quinta-feira, 30 de julho de 2015

Velhas maneiras

Nas estradas cada vez mais sinuosas das Redes Socias cruzo-me com este texto absolutamente delicioso. É um pedaço de puro espirito motociclístico e mototurístico de antanho. Imagino…, tenho a certeza para ser honesto, que cultura motociclista e “fora da bolha” é isto. Muito isto – como agora se diz.

Os meus sinceros agradecimentos ao Nuno Solla Lacerda (que em boa verdade nem sequer conheço) por ter, muito simpaticamente, permitido aqui no Escape a sua publicação; bem como da fantástica imagem, de uma apaixonante Jawa 350, que ilustra as suas magnificas palavras.

"Esta foi uma das minhas motas com o qual fiz uns milhares de quilómetros, muitos deles com pendura e numa época em que não havia assistência em viagem; em que os cabos de embraiagem partiam consecutivamente; uns eram até presos com serra-cabos. Não havia Top Cases nem assentos de gel e muito menos aquecidos. A bateria não era de Gel nem de 12v. As luzes aproximava-se da luminosidade de uma candeia a petróleo e cintilavam ao ralenti.

Esta mota não tinha autolube (n.d.r. estamos, portanto, a falar de uma maquina a dois tempos); a mistura era feita por mim para ter a certeza da qualidade do óleo usado. Guardava o óleo debaixo do assento em pequenas garrafas de shampoo, que eram a medida certa para um depósito de dez litros.

Eramos obrigados a saber um pouco de mecânica, pois de outra forma não se “sobrevivia” na estrada. As velas encharcavam, havia platinados, apalpa-folgas e o escape pingava óleo mal queimado.

E à noite, nas discotecas, roubavam os cachimbos, especialmente se fossem NGK. No meu caso, para me proteger dos ladrões, muitos deles meus amigos, besuntava-o com massa consistente; mas preventivamente tinha sempre um sobressalente."

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Limpinho limpinho

Outra metáfora com “à bola” cá do burgo. É incontornável, mesmo em tempo do chamado defeso. Adiante.

Hoje trago duas notícias. Pelo menos para mim foram notícias.

A Auto Santa Marta, ou pelo menos aquilo que restava do que anteriormente chamávamos Auto Santa Marta fechou. Todas as motas que tive anteriormente tiveram, de uma ou outra forma, contacto com a Auto Santa Marta. Há vinte anos, pelo menos, era do melhor que podíamos encontrar na região de Lisboa no que ao tratamento, digamos, cosmético havia para motas. Lavagens com carinho, pneus sempre prontos a serem por nós consumidos, um serviço farto mais ou menos simpático e eficiente.

Fechou! E agora, onde conseguir aquela lavagem para colocar de novo a nossa mota com aspecto de nova? Coloquei a questão nas Redes Sociais e a resposta não sendo unanime foi perentória: Motocenter.

Fui desde logo muito bem recebido na Motocenter; explicaram-me o conceito, mostraram-me a casa, fiz a marcação. No dia e hora marcados, lá depositei a Crosstourer que mais parecia um misto de repositório de lixos vários e de necrópole de invertebrados egípcios de tempos bíblicos.

O resultado é o que está na imagem: mota impecavelmente limpa, houve inclusive o cuidado de desmontar o vidro no sentido de limpar de forma eficaz a dita necrópole, a um preço absolutamente justo. Ainda houve o cuidado de verificar pressão dos pneus, níveis e estado das pastilhas de travão.


A Auto Santa Marta morreu! Longa vida à Motocenter!! 

domingo, 26 de julho de 2015

O Escape voltou

O Escape voltou. Em bom rigor já regressou há alguns dias. Mas só agora é possível reativar o blogue. 

O Escape voltou. Voltou de uma incursão mototuristica pelo sumptuoso asfalto alpino. Voltou de malas carregadas de memórias, sentidos cheios e aprimorados pelas vivências. Cheiinho de histórias para contar. Mas tudo tem o seu tempo. Estamos à beira de Agosto, auge da silly season para uns, mês que tudo acontece para outros. 

Vai ser, portanto, um regresso aos bocadinhos. Até porque parte do tempo livre que me resta será para lavrar o tal “depois muito especial” de que aqui (link) vos falei. 

Ficam, para já alguns números. Mais de sete mil e quatrocentos quilómetros de asfalto em dezasseis dias, com a Crosstourer a indicar uma extraordinária média de 5.8 litros de gasolina gasta aos cem quilómetros.

É colocar o capacete e as demais proteções. O Escape voltou…

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Quase, quase em modo “durante”

Antes, durante e depois. De certa forma uma viagem é composta por três partes, como tentei expor aqui (link). 

O longo e distinto momento do “antes” está terrivelmente a aproximar-se do fim; e, como quase sempre nestas ocasiões, damos conta da quantidade de coisas que ainda temos para fazer, preparar ou mesmo deixar resolvidas. Já para não falar nos mais ou menos pequenos imprevistos que surgem sempre fora de horas. Por outras palavras, este é aquele momento “tou lixado com efe”. 

Estes Escape, das autoestradas da Rede, vai arrefecer de forma inversamente proporcional ao aquecimento do escape real. Arrefecer não significa necessariamente que a chama se apague totalmente. 

Santo Agostinho, um dos nossos mais dignos pensadores de todos os tempos, terá deixado escrito: “o Mundo é um livro e quem não viaja lê apenas uma página”. Convido-vos a irem passando por cá e na página de Facebook do Escape (link). Sempre que possível tentarei deixar uma ou outra imagem; uma ou outra página, nas palavras de Santo Agostinho, deste livro que se aproxima de leitura magnífica.
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