ano! Um mês! Perdido! 

Leram bem. Eu repito. Duas horas perdidas por dia para o trânsito significam um mês de vida deitado ao lixo ao fim de um ano. Um escândalo? Nem por isso. Ainda há muita gente que julga que isto se chama vida. E é por esta razão que os chamados jornalistas de motociclismo deixaram de exercer a sua actividade e passaram a fazer outra coisa qualquer (entretenimento?). O jornalismo incomoda! E nem eles nem as pessoas no geral gostam de ser aborrecidas com a verdade. 

Foto: Gonçalo Fabião

Neste cenário a chegada da novíssima Piaggio MP3 530 hpe Exclusive só pode ser por todos saudada. E é com profunda tristeza que vejo motociclistas, alguns decanos, a zombar deste tipo de veículo que se assume como solução e se afasta do problema. É uma moto para automobilistas, dizem. Pois é. E isso é excelente. 

A TRÊS RODAS MAIS AVANÇADA DO MERCADO 
A Piaggio MP3 530 hpe Exclusive foi apresentada no passado verão em Paris e consubstancia-se como um passo em frente numa gama que já vendeu quase 250.000 unidades desde que nasceu, há cerca de década e meia. Mais do que uma renovação estamos perante uma evolução. Sobretudo tecnológica. 

Foto: Gonçalo Fabião

Com um desenho inspirado na indutaria automóvel, assume-se como a três rodas mais avançada do mercado, vindo equipada com o motor 530 cc Euro 5 High Performance Engine (44CV, 50 Nm) cruise control (muito, muito útil e bem vindo), marcha-atrás e câmara traseira. Contem ainda com iluminação full LED, sistema keyless, painel TFT a cores de 7 polegadas, uma porta USB num compartimento por cima do painel de instrumentos e o sistema Piaggio MIA que conecta o telefone esperto ao veículo para gerir navegação, chamadas telefónicas, mensagens e música. Há ainda controle de tração e três efetivos modos de condução que alteram a resposta do motor: Sport, Confort e ECO. Ufaaaaaa… 

Foto: Gonçalo Fabião

Todavia o grande “statement” tecnológico é, na opinião deste ESCAPE, o novo Sistema de Segurança ARAS (Advanced Rider Assistance System) e a sua tecnologia 4D Imaging Radar, com sublinhado no Sistema BLIS (BLind Spot Information System) para o alerta da presença de veículos no ângulo morto. Tal tecnologia informa-nos no painel de instrumentos - melhor seria nos espelhos retrovisores como acontece em motos de maior cilindrada - através de luminosos triângulos laranjas, sobrepostos à informação normal do painel de instrumentos, da presença de “estranhos” por perto. 

Foto: Gonçalo Fabião

De sublinhar ainda que a marcha-atrás pode ser accionada de forma muito simples através de um botão comutador (D/R) situado na parte de trás do “avental” de protecção. O comando é eléctrico e a marcha-atrás é usável através do botão do motor de arranque - todavia com uma resposta que se deseja mais suave em próximas versões. Accionada que esteja a marcha-atrás, no painel de instrumentos destaca-se um écran com as imagens da câmara traseira. Estranha-se. Todavia entranha-se com uma facilidade inacreditável. E acaba por ser bem útil se quisermos estacionar em locais apertados e zonas históricas de cidades que fervilham de gente e veículos. 

FLUIDEZ IMPONENTE 
A Piaggio MP3 530 hpe Exclusive assume dimensões generosas e possui um aspeto imponente. Apesar da cura de emagrecimento face à geração anterior, ainda se apresenta com uns significativos 280 Kg. Depois de investirmos algum tempo a conhecer toda a tecnologia da moto e como ela se expressa no generoso TFT, devemos abordar com alguma cautela os primeiros quilómetros. Notem: mesmo para quem está familiarizado com a gerigonça no eixo dianteiro.

Foto: Gonçalo Fabião

Contudo…, nada a temer. É só deixar fluir. Muito rapidamente compreendemos o funcionamento do conjunto. E num ápice começamos a desfrutar de todo o conforto e sobretudo da segurança generalizada. Desta vez até aprendi a tirar partido do bloqueio da suspensão dianteira que nos permite o equilibrio ao parar no semáforo sem ser necessário colocar os pés no chão. Por falar em amortecimento, o acerto na dianteira é algo seco e tal não compromete o conforto. A travagem combinada é eficaz e não gostamos do tacto algo duro das manetes, ao ponto de me ter habituado muito facilmente a usar o pedal de travagem combinada do lado direito da plataforma. Nota altíssima para a soberba protecção aerodinâmica do conjunto.

