quinta-feira, 30 de novembro de 2017

O Escape está loucooo #3

Luvas. Adoro luvas. Se pudesse tinha uma gaveta em casa cheia delas. Uma para cada ocasião. Não é possível. É necessário fazer escolhas. 

Já há algum tempo que procurava umas luvas, digamos, “mais touring”. Esta viagem que vos vou contando por aqui (link) já foi feita com luvas desadequadas. Não podia esperar mais. 

Depois de alguma procura a escolha recaiu nestas Clover SW (link). Apesar de serem apresentadas como luvas de verão, parecem-me adequadas para uma utilização intensa durante grande parte do nosso ano. Confirmei isso mesmo nesta passeata (link) onde apanhámos alguma amplitude térmica. 

Se é certo que existem escolhas mais praticas e económicas para uma utilização urbana, certo é que as Clover SW se apresentaram de adaptação imediata, confortáveis e eficazes. Fica a dica…, até porque estamos a entrar na época natalícia, comprinhas e tal… 

Para além da loja on-line, podem encontrar as Clover SW na loja física da Rod’aventura a um preço de 89,99€.

Zé Pedro...


terça-feira, 28 de novembro de 2017

eCooltra à prova

O QUE É? 
A eCooltra - que deseja ser uma nova forma de mobilidade urbana – é um serviço de aluguer de motas eléctricas que está, desde a passada primavera, disponível na cidade de Lisboa, para qualquer pessoa com carta de condução válida. Espalhadas por toda a cidade (onde os últimos utilizadores as deixaram) – numa área que cobre a frente ribeirinha, de Algés ao Parque das Nações, e do rio Tejo ao Lumiar e aeroporto -, têm uma tarifa fixa, que inclui seguro, baterias carregadas, manutenção assegurada e dois capacetes. Custa 0,24 euros por minutos para uma franquia de 500 euros ou 0,29 euros para uma franquia de 99 euros. O aluguer das motas pode ser feito entre as seis da manhã e a meia-noite.


COMO FUNCIONA? 
Primeiro, é preciso descarregar a aplicação, gratuita e disponível para Android e iOS. No ecrã, aparece um mapa e a zona de utilização da eCooltra assinalada a azul. Como não existem locais fixos, a scooter pode ficar estacionada em qualquer lado, desde que dentro da zona de operação. Com georreferenciação é possível ver a mota que está mais próxima e reservá-la. Depois, tem 15 minutos para chegar à scooter e iniciar a viagem. O cancelamento não tem custos e assim que encontra a mota, pode desbloquear o assento para levantar o capacete. A mota liga-se (e desliga-se) através da aplicação, sem ser necessária uma chave. Quando o utilizador chega ao destino, e termina o serviço, o custo da viagem é debitado automaticamente no cartão de crédito ou débito indicado. As scooters têm autonomia para 45 quilómetros. A bateria é assegurada por uma equipa que anda num veículo com baterias carregadas, responsável pela sua substituição. 

PORQUE PRECISEI?
Na passada quinta-feira tive de me deslocar à Motocenter para conhecer estes pneus (link). Fui de PCX. Mas num ápice precisava de ter ali a CRF1000L para efectuar a montagem. Deixei a PCX na Motocenter e “apanhei” uma eCooltra que estava estacionada por ali perto. Vim a casa, larguei a eCooltra e levei a CRF1000L à oficina onde depois pude seguir a minha vida já de PCX. Quando fui levantar a CRF1000L, ao fim do dia de sexta-feira, fiz o percurso inverso. Este é apenas um exemplo prático. Quantas vezes no nosso dia-a-dia não precisamos de nos movimentar de forma rápida, dinâmica, económica e eficaz, no caos crescente do trânsito de Lisboa? 

