segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Honda CRF 250 Rally e Royal Enfield Himalayan em confronto nas Linhas de Torres


Em Outubro passado tivemos em Castelo Branco um fim-de-semana cheiinho de motociclismo e partilha (link). O 2º Encontro Nacional CRF1000L Africa Twin PT não serviu apenas para juntar gente à volta do tacho. Serviu também para juntar gente arejada que produz com paixão conteúdos na área do motociclismo. 

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Foi ai que conheci o Rad Raven. Confesso que no geral não sou fã de motovlogs. Mas também não sou parvinho. E até ver sei distinguir o lixo do luxo. O Rad Raven está claramente do lado do luxo e isso deve ser destacado e sublinhado. 

Assim, desafiamo-nos mutuamente a encontrar um denominador comum. Diversas peripécias e vicissitudes múltiplas resultaram em quase doze horas de motociclismo, num dia invernal mas memorável, aos comandos de uma Honda CRF 250 Rally e uma Royal Enfield Himalayan 

O TERRENO 
As Linhas de Torres são o conjunto de 152 (de cento e cinquenta e duas) fortificações e outros trabalhos defensivos, construídas entre 1809 e 1812, situados na península de Lisboa. No contexto da Guerra Peninsular foram concebidas com a finalidade de impedir um exército invasor de atingir a capital do Reino de Portugal. A ordem para a sua construção foi dada em Outubro de 1809 por Arthur Wellesley (duque de Welington), então comandante do exército anglo-luso. Na Terceira Invasão Francesa, as Linhas de Torres Vedras impediram o exército de André Masséna de atingir Lisboa e acabaram por provocar a sua retirada de Portugal. 

Foi este terreno acidentado a Norte da capital - de morfologia muito própria e estranhamente pouco conhecido dos próprios alfacinhas – o local perfeito para recriar um confronto determinante para os destinos e Portugal, agora de forma bem mais pacífica e descontraída. 

AS OPONENTES 
A Honda CRF 250 Rally surge aqui como a potência a derrotar. Desde logo por ser uma moto evoluída tecnologicamente e por a Honda dominar há anos o nosso mercado. Já a Royal Enfield Himalayan surge como uma das pontas de lança do exército invasor. Um exército que vem de oriente, da índia, não tão bem equipado tecnologicamente mas destemido e focado em fazer estragos nas fileiras adversárias.

Aparentemente incomparáveis, Honda CRF 250 Rally e Royal Enfield Himalayan são na verdade duas motos com propósitos idênticos - vencer a batalha da aventura - embora os argumentos para lá chegar sejam distintos. 

O RESULTADO 
Na minha opinião as palavras contam. E aquilo que o Rad Raven e este ESCAPE vos têm para apresentar não é um comparativo. Por mim, deixo esse trabalho para o método científico [LOL] da velhinha comunicação especializada. Aquilo que temos para vos apresentar é o resultado de um confronto num dia cheio de motociclismo, passado com muito frio nos ossos mas com um gigante sorriso nos lábios. 

Sim Pedro, mas afinal quem venceu a batalha? Ah…, não posso dizer. Só vos posso garantir que vai valer a pena esperar pelo trabalho (que será excelente, como sempre) de edição do Rad Raven (link).

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Moto Clube do Porto apela à mobilização para o próximo dia 3

A mobilização dos membros de moto clubes e outras associações de motociclistas é fundamental para o sucesso da importantíssima jornada de defesa de direitos e interesses que se aproxima. O Moto Clube do Porto é um dos históricos clubes nacionais e como sempre está e estará na linha da frente 

Tal como há um ano, no protesto contra a implementação descabida das inspecções obrigatórias aos motociclos, o Moto Clube do Porto volta a mobilizar-se no apoio à Manifestação Nacional de Motociclistas promovida pelo Grupo Acção Motociclista (GAM) no dia 3 de Fevereiro. A discriminação que as motos e motociclistas continuam a sofrer nas mais diversas áreas são o motivo do protesto, sobretudo a reivindicação de uma classe de portagens nas auto-estradas, com valores inferiores em 50% aos praticados para os automóveis ligeiros da Classe 1. Solução óbvia atendendo à menor ocupação e sobretudo ao muitíssimo menor desgaste provocado pelas motos nas vias rodoviárias face aos carros e outros veículos. 

A manifestação terá o ponto alto na Praça dos Restauradores, em Lisboa, com os motociclistas do Norte a marcarem encontro na Área de Serviço (AS) de Antuã na A1, partindo, às 10 horas, rumo a Lisboa em marcha lenta, entre os 40 e 60 km/h. À mesma hora partirá outra caravana da Área de Serviço de Almodôvar, na A2, estando previsto o encontro sincronizado das duas caravanas à entrada norte de Lisboa, na Encarnação. 

