E que tal desta vez começar pelo fim? Querem muito saber já, já, se gostei ou não da nova 1250? Eu respondo. Mas prometem ler o resto do texto? Pronto…, ok, então eu respondo. Não gostei da BMW R 1250 GS. Simplesmente, amei!
PRIMEIRO DESTAQUE: EQUILÍBRIO
Mas a inicial grande surpresa surge quando engrenamos a primeira velocidade e soltamos lentamente a embraiagem. A nova 1250 revela de imediato uma posição de condução correta e um equilíbrio incrível – naturalmente nascido do baixo centro de gravidade oferecido pelo boxer – que faz parecer mentira que estamos a dominar uma moto com cerca de 250 Kg (deposito cheio). Aliás, tudo é tão fácil e mesmo familiar nos primeiros momentos – e curiosamente não é a primeira vez que sinto isto numa BMW – que fiquei com a nítida sensação que mesmo um motociclista de experiência, digamos, limitada, vai sentir alguma facilidade nos seus primeiros momentos de Gelände/Straße.
Mas a prova à BMW R 1250 GS não foi uma prova qualquer. Os dias em que tive a moto ao meu dispor coincidiram (acaso feliz) com o Roadmiles Alentejo (link). Este cenário juntamente com a minha utilização diária e umas tímidas investidas no “G” (Gelände – fora de estrada) constituíram o terreno perfeito para uma prova adequada.
Sejamos honestos. O fora de estrada não é a minha praia nem é a praia da 1250 GS. Não me adaptei na primeira tentativa – ao ponto de imaginar que o “R” no traseiro A41 da Bridgestone fosse referência a pneu diferente – e na segunda (estradão largo) apesar da brutal eficácia da suspensão em modo Dynamic (ajusta automaticamente de acordo com a carga e aos diversos tipos de terreno e uso) também não me senti totalmente confiante. Notem, eu sinto que a BMW R 1250 GS tem potencial para o fora de estrada mas lá..., para rodar o punho e tirar partido de todo o soberbo conjunto, será preciso “unhas para tocar tal guitarra”.
NA ROTA DA PERFEIÇÃO
Se acham que estou a exagerar nas palavras é porque ainda não tiveram o prazer, como eu tive, de conhecer a nova BMW R 1250 GS. E digo mais. Não vale a pena inventar pontos negativos ou mesmo menos positivos. Há algo que não me agradou, sim. A dureza do selector de caixa obriga ao uso de calçado apropriado para a condução de motociclos. Mas a verdade é que os motociclos foram feitos para serem conduzidos com calçado adequado - e não para teimosos como eu que nem sempre andam equipados da forma mais rigorosa.
CONSUMO E PREÇOS
Estes dias de prova à BMW R 1250 GS terminaram assim cedo demais, tendo esta verdadeira referência do segmento gasto uns parcos 5,2 litros daquele liquido inflamável de que tanto gostamos por cada cem quilómetros de condução luxuriante. A BMW Motorrad Portugal reclama 17.746€ como preço base desta R 1250 GS.
É longa a lista de extras e acessórios que equipavam a moto provada, a saber: Pack Comfort 570€, pack Touring 1.655€, pack Dynamic 1.050€, sistema de alarme anti-roubo 250 €, chamada de emergência 380€, style HP 725 €, kit de passageiro 275€, top-case vario, com encosto para o passageiro 646€, malas laterais vario, com chave codificada 821€, ponteira de escape Akrapovic 1.283€, sistema Navigator VI 799€, protecções de motor 372€, vidro escuro 305€. O valor total da unidade provada ascende assim a 26.877€ ao qual acresce ainda despesas de preparação e legalização no valor de 590€.
Então mas essa GS está com o mesmo preço da 1600 GT ?
ResponderEliminarEstou inclinado para comprar a nova BMW R GSA 1250 hp e será que me pode dizer se vale apena ter como extra o escape akrapovic? Trará mais benefícios a moto ou acha que é um extra desnecessário?
ResponderEliminarAbraço e obrigaro
Viva caro "Unknown" :) Bom..., desnecessário não será, obviamente. Se fosse desnecessário a marca não o disponibilizaria. Todavia, não sei se consigo responder à sua questão porque não provei a moto sem tal escape. O que posso dizer é que sendo a moto para mim, eu optaria pelo escape extra pois tem uma sonoridade deliciosa... ;)
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