A MINHA EXPRIÊNCIA 
A aplicação é intuitiva e funciona muito bem. O registo - que deve ser feito antecipadamente - foi fácil e rápido. As motas são lentas mas muito fáceis de conduzir. Nesta abordagem inicial ao serviço acabei por conduzir três diferentes eCooltra durante um total de vinte e cinco minutos. Apanhei de tudo em termos de manutenção, do excelente ao patético – a uma das motas faltavam pequenos pedaços e os espelhos estavam soltos o que pode comprometer a segurança. Confesso que esta primeira experiência foi altamente positiva. Porquê? Simples…, qual teria sido a alternativa para revolver o meu problema de deixar uma mota algures na cidade para ir buscar outra a casa? Transporte público colectivo? Taxi? Uber? A eCooltra não bate tudo isto. A eCooltra esmaga tudo isto! Mais…, mesmo para quem vem para a cidade numa mota de grande cilindrada e precisa de se descolocar de forma prática e rápida no centro histórico de Lisboa, a eCooltra poderá constituir-se como hipótese dada a sua facilidade de utilização e economia. A única coisa de que senti falta sempre que precisei de uma eCooltra foi de…, ter mais eCooltra’s, isto é, maior raio de acção do serviço e mais motinhas disponíveis.

POSSO EXPERIMENTAR GRATUITAMENTE?
Querem experimentar a eCooltra durante trinta minutos de forma totalmente gratuita? Usem por favor o código que está na imagem à direita aquando do vosso registo. Ganham vocês e ganha este vosso Escape. Agradecido.

[Parte deste texto vem adaptado daqui (link)].

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

O Escape está loucooo #2

Quando criei aqui (link) esta rubrica, a ideia era escrever um pequeno texto sobre coisas e coisinhas que fossem adicionando felicidade à minha vida de motociclisata. Mas, como disse lá (link) eu não sou a Pipoca (link) e nem o motociclismo é o mundo cor-de-rosa onde algumas pessoas vivem (link) - nada contra, é simplesmente a cena delas. Assim, como a este Escape ninguém dá nada, tenho de poupar e juntar uns trocados se quero escrever um post assim, adiante. 

Vai-me chegando ao ouvido algum feedback menos positivo em relação à Motocenter. É natural. Quando se tem sucesso há sempre alguém que aparece insatisfeito. Reparem, é mesmo natural, porque o sucesso traz mais clientes – até aqueles chatos “como à porra” e que mais ninguém quer aturar – e que nunca ficam satisfeitos com nada nem em lado nenhum. Pois eu devo dizer que nunca confiei tanto em quem calça as minhas motas. 

Como disse aqui (link) na sequência desta noite (link) da passada quarta-feira, fiquei necessitado (“para ontem”) de uns pneus adaptados a outros pisos que não o alcatrão. Honestamente, nem fui ouvir mais opiniões do que aquelas que já tinha memorizado em relação ao tema. Na passada quinta-feira de manhã passei na Motocenter, falei com Ricardo e com o Francisco, aconselharam-me, deram-me preços e condições, pediram me a mota e…, apesar de uma serie de peripécia, na sexta-feira ao fim do dia estava a levantar a CRF 1000L com novo calçado. Há duas atitudes na vida: podemos estar do lado do problema ou do lado da solução. Na minha relação com a Motocenter tenho sentido que ela tem estado sempre do lado da solução. E eu gosto disso. 

A escolha recaiu sobre estes Mitas E07, pneu aparentemente de origem Checa – corrijam-me se estiver enganado, por favor. Ora bem, sendo a primeira vez que uso algo do género, não serei a pessoa indicada para fazer aqui uma “tese de doutoramento” sobre o tema. Ainda assim digo-vos que gostei destes primeiros (quase) trezentos quilómetros, uma boa parte deles fora de alcatrão. Adorei o pneu em pisos de terra duros com alguma pedra. Na lama pareceram-me muito maus, na areia preciso de aprender a lidar. No asfalto, depois de estranhar muito no início, acho que me estou a adaptar bem. 

Sabiam que os pneus são o elemento tecnológico mais evoluído das vossas motas? Já repararam que são eles e apenas eles que vos prendem ao solo? Pois…, informem-se, partilhem e divulguem. O tema pneus é inesgotável. E aqui devemos confiar em quem verdadeiramente sabe do assunto.

domingo, 26 de novembro de 2017

Qual o prazo de validade dos sonhos?