Para todos aqueles que vão participar – e esperemos que sejam muitos! – aconselhamos a chegarem com alguma antecipação à AS de Antuã, atestarem o depósito para cumprir a ligação até Lisboa sem paragens, e levarem alguns alimentos de fácil utilização, nomeadamente água e barras energéticas, para se alimentarem, em andamento, durante a viagem. Conduzir de forma serena e descontraída ajudará a manter a velocidade constante no seio do pelotão, circulando a distância segura dos outros motociclistas. 

Pelo caminho, seguindo a auto-estrada A1, outros motociclistas de diversas regiões do País vão juntar-se à medida que a caravana vai passando pelas várias Áreas de Serviço onde estarão elementos do GAM devidamente identificados. Motociclistas que irão engrossar a coluna, mostrando a força dos motociclistas nas reivindicações também sobre a redução do IUC e, não menos importante, o protesto contra o elevado preço dos combustíveis. 


Recordemos que, há um ano, com a manifestação do dia 18 de Fevereiro 2018, conseguimos parar a anunciada implementação das inspecções e a intenção de se retirar a equivalência imediata da Licença de condução B e A1, que permite conduzir as 125cc com carta de carro. Demonstrámos então ao País a nossa capacidade de mobilização enquanto cidadãos/motociclistas, na participação activa em questões fundamentais a uma sociedade mais justa para todos.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Nona Tertúlia do Escape

O tempo voou durante aquelas duas horas e quando terminámos…, todos desejámos ficar ali para outro tanto. Este ESCAPE tinha prometido aqui (link) uma noite especial e cumpriu. 


Perto de quarenta bravos tertulianos abandonaram o conforto do lar numa noite fria e húmida de Janeiro (com “bola” na televisão) para se juntarem ao Paulo, ao ESCAPE e ao Tó Manel, para ouvir as suas maravilhosas histórias de mais de quarenta anos de motociclismo em Portugal e no mundo. 

Deixem-me destacar uma mão cheia deles. A Maria e o Zé Caniço que se juntaram à Élia e ao Tiago e vieram ter connosco de propósito desde Évora e o José Bragança Pinheiro, director da revista TREVL. Obrigado por terem vindo. Vocês e todos os demais. E é ainda sempre tão bom rever os velhos companheiros de estrada que agora só vamos encontrando de tempos a tempos… 

Este foi daqueles serões que nos deixam todo o tempo com um sorriso de orelha a orelha, mesmo quando falámos de assuntos menos agradáveis como o facto de lá termos de voltar mais uma vez à estrada no próximo dia 3 de Fevereiro para fazer valer a nossa razão. 

Mas nem tudo é positivo. Estas tertúlias têm-me permitido conhecer melhor o rico “leque de diferentes cores” do qual se faz o motociclismo em Portugal. E é estranho, talvez mesmo preocupante, como as diferentes tribos não comunicam entre si. E, para além disso, há um estranhíssimo “generation gap”. Motociclistas vetustos e menos vetustos não se conhecem, quanto mais dialogam. É o que é.

Mas eu imaginava que esta fosse uma noite especial não só pelas presenças mas também pelas ausências. Gostava de destacar duas mas vou apenas referir uma, para que aqueles que têm dificuldade de lidar com a realidade não se zanguem (ainda) mais comigo. Sublinho então a ausência dos “campeões do teclado”. É um clássico: quando enfim têm oportunidade para olhar nos olhos do seu alvo…, ficam em casa, no sossego do lar. Esperem! Não desesperem já. Pode ser que “lá mais para a frente” esta Tertúlia e o Tó Manel vos dêem uma segunda oportunidade [sorriso]. 


Nove edições da Tertúlia do Escape. Muito bom! As últimas três – com o Manuel Portugal (link), com o Quilómetro Infinito e o wanderlust.africatwin em Évora (link) e agora esta com o Tó Manel, revelam bem a natureza democrática, transparente, plural e honesta da iniciativa. Estou orgulhoso e agradecido a todos os que comigo têm embarcado nesta viagem. 

A próxima? Será a décima! Veremos se conseguimos preparar algo arejado…

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

BMW F 750 GS à Prova

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Se a BMW decidiu conceber e produzir uma nova F 850 GS – que, aliás, o ESCAPE teve o prazer de provar em Outubro passado aqui (link) – por que raio decidiu fazer o mesmo com uma nova “sete e meio”? Esta é a pergunta que todos fizeram quando ambas foram reveladas no EICMA de 2017. E muitos continuam a faze-la.

Na verdade esta F 750 GS partilha muita coisa com mana mais velha, a F 850 GS, desde logo o motor. Sim, leram bem o motor. “Como assim, o motor? Então esta não é uma “sete e meio”’?”. Pois…, na verdade esteve muito bem a BMW no marketing... 

Vamos lá então ao jogo das diferenças que na verdade são quase subtis. A BMW F 750 GS vem equipada com o novo bicilindrico paralelo de 853cc de capacidade, aqui a debitar 77cv e 83Nm - que contrastam com os 95 cv e 92Nm da F 850 GS. No mais tudo é muito idêntico com excepção da forquilha dianteira, curso da suspensão, altura do banco ao solo e, detalhe fundamental, jante de alumínio fundido em vez de jante de raios cruzados da 850 - sendo que aqui a dianteira possui 19’’ e não 21’’.