Foto: Gonçalo Fabião

Já o monocilíndrico é uma alegria. Fácil, suave e cheio em todos os momentos. Um verdadeiro gozo no modo Sport, para vencer a “batalha dos semáforos” e de uma bela e suave eficácia no consumo de combustível no modo ECO. O modo “Conforto” acaba por ser intermédio e o mais equilibrado. Todavia foi o que menos usei na prova.

UMA RESPOSTA VERDADEIRAMENTE EXCLUSIVA 
Sejamos honestos e claros. Esta Piaggio MP3 530 hpe Exclusive não é para nós motociclistas e sim para “eles” automobilistas. Enquanto ferramenta para diminuir o cada vez caótico trânsito citadino esta Piaggio não é uma moto, e sim uma bênção. Em mercados mais “open mind” com o são o francês e italiano – com destaque para as cidades de Paris e Roma – as MP3 há muito que são parte da paisagem urbana e uma verdadeira resposta. Infelizmente, por cá e de forma absolutamente incompreensível estas motos mantém a dificuldade de se assumir como solução. 

Foto: Gonçalo Fabião

A Piaggio MP3 530 hpe Exclusive é isso mesmo: exclusiva! Pedindo a marca uma transferência bancária de 13.200€ para que esta referência tecnológica te ajude a ti “enlatado” a ganhar autonomia e anos de vida. Cada um fará as contas ao tempo ganho e o juízo de valor que tal pode representar. Esta Blu Oxygen Matt reclamou cinco litros certos de líquido inflamável carregadinho de impostos por cada cem quilómetros de carisma esbanjado pelas ruas e avenidas da cidade de Lisboa.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Macbor Montana XR5 à prova

A língua é linda e deve ser utilizada para brincar. Quer a língua enquanto órgão móvel da cavidade bocal. Quer a língua enquanto sistema de comunicação comum a uma comunidade linguística. Vamos deixar em paz por agora o órgão muscular relacionado ao sentido do paladar e vamos tratar do português. Isto porque nos dias húmidos e chuvosos em que o ESCAPE provou a Macbor Montana XR5, tive aquela estranha sensação de ser o último: o último a conhecer a simpática Adventure de média cilindrada da marca espanhola. 

Foto: Gonçalo Fabião

Ora…, sendo certo que o último é aquele que vem ou está depois de todos, certo é que o último é também o mais recente, o mais novo, aquele que está em vigor, que precede imediatamente o momento presente. Numa palavra: o derradeiro. 

Foto: Gonçalo Fabião

Honestamente. É absolutamente inacreditável que em mais de dois anos de Macbor Montana XR5 ainda exista um manto de nebulosidade de como e onde nasce esta moto. Nebulosidade essa que é ainda mais adensada por quem tem responsabilidades na área da comunicação do motociclismo e vê a própria praça pública a corrigir os seus erros mais ou menos grosseiros. 

Foto: Gonçalo Fabião

Como este ESCAPE já tinha dito aqui (link) na prova à Eight Mile 500 SCR da mesma marca - moto que tem muito desta Montana na sua natureza - estes modelos são feitos na Ásia, mais concretamente na China pela Colove. 

O OVO OU A GALINHA? 
Curiosamente a Colove ficou bem no centro do alvo após o último Salão de Milão, muito por culpa da Kove, marca do universo Colove, considerada por muitos como tendo apresentado algumas das motos que se assumiram como “as rainhas do salão”. 

Foto: Gonçalo Fabião

Ora então se a Macbor é feita nas fábricas da Colove que também produz a Kove, de onde vem a Colove? A Colove ou Tibet Summit Colove Motorcycles Co, Ltd, integra o grupo Tibet New Everest Industrial Group, empresa que terá nascido em 1995, grupo com unidades industriais espalhadas hoje um pouco por toda a China. 