Desde que ando de mota (e já lá vão uns anitos) - provavelmente antes mesmo - que sonho sair por ai, fora do alcatrão. Queria tanto, tanto, que um dia comprei um livro que explicava ao leitor como ir de Lisboa ao Algarve fora de estrada. Foi há muito tempo. Era um livro publicado pelo Clube Aventura, acho. E mais não era do que uma espécie de roadbook. O livro perdeu-se, algures. O sonho de circular por maus caminhos não. Aqui e ali fui dando pequenos passos. Até fui a Marrocos um par de vezes. Da última delas aventurei me sozinho de Erfoud até perto de Merzouga. De Honda Pan-European. Absolutamente à rasca e sem grande prazer, confesso. O sonho foi sendo adiado. 

Nos últimos anos de Pan-European comecei a desejar uma mota mais polivalente. Optei então pela Crosstourer – aquela mota que até alguns dos proprietários que a veneram se vêm livres dela na primeira ocasião. Não me serviu, como sabem (link). Defeito meu, certamente 

A CRF já cá anda há pouco mais de um ano. Até já tinha escrito aqui (link) estar provavelmente no momento de parar de inventar desculpas e trocar de sapatos. Mas só agora me deixei atingir pelo “disparo”. Mais concretamente, nesta noite (link). Quinta-feira passada fui chagar a paciência dos senhores da Motocenter. Queria uns “cardados” para ontem – tema para futuro post. 

Ontem lá estava à hora marcada. Nas primeiras “dunas” verifico que não consigo andar. Sim, aqueles pedaços de areia para mim eram dunas tenebrosas. Esvaziámos os pneus. Seguem-se umas retas entre vinhas. Vinhas de onde vem aquilo que se chama “vinho de areia”. Mais dores de crescimento, foi o que senti. Finalmente terra firme e pedra solta. “Não tenhas medo”, gritava-me alguém enquanto por mim passava com uma roda para cada lado…, malditos sonhos… 

Lá chegamos a Santa Susana, devia ter acendido uma velinha. Um café e um cigarro depois, Pego do Altar ou seria Er Rachidia tal a secura. Fui-me soltando, levantando, acelerando, sorrindo… 

Foi uma manhã fantástica, de sonho tornado realidade. Comemorei. Eu os meus sete magníficos companheiros de aventura alentejana. Comemoramos com um belo repasto, na casa do senhor Coelho. Salada de polvo, fígado e pão alentejano do verdadeiro. Enguias fritas, queixadas estufadas e uma cabidela dos Deuses. Tarte de requeijão, maça assada e pudim. Chega? Não! 


“Agora vamos para Alcácer, fora de estrada”. Como é o caminho, pergunto. “Não sabemos”. Ninguém sabia. 

Estão a ver aquela foto lá em cima? Aproveitei uma pequena paragem do grupo para ir andando. Poucas centenas de metros depois estava sozinho. Desligo, desmonto, fotográfo e oiço o silêncio. E o silêncio pergunta-me: “Que terra magnifica é esta, onde à porta de casa podes cumprir os teus sonhos e ainda por cima de barriga cheia de comida caseira, excelente e em conta? Que terra magnífica é esta, onde à porta de casa podes encher a tua alma?”.

Se calhar ainda bem que não encontrei resposta. Voltei à estrada e minutos depois a CRF estava no chão. Só ela. A mim não me apeteceu cair. Havia muita lama. Faz parte, dizem. Mas desta parte nunca gosto. 

Quando regressámos ao cinzento e monótono asfalto já o sol se escondia a oeste. Reabaster e até à próxima, um abraço. Era tempo de “acordar” e voltar. 

Se leram até aqui foi porque gostaram do que leram. E seguramente preceberam que ontem senti-me vivo. Era só o que eu tinha para contar. 

Ah…, duas coisas. Primeira, obrigado a todos. Segunda, quero mais! Pois os sonhos não têm prazo de validade…

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Segunda Tertúlia do Escape

Uma vez mais, os sorrisos na imagem falam por mim.