À imagem da irmã, a F 750 GS é mais bonita ao vivo do que em foto, e os primeiros quilómetros nduzem sensibilidade e bom senso. O (aparente) detalhe da “mudança” para a jante 19’’ aliado a um baixo centro de gravidade revela de imediato uma moto solida, ágil e muito despachada nas deslocações urbanas e suburbanas na Grande Lisboa. 

Mas a agradável surpresa surge quando levamos a F 750 GS a passear por uma estrada torcida para melhor espremer o bicilindrico. Ai, apesar de alguma apatia nas gamas mais baixas de rotação, o Gelände Strasse geist (numa tradução parva e livre “espirito da fora de estrada/estrada”) acaba por se soltar e revela uma competente “funbike” que quando o asfalto acaba não se intimida e pode, ainda que de forma contida, prolongar a aventura. 

Como disse a F 750 GS partilha muita coisa com mana mais velha, a F 850 GS, e não partilha apenas os aspectos positivos. A parca protecção aerodinâmica, um banco cujos materiais merecem ser revistos – tal como a dimensão dos espelhos (com demasiado angulo morto) são aspectos merecer atenção no futuro por parte da engenharia alemã, tal como a posição de condução em pé. 

Quando soube que ia ter esta moto para Prova aqui no ESCAPE confesso que encolhi os ombros e exclamei para mim mesmo: “…, outra vez arroz!”. A BMW F 750 GS - que exigiu 4,8 litros de liquido inflamável por cem quilómetros de sorrisos - tratou de me afirmar que eu estava enganado. Gostei muito da sua disponibilidade para me entreter de forma discreta mas sedutora em qualquer ocasião ou terreno. E terei sempre desejo de ter o excelente Dynamic ESA - suspensão electrónica que permite uma optimização das prestações e da segurança de condução – numa moto minha. 

A BMW Motorrad Portugal oferece em troca de um cheque no valor 9.884€ a versão base desta GS, estando disponíveis, entre outros, os pacotes Confort, Dynamic, Touring, Iluminação bem como opcionais vários como conjunto de malas e escape Akrapovic.

domingo, 20 de janeiro de 2019

Tertúlia do Escape “Escape com Tó Manel”

Após a fuga pelo Alentejo cujo ponto alto foi uma tarde memorável na Motodiana (link), a Tertúlia do Escape regressa a casa, isto é, ao Espaço Rod’aventura. 

Nunca será demais recordar que tertúlia é na sua essência uma reunião de amigos, familiares ou simplesmente frequentadores de um local, que se juntam de forma mais ou menos regular, para discutir vários temas e assuntos. Nas Tertúlias do Escape pretende-se discutir motas, motociclismo e viagens. À maneira antiga. Longe dos teclados, cara a cara e com uma cafezada por companhia. 


Desta vez vamos ter a companhia do Tó Manel. Tó Manel dispensa apresentações ou devia de dispensar. Lamentavelmente há muitos na nova geração de motociclistas que não sabem de quem se trata. 

“Velho Biker”, decano motociclista, ao Tó Manel devemos muito daquilo que é hoje o motociclismo em Portugal. O Tó tem uma vida cheia de motos, motociclismo e viagens para partilhar. Este percurso - ao qual se juntam décadas de colaboração na hoje denominada “coluna dos motociclistas” da Motojornal e outras tantas de activismo na defesa dos direitos dos motociclistas - granjeou-lhes admiradores mas também detractores. O Tó nunca foi, não é, nem nunca será uma figura pacífica na comunidade. Sei que isso nunca o incomodou nem o desviou do seu caminho. Nunca andou cá para ser o “campeão dos likes”. Nem será agora que vai andar. 

Urge ouvi-lo. Sempre aprendi muito nas muitas conversas que tenho tido ao longo da vida com o Tó Manel. E urge também ouvi-lo porque estamos, como sabem, em vésperas de numa demonstração que se deseja clara e inequívoca. E o Tó Manel é um dos líderes do GAM - Grupo Acção Motociclista – que promove tal manifestação! 

É já na próxima quarta-feira dia 23 de Janeiro, a partir das 20h30 no Espaço Rod’aventura, Avenida da Quinta Grande nº10-A, 2610-159 Alfragide. Apareçam. Vai ser uma noite especial!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Em defesa dos "new media" do motociclismo português

Uma destas noites levei o Marcos comigo para a cama. Sim, o Leal. Ele e a revista inteira, a REV #49 em banca. Coubemos todos. Gostei de ler as suas intenções – recordo apenas que as intenções para que se concretizem têm de ser praticadas – e por ali continuei a percorrer a revista, apesar da pestana querer apagar. Deixei o texto do Grilo a meio, li a Marta e gostei, percorri as REV’S e os Contactos… 

Quando já pensava em interromper a leitura e apagar a luz surge a “Conversa com” Mário Figueiras. Ponto prévio (ou morto, utilizado terminologia de petrolhead) para saudar o facto das entrevistas, ainda que esta seja curta e aparentemente efectuada por escrito, estarem vivas. Urra!! 

