segunda-feira, 25 de maio de 2020

Do que falamos quando falamos na Indian Motorcycle


1887. George M. Hendee funda uma empresa de fabrico de bicicletas com o nome de Hendee Manufacturing Company. As bicicletas levavam nomes que se queriam emblemáticos como Silver King, Silver Queen e American Indian. Esta última acabaria mesmo por dar o nome à companhia. 

No inicio do século XX Hendee contratou Oscar Hedstrom para construir motociclos a gasolina. Em 1901 é inaugurada a primeira fábrica da empresa, no centro de Springfield, Massachusetts. A primeira moto da Indian Motorcycle foi vendida ao público em 1902 e mais tarde, nesse mesmo ano, uma Indian vencia a prova de resistência que ligava Boston a Nova Iorque - na sua estreia absoluta em competição. 

Já depois de em 1906 ter nascido a primeira moto de competição de fábrica com motor bicilindrico em V, a década de 1910 foi rica em inovação e avanços tecnológicos para Indian Motorcycle: forquilha dianteira com mola, bomba de óleo automática, caixa de transmissão de duas velocidades, plataformas para colocação dos pés, manivela de arranque, braço oscilante como sistema de suspensão, sistema de arranque elétrico, luzes elétricas e o lendário motor de 1000cc powerplus, surgem como farol tecnológico. 

Em 1911 a Indian consegue a proeza de vencer o Sénior TT na Ilha de Man por Oliver Godfrey com uma média de 76,7 km/h. Com uma equipa de fábrica a Indian arrebata mesmo os três lugares do pódio.

Em 1916, o co-fundador George Hendee renunciou ao cargo de presidente da empresa. Em 1917 os Estados Unidos da América entram na Primeira Guerra Mundial. Grande parte do labor da Indian passa a ser no sentido do esforço de guerra. Em 1920, foi apresentada a primeira Indian Scout. À Scout seguiu-se a Chief (1922), a "best-seller" Big Chief (1923), a Prince (1925) e após a compra da empresa Ace Motor Company, a Ace (1927). 

Foi apenas em 1923 que a empresa alterou o seu nome de The Handee Manufacturing Company para The Indian Motocycle Company. No início da década de 1930, a queda da economia retraiu a venda de motos. Ainda assim a empresa apresenta o motor invertido (exhaust over intake – EOI). 

Na década de trinta, 1937, Ed Kretz venceu o primeiro Daytona 200, com uma Indian Sport Scout preparada para a competição. Um ano depois, um clube da Indian sediado na cidade de Sturgis (Dakota do Sul) e que se chamava Jackpine Gypsies, organiza uma corrida que se intitulava Black Hills Classic. Foi esta que deu início ao carismático Sturgis Motorcycle Rally. 

Entre 1940 e 1945, a Indian Motorcycle volta a centrar todos os esforços em dar o seu contributo na causa dos Aliados, na 2ª Guerra Mundial, primeiro a fabricar motos para o Governo Francês e, a partir de 1941, a produzir o modelo 841 para o Exército Americano. Durante este período, muito poucas unidades foram fabricadas para os consumidores. Mais tarde, a equipa Indian Motorcycle Wrecking — composta pelos pilotos Bobby Hill, Bill Tuman e Ernie Beckman – é formada no final dos anos 1940 e início de 1950 e começam a dominar tanto as corridas de asfalto como fora dele.

Em 1950, Ralph B. Rogers substitui John Brockhouse na presidência da Indian Motorcycle Company. Três anos depois, a Indian Motorcycle Manufacturing Company cessa as operações e a produção de todos os modelos.

Em 1955, a empresa Brockhouse Engineering adquire os direitos do nome Indian Motorcycle e começa a vender modelos importados da Royal Enfield, mas alterando-lhes o nome para Indian Motorcycle. O demais seculo XX foi uma sombra do que tinah sido para a Indian.

O cenário apenas se alterou para a Indian Motorcycle em 2008, quando a Stellican Ltd., uma empresa de capital privado, sediada em Londres, comprou os ativos da Indian Motorcycle e abriu uma nova fábrica em Kings Mountain, Carolina do Norte. Começaram por produzir um número muito modesto das Indian Chief com motor em V de 105”, entre 2008 e 2011. Finalmente em Em 2011, a Stellican vendeu a Indian Motorcycle à Polaris Industries. 

Bem-vinda a este ESCAPE Indian Motorcycle. 

NOTA: este ESCAPE preza a transparência e a honestidade. As boas práticas ordenam sublinhar que este texto vai em boa parte adaptado do que vai aqui escrito (link).

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