A segunda Tertúlia do Escape voltou a surpreender. Mais Tertulianos, mais boa disposição, mais convívio, mais reencontros, mais desejos de passeios e petiscos. A Tertúlia cresceu tão rápido que nem me apercebi que paralelamente já havia malta a iniciar o convívio mais cedo, com um jantar nas proximidades. 


São estes os propósitos da Tertúlia do Escape. Fugir dos teclados, abandonar os afazeres diários, esquecer, por momentos, as obrigações e nos entregarmos ao prazer da conversa sobre a nossa paixão: o motociclismo. 

Muito obrigado a todos os presentes. Em especial ao Paulo Moniz e à Rod’aventura por nos saber receber tão bem, fazendo-nos sentir em casa. 

A Tertúlia do Escape voltará em breve. Provavelmente algures no inicio do próximo ano. Já não falta muito. Até lá: andemos de mota!

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Tertúlias do Escape – edição Outono

Tertúlia. É, na sua essência, uma reunião de amigos, familiares ou simplesmente frequentadores de um local, que se juntam de forma mais ou menos regular, para discutir vários temas e assuntos.

Nas Tertúlias do Escape pretende-se discutir motas, motociclismo e viagens. À maneira antiga. Longe dos teclados, cara a cara e com uma cafezada por companhia. 

A primeira Tertúlia do Escape, aconteceu no fim do Verão e foi um momento muito engraçado, como podem ler aqui (link). Bebeu-se, confortavelmente, um copo, recordaram-se velhos tempos e os tertulianos desafiaram-se mutuamente para novas curvas e petiscos. 

A segunda Tertúlia do Escape vai acontecer já na próxima quarta-feira dia 22 de Novembro, a partir das 20h30 no Espaço Rod’aventura, Avenida da Quinta Grande nº10-A, 2610-159 Alfragide. 


A Rod’aventura assume-se, cada vez mais, como uma loja de acessórios de excelência e referência na Grande Lisboa. Mas quer ser bem mais do que isso. Um Espaço onde os motociclistas se podem reunir confortavelmente. 

Estão todos convidados. No dia 22 de Novembro, todos são bem-vindos!

domingo, 19 de novembro de 2017

Honda X-ADV à prova

Ufffff…, a espera terminou, enfim. Desde que soubemos, oficialmente, que a Honda City Adventure entraria em produção com o nome de X-ADV (link) que esperávamos este momento: provar aquela que (com base nesta – link) dá novo significado à actividade de andar de mota; ou por palavras menos interessantes, aquela mota que inaugura um novo segmento. Convenhamos…, não e todos os dias. 

A Honda é assim. Onde se mete, geralmente é de forma inovadora, com qualidade e para vencer. É a história da marca que o afirma. Estranham-na? Mais tarde vão entranha-la…

“Espera, estou a olhar para aquela mota nova da Honda, a X-ADV, é bem gira, é a primeira que estou a ver”, dizia um jovem adulto, em conversa ao telemóvel, junto a um dos milhões de semáforos lisboetas. Para início de conversa, podemos dizer que a X-ADV é assim, tem aquele charme das coisas novas. Desperta! 

Passou um ano desde que foi apresentada em Milão e a Honda X-ADV contínua sem rival. (também) Por isso apreciamo-la antes de a conduzir. As suas linhas angulosas transpiram qualidade; o braço oscilante, os elementos vindos de classes superiores, suspensões, travões, plásticos e afins. Tudo solido e bonito, no gosto deste Escape. Até a “digitalidade” dos instrumentos conquistam este vosso escriba conservador: eficazes! 