O que Mário Figueiras pensa sempre me interessou. Pessoa há décadas ligada à comunicação do motociclismo em Portugal na comunicação social e ao nível de marcas relevantes. A dado ponto é-lhe perguntado… 
- Como vês a realidade da imprensa/meios de comunicação na actualidade? 
 - (…) Há muita gente a escrever online e parece que todos sabem de tudo, mas a verdade é depois de tudo bem “espremido” sai pouco sumo (…)”. 

Tentei mas não posso ficar indiferente a este comentário que apesar de acreditar ter sido proferido em modo “go with the flow” e recorrendo a lugares comuns doeu – dai fugir deles, dos lugares comuns, como o Diabo foge da cruz - ups, tropecei. O Mário quer ser dono da “verdade”, só que não…, e estas palavras merecem ser devidamente aqui comentadas, da forma mais elegante possível. 

Nunca falei muito com o Mário para além dos cordiais cumprimentos. Mas sobre ele em si, e não sobre o que disse, podia comentar duas coisas. Primeira, comentar o único contacto que tivemos via correio electrónico a propósito este ESCAPE – não o vou fazer porque não se comentam conversa privadas no espaço público. Segunda, comentar o trajecto profissional do Mário, também não o vou fazer porque respeito muito quem faz da comunicação no campo do motociclismo vida profissional. Não comento mas tenho uma ideia sobre estes dois aspectos que guardo para mim. 

Como amor com amor se paga (ups, voltei a tropeçar) peço, mais, exijo respeito. O trabalho que este ESCAPE realiza desde o dia 13 de Abril de 2015 é antes de tudo o mais um trabalho comprometido e apaixonado. Comprometido e apaixonado com o motociclismo. É um trabalho honesto. Não é um trabalho remunerado. Aqui não há publicidade, este ESCAPE não é um veículo comercial. É ainda um trabalho transparente. Está aqui todo, todinho, nem uma palavra foi apagada desde o início do blogue. E todas essas palavras podem ser consultadas a qualquer momento, não se escondem numa estante ou dentro de uma caixa de papel bafienta algures num canto de uma arrecadação. 

Exijo respeito para mim e para as demais realidades comunicacionais digitais no âmbito ao motociclismo. Hoje, sobre motociclismo, temos blogues excelentes e temos blogues bons. Temos contas de instagram tão boas ou melhores do que aquelas que se fazem lá fora – algumas acompanham com belos textos a sua excelente qualidade fotográfica. E também temos algumas páginas de facebook com interesse. Colocar toda a farinha no mesmo saco (voltei a tropeçar, um lugar comum) - recordo, disse o Mário: “parece que todos sabem de tudo” - para além de deselegante apenas revela uma coisa: ignorância. Ignorância de quem profere essas palavras. E é grave? É pois! Estamos a falar de um profissional da comunicação com anos disto. Desculpa Mário mas tenho de ser honesto. Comigo, com os meus leitores e contigo também. 

Estamos no mês de Janeiro de 2019. Já basta de meter toda a comunicação digital do liliputiano universo motocilsitico português no mesmo saco! Urge separar o trigo do joio (glup, mais um tropeção). E se calhar urge ainda deixar de ouvir pessoas que não se souberam adaptar, não têm existência porque a Rede não as reconhece, ficaram lá longe frisadas no século XX e, em bom rigor, as novas gerações de motociclistas nunca ouviram falar delas.

Lamento. E se acham que fui duro, devo dizer ainda que me contive bastante.

domingo, 13 de janeiro de 2019

Oitava Tertúlia do Escape


Não há que ter receio das palavras. A MOTODIANA aceitou o desafio para receber a oitava tertúlia do ESCAPE e…, tivemos uma tarde absolutamente memorável. 

Apesar dos inúmeros eventos motociclisticos que se realizavam durante o fim-de-semana, foi sem receio que este ESCAPE decidiu desafiar o concessionário Honda em Évora para acolher uma tarde para discutir motos, motociclismo e viagens. 

Para além do ESCAPE (que viajou de Lisboa), da Batalha vieram a Patrícia e o João autores do blogue Quilometro Infinito (link) - já presentes na Tertúlia no verão passado (link) - e dos arredores do Porto vieram a Petra e o Sérgio, viajantes passionais e autores de uma das mais estimulantes contas de instagram que vão encontrar por cá (@wanderlust.africatwin). 

Foi, honestamente, sem surpresa que – apesar da Liga ter agendado um jogo de futebol dito grande precisamente para a mesma hora da Tertúlia – a MOTODIANA se encheu com perto de uma centena de tertulianos. Gente da Região de Lisboa, do Algarve e até de Madrid veio ter connosco o velho amigo José Matias. 