Sucede que este grupo, por via da sua empresa Tibet New Summit Motor Co, Ltd, produz uma moto exatamente igual à Macbor Montana XR5 – esteve exposta no último EICMA – que leva o nome de Kove 510X Hyper Adventure. Para adensar o enredo…, acontece que há quem entre nós especule - como podem ler aqui (link) - que a Kove pode ser no futuro importada e representada na península ibérica pelo mesmo Grupo e empresas que importam e comercializam as motos que levam a marca espanhola Macbor no depósito de combustível. O ESCAPE sabe que é bem provável que em Janeiro teremos novidades sobre este tema. Esclarecidos? 

JOVEM, LIVRE, LEVE E SOLTA 
Com todos sabem – ou deviam – a Montana XR5 é construída em torno do motor dois cilindros Loncin (471 cc, 47CV, 43Nm) que apresenta dois modos de condução, Safe e Sport, que todavia não apresentam relevantes alterações entre eles. O conjunto é leve e conta com diversas peças em alumínio como é o caso do guiador, triângulos de direcção, jantes, parafusos, braço oscilante, pousa pés, grelha traseira de carga, descanso lateral e protecção de cárter. 

Foto: Gonçalo Fabião

o quadro feito numa liga de um aço especial 15% mais leve e 40% mais resistente contribui para um peso a seco de 178 kg. As jantes de raios convidam aos maus caminhos tal como o conjunto de suspensões da KYB - totalmente ajustáveis na dianteira e na traseira - e as borrachas Metzeler Tourance Tubless de piso misto. Na travagem, a Montana conta com material Nissin e ABS desconectável. 

Foto: Gonçalo Fabião

A Macbor Montana XR5 apresenta uma imagem impactante e algo sobredimensionada. A moto passa facilmente por máquina de cilindrada maior. Todavia este ar vagamente musculado não é desproporcional, bem pelo contrário, pois o conjunto transpira harmonia. Para além do bom aspecto, outra nota de elevado destaque vai para uma posição de condução: apurada, cómoda, ergonómica. Apesar de alta, chegamos fácil com os pés ao chão e este é mais um momento de confiança

Foto: Gonçalo Fabião

A Montana XR5 pretende ser antes de tudo o mais uma ágil trail urbana, instrumento do dia a dia. A facilidade de utilização, a protecção aerodinâmica e o conforto concorrem para que esta primeira batalha seja ganha de forma inequívoca. A vida nas vias rápidas de acesso às grandes cidades é um espaço onde esta moto se sente bem, num misto de condução suave e descontraída que surpreende. 

A AVENTURA É ONDE E QUANDO O MOTOCICLISTA QUISER
No entanto a Montana deve ser levada a respirar. A viagem está lhe no sangue. Não se intimida numa estrada mais retorcida e até pede por aventura quando o asfalto termina. Aceitamos o convite dos “maus caminhos” e sejamos honestos: até podemos ter moto para ir até ao fim do mundo, todavia esta moto prefere outros terrenos para se impor. 

Foto: Gonçalo Fabião

Sejamos claros, a Macbor Montana XR5 é essencialmente uma trail urbana que faz sonhar com os grandes espaços. O fora de estrada é bem-vindo, no entanto deve ser encarado sem exageros. Há um detalhe que aponta para este resultado de forma inequívoca. Os Metzeler Tourance são sem dúvida bons pneus mistos, todavia o seu sublinhado está no asfalto e não fora dele. Se em estradão e gravilha até dão uma resposta positiva, em terrenos mais moles facilmente estes pneus entram em stress. 

Foto: Gonçalo Fabião

Numa prova marcada por pisos muito molhados e escorregadios, sentimos que a travagem desta Montana tem espaço para melhorar. A suspensão totalmente regulável também é uma mais valia para quem gosta de explorar diferentes afinações para diferentes condições na busca da condução mais eficaz e segura. 

Foto: Gonçalo Fabião

Ainda assim, a grande nota de destaque desta moto para este ESCAPE é sem dúvida nenhuma a sua facilidade de utilização, conforto e economia, tendo a Macbor Montana XR5 solicitado uns ridículos três litros e meio de sumo de dinossauro por cada cem quilómetros de diversão da boa. A marca solicita uma transferência bancária de 7.199€ para que a simpática e competente XR5 seja vossa.
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