Dinamicamente, depressa nos sentimos a conduzir em cima do eixo dianteiro. “Uauuuu…, isto não é uma mota!!!!” exclamamos aos primeiros metros. É uma posição de condução de mais ou menos ataque, dependendo se nos queremos posicionar mais junto à parte dianteira do banco. Mas é sempre de ataque. E isso reflecte-se na condução. Não são necessários muitos quilómetros para sabermos que existe um denominador comum quando rodamos na Honda X-ADV; fun, fun e mais fun

Quer na cidade quer na estrada duas notas se destacam: equilíbrio e polivalência. Equilíbrio mesmo a muito baixa velocidade, o que facilita muito o uso diário, aquelas pequenas manobras e a luta no trânsito. Polivalência, porque facilmente a suavidade dá lugar à eficácia de toda a ciclística quando passamos para a estrada e exigimos do conjunto.

Por falar em ciclística, é tudo tão certo e afinado que até ficámos com a sensação que existe aqui algum sobredimensionamento ou…, será um simples desejo de mais motor? Já agora o Escape deseja também que as marcas investiam um pouco mais na qualidade dos pneumáticos com que entregam as motas aos seus clientes. 

No mais…, ficámos com ganas de explorar mais e melhor aquelas geometria e aquelas rodinhas simpáticas fora de estrada. As pequenas incursões realizadas revelaram que ai, por maus caminhos, a X-ADV (sem ser uma “cabra do monte”) pode revelar todo o seu gigante potencial de puro gozo. 

A Honda pede 11.500€ para retirar das suas instalações esta “pearl glare white”. Por sua vez, os 55 CV e 68 Nm da jovem aventureira da Honda - que como as miúdas interessantes não vai para o céu mas vai a todo o lado - reclamaram 4,2 litros por cem quilómetros de irreverência e personalidade.

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Todos os dias são bons dias para… (VI)

Hoje não é um dia qualquer. É Dia Internacional da Tolerância, Dia Mundial da Filosofia, Dia de Santa Gertrudes e, last but not least, Dia Nacional do Mar. 

Hoje decorrem várias iniciativas em Portugal tendo em vista mostrar a importância do mar para a economia e para o desenvolvimento nacional. O mar assume uma importância estratégica para Portugal, sendo um sector vital para a economia portuguesa e para o produto interno bruto (PIB). De acordo com dados divulgados em 2013, o mar português dá trabalho a 100 mil pessoas e representa uma riqueza anual de 8 mil milhões de euros. 

A celebração do Dia Nacional do Mar teve origem na "Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar", que entrou em vigor a 16 de Novembro de 1994. Portugal ratificou o documento em 1997. Esta convenção é fundamental pois é a partir dela que são estabelecidos, entre outros, os limites marítimos inerentes à Zona Económica Exclusiva e à Plataforma Continental. 

Portugal é um país fortemente ligado ao mar, ficando marcado para a posterioridade como o país dos Descobrimentos marítimos. 

Todos os dias são bons dias para andar de mota. Celebremos. No seu dia nacional, hoje teremos mais um dia em modo "verão de São Martinho". Celebremos então. Com um passeio de mota junto ao azul do mar. Se possível, de cabelos ao vento.

domingo, 12 de novembro de 2017

RoadMiles Sul: suave outono

Na passada primavera, nascia entre nós um novo conceito de mototurismo: RoadMiles, percurso de navegação a roadbook, podendo ser efectuado a solo ou em pequenos grupos, com o objectivo de realizar num só dia as 300 ou 500 milhas propostas; percurso este escolhido criteriosamente pela organização, em função da sua beleza paisagística, histórica e cultural. A primeira edição do RoadMiles, um sucesso instantâneo, decorreu na zona centro e pode ser recordada aqui (link), aqui (link) e até aqui (link). 

Já em pleno Outono, o Rui, o Luis e o Jorge decidiram convocar todos os “roadmilers” para rumar a Sul. E como a sorte protege os audazes, as dezenas de mototuristas que aceitaram o desafio, reencontraram o tempo primaveril que nos tinha acompanhado pela outrora verdejante região centro de Portugal. 

Já sabemos, o Roadmiles não é para todos mas apenas para aqueles que amam verdadeiramente andar de mota; e depois do acolhimento na noite de sexta-feira no excelente Balaia Golf Village, junto a Albufeira, a manhã de sábado começou bem antes do sol nascer. 