Por um par de horas o espaço da oficina - bolas…, que local épico…, que melhor local a Tertúlia podia encontrar para falar de motociclismo do que o espaço de uma oficina? – transformou-se em auditório e viajamos por esse mundo fora à boleia da energia contagiante da Patrícia, do João, da Petra e do Sérgio. 

Obrigado, muito obrigado a todos. À MOTODIANA que nos recebeu de braços abertos e preparou “aquele lanchinho” que tão bem soube, ao Quilometro Infinito, ao Wanderlust.Africatwin e, sobretudo, a todos os que se descolocaram até Évora para nos ouvir e connosco partilhar as suas ideias. 

A Tertúlia promete voltar em breve!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

A estrada, a moto e o telefone esperto – Estrada Nacional 9

Quanto mais me embrenho nesta verdadeira saga que consiste em identificar e calcorrear as “outras estradas” - como agora vergonhosamente lhes chamam -, mais me apaixono por este trabalho e maior é o respeito que cultivo por todos aqueles que no passado desenharam e concretizaram o Plano Rodoviário Nacional de 1945 (link). Em tal plano a Estrada Nacional 9 (N9) assumia-se, e assume-se ainda hoje, como uma verdadeira e importante circular regional exterior de Lisboa. 

portugal estrada nacional 9 bmw f750gs bmwf750gsA N9 parte de um dos limites da nossa bem conhecida Vila de Cascais. E parte daquela que deve ser a mais “betinha” e “enervadinha” rotunda da Região de Lisboa – a rotunda de Birre, também denominada de “rotunda do Burger King”. Num espaço exíguo, todos os dias milhares de apressados condutores tentam desembraçar-se o mais rapidamente daquele que nem sonham ser o início de uma estrada maravilhosa. 

Assim que nasce, a nove, rapidamente se descaracteriza em auto-estrada, sendo necessário procurar o traçado original para saudar a verdadeira Catedral que é ainda hoje o belíssimo autódromo do Estoril. O caos que era este troço de estrada até Sintra foi solucionado pela A16 – é para isso que servem as vias rápidas – e já que aqui estamos é impossível não fazer o curtíssimo desvio até à eterna Sintra. 

Durante muito tempo um santuário real, o seu terreno arborizado está edificado de quintas e palácios em tons de pastel. Para além da doçaria tradicional – queijadas e travesseiros - a Vila de Sintra é notável pela presença da sua arquitectura romântica, resultando na sua classificação enquanto Paisagem Cultural de Sintra, Património Mundial da UNESCO e tem recusado ser elevada a categoria de cidade. 

De barriga composta, seguimos para Norte. E só nos livramos da horripilante paisagem suburbana totalmente descaracterizada após Montelavar, no suave vale do pequeníssimo Rio Lizandro que cruzamos na “amorosa” povoação de Cheleiros. 

De Cheleiros a Mafra vão poucos quilómetros. Aqui voltamos a marcar encontro com a abundante história e gastronomia portuguesa e, com tantos sinais (caso ainda não o tivéssemos feito), começamos a entender a riqueza e importância desta Nacional 9. 

Da Vila de Mafra a estrada segue ao sabor do terreno, com a maresia vinda do mar da Ericeira como moldura, até rumar a Oeste para Torres Vedras. Querendo alguma animação extra é sempre possível fazer um pouco de batota, abandonar a 9 para disfrutar das curvas da 9-2 que nos levam ao Codeçal e ao Gradil, tudo nomes conhecidos do mítico Rali de Portugal Vinho do Porto que nunca mais será o que foi.

De uma ou outra forma acabamos por cruzar Torres Vedras, que se transformou com chegada da A8 - como ficou dito aqui (link) - em mais um entediante dormitório de quem trabalha em Lisboa. 

Ao deixarmos para trás a “capital do Oeste”, a N9 recupera o seu charme muito próprio quando rompe as vinhas nas suaves colinas da Carvoeira. Estas e a bucólica Aldeia Galega da Merceana - rodeada de quintas e terrenos de cultivo que circundam o núcleo habitacional consolidado por uma arquitectura também ela medieval – abrem caminho para o grande final da Estrada Nacional 9, um troço de cerca de quinze quilómetros de curvas e contracurvas desenhada ao sabor do relevo e que nos embalam até Alenquer.

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Quem, o quê, onde, como, quando e porquê – não necessariamente por esta ordem… 


A Estrada Nacional 9 não é mas podia muto bem ser conhecida por antiga CREL – Circular Regional Exterior de Lisboa. Está localizada no distrito de Lisboa e liga Cascais a Alenquer. Tem o seu inico não muito longe do ponto onde termina a Nacional 6 (link), Marginal, e o seu terminus em Alenquer quando encontra a Nacional 1 (link). Entre Alcabideche e o Autódromo do Estoril e entre Penaferrim e Lourel a Nacional 9 partilha o traçado com a A16. Foi por este ESCAPE percorrida no final mês de Dezembro de 2018 aos comandos de uma BMW F 750 GS que gastou quatro litros e meio daquele líquido inflamável de que tanto gostamos. A N9 é credora do nosso respeito. É um percurso pitoresco que dá um longo e suave abraço à Grande Lisboa, desde o oceano atlântico até às belas encostas vínicas do Oeste. Num qualquer pais anglo-saxónico este fascinante percurso rico e pleno de vida, seria um belo roteiro turístico com enfase na longínqua história que cruza. Também por aqui o turismo não mora e assim se perde valor, muito valor.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Dakar 2019 as perguntas de sempre

