quarta-feira, 31 de maio de 2023

Royal Enfield Super Meteor 650 à prova

Há quem diga, o melhor que levamos desta vida são momentos absolutamente gratuitos. Um sorriso, um abraço, uma brisa no rosto, o sol de fim de uma tarde de verão, um cheiro que nos remete para infância ou para algo muito nosso, muito familiar. 

Foto: Gonçalo Fabião

É de facto um luxo ser livre. Um luxo não ter de escrever só porque sim ou porque o patrão manda. Um luxo não ter de escrever o que a marca “sugere”. Ser livre. Um luxo. Não é para todos. E por vezes até é bom esperar uns dias para escrever o texto de uma moto que já conhecemos faz um par de semanas. 

Foto: Gonçalo Fabião

Lugares comuns e lamechices várias à parte, a memória que levo para sempre desta Super Meteor 650 é mesmo a primeira memória que ela me ofereceu. Tocar, sentar, colocar a trabalhar, cheirar, engatar a primeira velocidade e suavemente sair da garagem para a rua. De repente: colocar os pés no sítio deles – práfrente - e…, uauuuuuaaaaaauuuuu, modo túnel do tempo activado para 1992, ano em que tive a minha primeira moto, a XV 250 da Yamaha, conhecida por todos como Virago-dois-e-meio. Os dias em que tive a Royal Enfield Super Meteor 650 ao meu dispor foram dias de recordações e sorrisos profundos, das tais melhores coisas da vida, dizem. 

Foto: Gonçalo Fabião

Reforçamos que os detalhes técnicos foram abandonados neste blogue. Todavia não podemos deixar de escrever que esta Super Meteor do século XXI tem um ponto de partida. O suave e eficaz motor bicilíndrico paralelo - 648cc, 47cv, 52Nm - que equipa outras motos da marca, nomeadamente a Interceptor e Continental GT. Este, o motor, é acoplado a um novo quadro e braço oscilante sendo o conjunto amortecido por material Showa - na frente uma curiosa forquilha invertida – e parado por material da família da famosa Brembo. 

Foto: Gonçalo Fabião

A Royal Enfield Super Meteor 650 tem uma linha de cruiser clássica que se confirma enquanto ser em si quando saltamos, literalmente, para ela. Assento baixo e confortável, guiador na posição certa, instrumentos clássicos no entanto modernos onde faz muita falta um conta rotações e charmosos botões rotativos, concorrem para que qualquer um se sinta incluído na estrada e no motociclismo, ao mesmo tempo que saboreia uma pitada de um tempo onde tudo se passava menos depressa. 

Foto: Gonçalo Fabião

E é esta a magia da Super Meteor 650. De motor redondo e transmissão aveludada, abradamos naturalmente, pois somos açoitados pelo vento na cara e desfrutamos dos elementos. A única coisa que eu alteraria aqui são os pneus. Cumprem, todavia uma borracha de maior qualidade deixará qualquer um com vontade de aproveitar a surpreendente eficácia de um conjunto que está pensado para bem mais do que um mero “passeio na marginal”. 

Foto: Gonçalo Fabião

Como tal, apesar da sua natureza de cruiser, a Royal Enfield Super Meteor 650 pode e deve ser levada pela estrada fora. Para isso contem com os acessórios da marca e até uma versão turística desta mesma moto caracterizada por alguma protecção aerodinâmica, banco mais confortável e encosto para o passageiro. 

Foto: Gonçalo Fabião

Cores e especificações? Façam o favor de ter a "canseira" de clicar aqui (link) por favor e dirigirem-se ao site da marca em Portugal. Resta a este ESCAPE acrescentar que esta Super Meteor 650 Astral Green que tão bem cheira e sabe a Royal Enfield, solicitou uns parcos quatro litros do liquido inflamável dos nossos sonhos, por cada cem quilómetros de sorrisos no rosto, solicitando a marca uma transferência bancária de 7.647€ para que o vosso verão seja ainda mais feliz.

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