Sol a bater nos retrovisores da Honda CRF 1000L Africa Twin (versão caixa de velocidades século XX) enquanto rumava à Ponta de Sagres para umas fotos, foi uma das imagens que retive deste RoadMiles Sul. 

Se esta primeira madrugadora centena de quilómetros, pelo coração do litoral algravio, não impressionou os mototuristas, tudo mudaria a partir daqui com novo rumo: Norte pela N268. 

Ultrapassada que foi Vila do Bispo, nunca mais tivemos sossego. Foi um sumptuoso banquete pelas melhores estradas do Algarve e até do Baixo Alentejo. Um exemplo: conhecem o troço da N267 entre Monchique e São Marcos da Serra? Não? Nunca precisaram de lá passar, certo? Pois não imaginam o que perdem. É este um dos trunfos do Roadmiles, dar-nos a conhecer algumas das nossas melhores estradas perdidas nas “traseiras” do nosso Portugal. 

O desafio decorreu de forma perfeita com gente animada e motivada para cumprir os seus objectivos, como podemos constatar em CP2, Ameixial, no coração da Serra do Caldeirão, pontuada por um dos melhores troços da clássica N2. O Roadmiles também é isto, cada qual traça o seu “goal” sendo que este passa pela superação pessoal. 

Se fomos para a estrada sem sol e este beijou, ao nascer, os nossos espelhos, agora que era tempo de regressar ao “Quartel General”, o sol caia lá no Ocidente deixando aquele dourado do Sul nas nossas memórias. 

O Roadmiles para além de desafio e superação pessoal é um excelente produtor de boas memórias. A “loucura” da Regularidade foi ganha, nas 300 milhas, pelo Team Triumph (Luis Silva e Filipe Mafaldo), acompanhados pela Honda do Jose Gorgulho. Estes rapazes são "irritantemente" regulares, ao ponto dos erros de navegação se aproximarem do zero. Já nas 500, Tiago Mendes e a sua Yamaha formaram o conjunto mais regular 

O Roadmiles nasceu este ano e promete crescer em 2018. Reservem já o fim-de-semana de 14 e 15 de Abril para uma visita às melhores estradas da zona norte de Portugal. 

NOTA (também pessoal): Este texto, ou um idêntico, só é possível porque aceitei o convite da MOTOCICLISMO para rumar a Sul. Fiz um esforço enorme, por motivos profissionais, para aceitar estar presente na segunda edição do Roadmiles. É com muita pena, muita mesmo, que ele não passa deste Blogue. A vida é isto…, não é por acaso que o velho Churchill está omnipresente neste Escape: “o sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder o entusiamo”.

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Mais mudanças ou uma caixa completa

Primeira: é oficial, a comunicação social - falamos de motociclismo, obviamente - está definitivamente a mudar. 

Segunda: alguém, do qual não memorizei o nome – peço desculpa – abespinhava-se há uns dias na página FB (link) que suporta este Escape que…, sim senhora, o mesmo é muito bom mas é patrocinado. Errado! Aqui não há publicidade. Aqui há apenas paixão. Paixão que rima com “quem me dera ser patrocinado e estar neste momento em Milão”. 

Terceira: este Escape humilde é, mas não é parvo. E, aqueles (poucos, eu sei) que estiverem atentos aos detalhes, reconhecerão que aquilo que tem sido feito por aqui, e na tal página de FB citada, tem vindo a influenciar algumas das coisas que vão sendo apresentadas por ai de forma diferente. 

Quarta: temos um novo meio! Eu não disse que estávamos a mudar? Motopt (link). O site (ou a pagina – não faço ideia como querem ser chamados) que se assume como “uma equipa de sonho” defende que “as motos são muito mais que uma paixão para nós, são um estilo de vida” e que “(…) dará diariamente a melhor e mais completa informação sobre a moto, na sua vertente de comércio e industria, desportiva e de culto” (link). 