A antevisão ao Dakar 2019 por João Carlos Costa, jornalista e comentador Eurosport, é boa demais para se perder rapidamente numa linha do tempo de uma página de rede social. Com a sua devida autorização aqui a trago. Merece a vossa atenção. O Eurosport 1 irá acompanhar diariamente o Dakar até dia 18, sempre às 22h00. 


Esta é a décima viagem por terras da América do Sul, talvez a última, com a Arábia Saudita, quem sabe a Argélia, no horizonte. Um evento único na história da “aventura extrema de Thierry Sabine”, pois pela primeira vez realiza-se num só país. Com as mudanças políticas no Chile, a crise económica na Argentina e a falta de entendimento com Ivo Morales para a manutenção da Bolívia, a ASO acabou por ficar apenas (e tardiamente) com o apoio do Peru. Não teve outra solução se não “depenar o bicho” da melhor maneira, juntando-lhe um “recheio” bem saboroso. Pelo menos assim parece antes de ser “esquartejado”... 

Feitas as contas, o Dakar 2019 tem a menor quilometragem total (aproximadamente 5600 km) e de troços cronometrados (quase 3000 km) de sempre. No fundo, pode ser o início de uma nova Era, com a maior competição TT do Mundo a diminuir número de dias e a quilometragem, para satisfazer novos "públicos".

O desafio ao longo das 10 etapas será enorme. Muita areia, muitas zonas de montanhas dunares. Será preciso uma enorme forma física, conhecer bem as técnicas de ultrapassar dunas (pressão de pneus e zona de “ataque” ideais) e ser muito forte em navegação. Todos os dias terão grandes dificuldades para resolver e não haverá as habituais etapas de transição. 

E as perguntas de sempre são: será desta que a KTM perde? E se acontecer, será para a Honda, para a Yamaha, quem sabe até para a Husqvarna? Ou mais uma vez, tal como acontece consecutivamente desde 2000, serão as “austríacas” a ficar com os louros de um 18º triunfo? E será desta que ganha um português, depois de vários pódios de Hélder Rodrigues, Ruben Faria e Paulo Gonçalves?

Não é fácil dar respostas. Com base nos resultados do Mundial Todo-Terreno, existe uma real igualdade entre as quatro marcas. Nos últimos anos, tem acontecido o mesmo e o Dakar acaba por ser sempre uma festa laranja. 

Quanto aos portugueses, com Hélder e Ruben remetidos a papéis de conselheiros na Honda (onde Bianchi Prata se ocupa da logística), cabe a Paulo Gonçalves tentar o triunfo luso, ainda que, há menos de um mês, tenha passado pela mesa de operações para remoção do baço. Mais que a falta de forma física, pois tem treinado, é estar mais exposto a contrariedades infecciosas. 

Seguro é que vamos ter enormes batalhas face ao cronómetro e, ainda mais, tácticas. As posições à partida de cada etapa (e a forma como os pilotos da mesma marca podem ajudar o chefe-de-fila), bem como as maiores ou menores dificuldades na navegação que dai resultem, serão de gestão absolutamente fundamental. Atrevo-me a dizer que, face a este plantel, e ao percurso de menos de 3000 km, quem perder meia hora pode estar fora da luta. Mais ainda: após dois ou três dias, acredito que as marcas na luta pelo triunfo serão tentadas a definir um verdadeiro “ponta de lança”, a quem será incumbido marcar o “golo da vitória”. Só que é o Dakar. Nesta maratona TT, o que é verdade hoje, pode não o ser amanhã. Nos últimos anos, as quedas têm sido quase sempre o factor decisivo na definição do primeiro lugar do pódio, muito mais que a resistência mecânica ou a performance das motos... 

KTM. Em equipa que ganha não se mexe e a KTM fez isso mesmo. Conta com os vencedores das três últimas edições (2016, o australiano Toby Price; 2017, o britânico Sam Sunderland; 2018, o austríaco Matthias Walkner. O argentino Luciano Benavides e o “nosso” Mário Patrão surgem como “aguadeiros” de luxo, enquanto a espanhola Laia Sanz tenta levar o estandarte da feminilidade ao top 10. A 450 Rally voltou a evoluir e está pronta para todos os desafios nas dunas peruanas. Pessoalmente, acho que os vencerá... 

