terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Pela “Route des Grandes Alpes” (IX)

Esta estória (link) já vai longa, eu sei. Mas na verdade só agora chegamos ao "olho do furacão".

A “Route des Grandes Alpes” é uma invenção humana, um itinerário turístico composto por diversas estradas ou trechos de estradas. Cerca de 720 quilómetros que riscam os Alpes franceses de norte a sul. Lá pelo meio vamos encontrar dezassete cols (passagens de montanha), seis deles acima dos 2000 metros de altitude. Partindo de Thonon-les-Bains, nas margens do charmoso lago Léman, conduz o viajante a beijar o Mediterrânico em Nice – num acumulado de 17000 metros de desnível.

Neste primeiro dia decidi trocar as voltas ao mapa e percorrer parte da “Route des Grandes Alpes” de sul para norte. A aposta viria a revelar-se acertada. 

Após uma noite de chuva copiosa a manhã apresentou-se fresca mas limpa, e o asfalto seco. Que maravilha! 

Deixando a charmosa Megève e a pitoresca Flumet para trás…, “voilà, enfin le Route des Grandes Alpes”. Col des Aravis, a bela Le Grand-Bonard e Col de la Colombière serviram de delicioso aperitivo para o que viriam a ser os próximos dias. 

Estradas bem desenhadas com asfalto de qualidade como palco; suaves encostas alpinas e enormes montanhas a nos fitarem lá do alto como cenário; milhares de motociclistas como protagonistas desta história. A “Route des Grandes Alpes” não desiludia, pelo contrario satisfazia e de que maneira. 

Este foi mais um dia calmo e curto para saborear bem “todos os bocadinhos”. Do “la Colombière” foi tempo de descida vertiginosa para Taninges e subir o Col des Gets - que se assume como a primeira, suave, passagem de montanha para quem arranca para esta viagem no seu início, isto é, Thonon-les-Bains. 

Como Thonon e as margens do lago Léman já eram por mim conhecidas (link) a opção aqui foi a visita às Gorges du Pont-du-Diable, uma sucessão de gargantas no rio Dranse e a escalada dos Col´s du Grand Taillet e de Trechauffe que permitem vistas quase aéreas das margens sul do Léman. 

O regresso a Sallanches fez-se pelo percurso mais rápido. A meteorologia apontava nova chuvada copiosa para o início da noite e o dia seguinte era de “etapa rainha”.

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