Quinta: feito por alguns motociclistas de longa data, entre eles o meu querido amigo e compagnon de route Marcos Leal, não espero mais do que o melhor entre o que se faz “em rede”. Para mim a fasquia está elevadíssima. Enrolem o punho! 

Sexta, a fundo. Alguns comentários que li, na “rede social do lado, a este post (link) são absolutamente lamentáveis. Não vou responder diretamente. Somos motociclistas. Supostamente gente inteligente, mais inteligente. Gente liberal e arejada. Gente solidária e respeitadora. Gente que se assume apaixonada e com um estilo de vida - como se viu acima. Consumam pois informação nossa. Feita por nós. Em português. Partilhem, comentem e divulguem. Paguem, se for o caso por tal informação. Suportem. Apoiem. Sejam exigentes. Sejam honestos. E andem de mota…

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Limalhas de História #46 – 6 de Novembro de 2011

Bicampeão (1990 e 1991) nas 125cc (Honda). Campeão (1998) nas 250cc (Aprilia). Doze temporadas entre 500cc e MotoGP, sem títulos e com apenas oito magras vitórias. Vinte e dois anos é muito tempo? Não sabemos, mas tudo tem um fim… 


Faz hoje exactamente seis anos. Gran Premio Generali de la Comunitat Valenciana, última ronda da Temporada 2011. Aos comandos de uma Ducati, Loris Capirossi despede-se da Velocidade ao mais alto nível. E nesta “última valsa” troca o seu eterno dorsal #65 pelo #58 do malogrado Marco Simoncelli. Emocionante!

sábado, 4 de novembro de 2017

Será este o último número da MOTOCICLISMO?

Aqui está um texto que nunca pensei vir a escrever. Mas…, de nada vale esconder a cabeça na areia. 

O Escape sabe que este pode mesmo ser o fim. Jornalistas e colaboradores não estão a ser pagos. As máquinas estão paradas. Os mais atentos já terão reparado que o on-line não está a ser actualizado. Dezembro de 2017 será o primeiro mês sem MOTOCICLISMO nas bancas desde o distante Maio de 1991. 

As causas que aqui nos conduziram são múltiplas e de ordem diversa. Porventura, não será este o tempo para discutir o assunto. Este é o tempo de enviar um forte abraço a todos os meus amigos que com elevado esforço e dedicação têm levado a revista às costas nestes últimos meses (anos!!). 

Com maior ou menor dificuldade a MOTOCICLSIMO, e o grupo que a editava, ultrapassou a pior fase da crise económico-financeira. Paradoxalmente, ameaça cair quando o Mercado das maquinas que amamos vive um momento absolutamente áureo que só não bate os gloriosos anos 90. Como tal este é também o tempo de apelar ao esforço de todos, nomeadamente marcas e leitores, para que seja possível salvar este ícone da comunicação social especializada.

Não há muito mais a dizer neste momento. Um momento, muito, muito triste.

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Pela “Route des Grandes Alpes” (VIII)

A sétima jornada da viagem foi de sossego e descanso, como puderam ler aqui (link). 

Com um último delicioso expresso italiano e os olhos no Maggiore despedi-me da bela Itália. 

O dia começava com o regresso fugaz a estradas helvéticas e a passagem pelo pouco interessante, em termos de condução, Simplonpass. A descida para Brig convidada a esquecer o roadbook e rumar novamente ao diamante das estradas apaixonantes (link). Não era possível, havia que seguir as águas cristalinas do rio Ródano e apreciar aquele vale sumptuoso do cantão suíço do Valais. 

Brig, Sion e Martigny depressa ficaram para trás. A despedida helvética fez-se no magnífico Col de la Forclaz. As boas vindas aos alpes franceses foram me dadas pelo Col de Montets já no “Département de la Haute-Savoie”. 

Foi um dia solarengo, rápido e fácil que permitiu um almoço tranquilo na bela estância francesa de Chamonix que mira cá de baixo, temeraria, o imponente Monte Branco. Um dos dias mais tranquilos desta incursão alpina. Descobrir e percorrer a “Route des Grandes Alpes” começava “já amanhã”.
Site Meter