A Honda acredita que é desta. A CRF 450 Rally foi sendo melhorada e ganhou provas do Mundial, neste tipo de terreno sul-americano. Com Paulo Gonçalves ainda a recuperar, pese embora dono de uma força anímica sem par, será normal considerar o argentino Kevin Benavides (2º em 2018) como o maior candidato da marca nipónica, junto com o espanhol Joan Barreda, desde que consiga, de uma vez por todas, juntar velocidade ao evitar quedas “destrutivas”. Basta ver que Barreda venceu 22 troços em oito Dakar, mas tem como melhor resultado um 5º posto em 2017. O americano Ricky Brabec e o chileno Ignácio Cornejo, que substituindo Paulo Gonçalves à última da hora em 2018 terminou em 10º, completam a forção oficial da Honda. 

A Yamaha parte confiante. Os resultados da primeira semana, no Peru, na edição anterior, deixam boas perspectivas para os pilotos das WR450F. Adrian Van Beveren quer repetir o assalto à liderança onde chegou em 2018 antes da queda na 10ª etapa. Xavier de Soultrait também mostrou ser capaz de andar na frente. Os dois franceses têm a companhia do australiano Rodney Faggoter e de Franco Caimi. O argentino esteve em dúvida até ao último momento, mas recuperou a tempo da fractura no fémur sofrida em Marrocos. 

No campo da Husqvarna, também houve incerteza quanto à presença de Andrew Short. O americano, ex-rei do Supercross, acabou por não faltar à chamada e vai secundar o duplo campeão do mundo TT, Pablo Quintanilla aos comandos das FR 450 Rally. O chileno andou na luta pela vitória em 2018 e é um verdadeiro candidato. O mexicano Carlos Gracinda e o italiano Jacopo Cerruti são os “ajudantes de serviço”. 

Os indianos da Hero voltam ao Dakar com as Speedbrain 450 Rally e aí vamos encontrar o terceiro português inscrito por uma equipa oficial. Joaquim Rodrigues Jr quer esquecer a queda da 1ª etapa no ano passado. Está, sim, desejoso de lutar pelos melhores lugares. A moto parece capaz, como comprova a posição que ocupou no final da prova de 2017 (antes da penalização que o fez descer para 12º) e também o sétimo posto de Oriol Mena na edição anterior (então o melhor rookie). O espanhol volta a ser parceiro do português na Hero, tal como o indiano CS Santosh. A fechar as equipas oficiais nas duas rodas, temos os franceses da Sherco TVS 450 RTR, com Adrien Metge a receber o reforço do irmão mais velho (e ex-piloto Honda), Michael Metge. 

Dos outros, há sempre que contar com o eslovaco Stefan Svitko (KTM), 2º em 2016, o compatriota Ivan Jakes (KTM), e o espanhol Juan Pedrero (KTM), sem esquecer o argentino Diego Duplessis (Honda) e o boliviano Daniel Nosiglia (Honda). No campo nacional, muita atenção às estreias de pilotos como o campeão nacional António Maio, ou Sebastain Buhler. Um Top 25 seria óptimo, posições que David Megre e Fausto Mota também sonham, ainda que para todos o mais importante seja regressar a Lima, no final da prova. Mais ainda, esse será o objectivo de Miguel Caetano e Hugo Lopes.

domingo, 6 de janeiro de 2019

Tertúlia do Escape em fuga pelo Alentejo

A Tertúlia do Escape nasceu em 2017. Ao fim de sete deliciosas edições, todas diferentes e únicas, continua a fazer sentido recordar os pressupostos do conceito. Tertúlia é na sua essência uma reunião de amigos, familiares ou simplesmente frequentadores de um local, que se juntam de forma mais ou menos regular, para discutir vários temas e assuntos. Nas Tertúlias do Escape pretende-se discutir motas, motociclismo e viagens. À maneira antiga. Longe dos teclados, cara a cara e com uma cafezada por companhia. 


No ano passado a Tertúlia do Escape deu um o salto qualitativo e quantitativo. Podem recordar aqui (link) as diferentes edições. Na última delas, mesmo a fechar o ano, tivemos connosco o Manuel Portugal (link). Motociclista, artista da guitarra, um dos dinamizadores do cada vez melhor Lisbon Motorcycle Film Fest mas, sobretudo, um caso à parte no que à fotografia de motos se faz por cá. Com o Manuel perdemo-nos suavemente em palavras, memórias, pequenas histórias e conhecimento. Nesse dia prometemos regressar em breve, logo no início do ano, e cá estamos a cumprir a promessa. 

A oitava Tertúlia do Escape vai então ser em modo “fuga para o Alentejo”. Vamos sair de Lisboa e dos seus arredores, andar de moto, respirar algum ar saudável e visitar Évora, aquela que muitos consideram ser a capital alentejana. A MOTODIANA, concessionário Honda da região, reconhecidamente especializado em Goldwing, aceitou muito simpaticamente o desafio de nos receber. 

