segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Triumph Bonneville Speedmaster à Prova

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O ano passado, mais ou menos por esta época do ano, tive o prazer de Provar durante uns dias a Triumph Bonneville Bobber, uma moto que me alimentou a alma de uma forma extraordinária, como podem ler aqui (link). 

A Bobber é ainda aqui chamada porque esta Bonneville Speedmaster partilha alguns elementos com aquela sua irmã, a saber: motor (ainda que “arredondado”), quadro, transmissão, suspensões e alguns detalhes como o cubo da roda traseira com aspecto de travão de tambor, os guarda-lamas em aço e a caixa da bateria. Já o duplo disco na roda dianteira é herdado da nova Bobber Black, corrigindo desta forma um aspecto que mereceu, para alguns, nota menos na Bonneville Bobber 2017. 

Mas com alguns subtis toques a Speedmaster afasta-se claramente da sua mana. O sub-quadro traseiro que permite montar lugar para o passageiro, o farol dianteiro (DRL) com carcaça do ripo “nacelle” (um dos elementos mais marcantes das clássicas dos aos 50 e 60) e, sobretudo, a colocação dos “estribos” numa posição que permite “pés-pá-frente” tal como a montagem de um guiador do tipo “beach bar”, isto é, inclinado para trás.

Estes dois últimos elementos concorrerem para a natureza descomprometida e descontraída da Triumph Bonneville Speedmaster, natureza essa confirmada quando ligamos o motor e ouvimos o rouco ronronar. Engatada primeira, soltada a embraiagem docilmente assistida, tudo flui com elegância e suavidade assim que nos habituamos (rapidamente) à posição de pés e mãos.

Com dois modos de condução (Road e Rain), a Speedmaster revelou-se uma Cruiser clássica e romântica, que convida a sossegados passeios à beira mar ou rumo ao pôr-do-sol. Uma verdadeira “moto de marginal” - marginal, a estrada, entenda-se – que veio mesmo a calhar para ilustrar esta (link) serie de textos e deambular pela mítica (sim, esta sim, é mesmo mítica) Estrada Nacional 6 - para ler mais tarde aqui neste ESCAPE.

Suspensão traseira um pouco seca, espelhos bonitos mas ineficazes e um lugar de passageiro demasiado exíguo para o tamanho de certos “backside”, são aspectos menos positivos. Tudo amplamente compensado quando decidimos despir a pele de cordeiro à Speedmaster e colocamos os 106 Nm de binário máximo no asfalto (logo às 4000 rpm) no asfalto. 

Tal como a Bobber, a Triumph Bonneville Speedmaster desperta atenções, alimenta a alma e afaga o ego de quem a conduz. Tudo com uma economia deslumbrante. Foram gastos apenas 4,3 litros daquele líquido com cheiro forte e inflamável que tanto prazer nos dá gastar por cem quilómetros de brisa no rosto. A Triumph Portugal solicita-vos um cheque de 14.600€ para levarem uma delícia destas convosco.

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