À habitual excelente hospitalidade da MOTODIANA, e a este ESCAPE, vão se juntar dois fantásticos casais de motociclistas. A Patrícia e o João autores do blogue Quilometro Infinito (link) - já presentes na Tertúlia no verão passado (link), tendo sido na altura inexcedíveis na partilha e contagiantes na alegria com que fazem do mototurismo um capítulo de saber viver – e a Petra e o Sérgio, viajantes passionais e autores de uma das mais estimulantes contas de instagram que vão encontrar por cá (@wanderlust.africatwin) e que vai muito além das bonitas imagens. 

É, digamos, um cartaz de luxo. Patrícia, João, Petra e Sérgio, viajaram recentemente, por exemplo, de Portugal até ao Cabo Norte na Noruega e, esse destino que a tantos faz sonhar, pode muito bem ser o ponto de partida para uma excelente tarde a conversar sobre motas, motociclismo e viagens. 

É já no próximo sábado, dia 12 de Janeiro, e estão todos convidados para aparecer a partir das 15h30 na MOTODIANA que fica na Rua da Industria, 9 – Bº da Torregela – 7005-363 Évora (GPS: 38°33’41.2″N 7°55’30.8″W). É a não perder e todos são bem-vindos. Venham dai!

sábado, 5 de janeiro de 2019

Como vai ser a grande manifestação de motociclistas no dia 3 de Fevereiro

Acaba de ser divulgada na página de facebook do Grupo de Acção Motociclista a informação que todos desejavam. 

Vamos reivindicar uma classe de portagens para motos com valores inferiores a 50% da Classe 1. 

Vamos reivindicar a redução do IUC.

Vamos reivindicar uma redução do preço dos combustíveis. 

Às 10H00 do próximo dia 3 de Fevereiro partem simultaneamente do Norte e do Sul duas manifestações de motociclistas que se vão juntar à entrada de Lisboa. 

Motociclistas do Norte partem às 10h00 da Área de Serviço da Antuã na A1. 

Motociclistas do Sul partem às 10h00 da Area de Serviço de Almodovar na A2. 

Vamos seguir pela A1 e A2/A12 até LISBOA a uma velocidade entre 40 e 60km/h e as duas “caravanas” de motos vão sincronizar-se de modo a chegarem simultaneamente juntando-se na entrada Norte de Lisboa (Encarnação). 

Os Motociclistas das diferentes regiões do país que não integrem e acompanhem a manifestação desde o seu início (Antuã e Almodôvar) concentram-se nas diversas Áreas de Serviço ao longo da A1 e A2/A12 esperando aí para se juntarem à manifestação. 

O GAM vai ter elementos identificados em todas as Áreas de Serviço; estes estarão permanentemente informados do desenrolar da manifestação. Em Lisboa vamos concentrar-nos na Praça dos Restauradores. 

Há um ano, com a manifestação do dia 18 de Fevereiro 2018, conseguimos parar a anunciada implementação das inspeções e a intenção de se retirar a equivalência da Licença de condução B e A1 (125cc); demonstrámos ao país a nossa capacidade de mobilização enquanto cidadãos/motociclistas, na participação activa em questões fundamentais a uma sociedade mais justa para todos.

Fazendo uso responsável do direito à manifestação, podemos alterar o rumo das coisas. No próximo dia 3 de Fevereiro, volta a ser muito importante a participação dos motociclistas na importante jornada de defesa dos seus interesses e do que é justo. 

Se acha injusto uma moto pagar o mesmo que um automóvel nas portagens, se acha injusto uma moto com 27 anos pagar de IUC o mesmo que uma moto nova e se acha injusto que em 40 euros que pague de combustível, 25 sejam impostos, então… no dia 3 proteste e participe!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Feliz ano velho

Os dados que aqui se apresentam são oficiais. E, sublinho, referem-se a matrículas de motociclos novos (>125cc). Isto é, motociclos até 125cc – como por exemplo as cada vez mais populares scooters que podem ser conduzidas com carta de ligeiros – não estão incluídos nos números apresentados no quadro infra. 

E tais números oficiais, que dizem respeito aos primeiros onze meses do ano terminado - fica apenas a faltar Dezembro para fechar as contas anuais – revelam a confirmação da tendência aqui (link) anunciada. Globalmente o mercado deu sinais muito positivos crescendo mais de 20%. 


Destaques. Honda a reforçar a liderança, Yamaha em segundo lugar e a crescer mais do que o mercado, Benelli a ameaçar a última posição do podium e a duplicar as vendas face a 2017. 

Nota ainda positiva no top ten para três europeias: KTM, Ducati e Husqvarna. Menos bem neste feliz ano velho estão BMW, H-D e Triumph ao não conseguirem acompanhar o ritmo de crescimento. 

Deixem me ainda destacar o importante crescimento da Royal Enfield que, penso eu, nunca terá vendido tanto em Portugal como no ano que passou. Se em termos absolutos os números ainda são modestos, o crescimento relativo desta nova vida do clássico emblema anteriormente britânico é fortíssimo. E digo mais, penso que em 2019 vamos ouvir muito mais os motores indianos a trabalhar, inclusive aqui neste vosso ESCAPE. 

Que o mercado em 2019 mantenha este interessante crescimento e, se possível, o reforce!
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