quarta-feira, 20 de maio de 2015

BMW Motorrad Riding Experience (II)

Não querendo fazer deste dia uma never ending story, devo cumprir o prometido aqui (link).

Como disse, ao início da tarde foi tempo para a “road exprience”. Uma já seria bom, duas – devido a ausência de última hora de um outro inscrito – foi excelente. E nesta “road exprience” tínhamos oportunidade de percorrer algumas das fantásticas estradas que beijam a apaixonante Serra de Sintra, num percurso com cerca de quarenta e cinco minutos.

A minha primeira escolha foi para a K16100GT. Nunca tinha conduzido o topo de gama da marca da hélice e era com gigante expectativa que esperava este momento.

Depois da habitual e necessário primeiro contacto estático com a moto, foi com uma indiscritível sensação de familiaridade que arranquei com este monstro…, “credo, esta mota sempre terá sido minha?!?”

Apesar do seu porte imperial, a K1600GT não oferece dificuldades a uma rapidíssima adaptação, aos motociclistas mais experientes, pelo menos aos habituados a viajar em “primeira classe”. A panóplia digital, com destaque para as sumptuosas suspensões eletrónicas, deslumbra “ab inicio”. Assim que em andamento a manobrabilidade choca e espanta pela tamanha simplicidade. O peso depressa deixa de ser um problema, passando a ser parte da solução, contribuindo para uma estabilidade digna de rainha do asfalto. Desgostei apenas do motor, ou melhor, da forma como nos oferece os cento e sessenta cavalos. Todavia admito, sem questão, que tal se deve à minha enorme empatia pelos motores em V – melhor, à forma como estes nos oferecem a distribuição da potência e, sobretudo, do binário, face aos cilindros em linha. Adorei. Sem favor, a K1600GT é uma moto, por certo, fantástica para ir ali almoçar ao Hermitage ou passar o fim-de-semana a Budapeste – não, não estou de todo a exagerar.

A minha primeira escolha foi para a K1600GT, dizia-vos. Primeira e única. Depois desta tive oportunidade de voltar a fazer o mesmo percurso – sempre na sombra da liderança perfeita do instrutor António Gomes – na F800GS Adventure. Num ápice…, perdi quatro cilindros, 800 centímetros cúbicos e muitos quilos de peso. Terei ganho algo com tanta perca? Não posso (devo) colocar a questão desta forma. A F800GS Adventure revelou-se simples, rápida, muito bem a travar, a curvar e a sair disto tudo com grande eficácia. Impressionou-me particularmente um momento: aquando da rápida troca nas suspensões eletrónicas do modo “normal” para “sport”, a moto imediatamente se agarra com mais, e mais, firmeza ao asfalto sintrense. Não é fácil tecer um juízo objectivo acerca desta F800GS Adventure quando nos encontramos num forçado comparativo desta com uma K1600GT. De facto, a enorme roda dianteira, por vezes, não ajuda no comportamento, mas também não será por ai que a escolha terá de cair quando procuramos uma moto leve e versátil. Infelizmente, não foi possível uma, ainda que pequena, experiência fora do asfalto.

Ao final da tarde, mesmo ao cair do pano…, surge a cereja no topo do bolo deste dia magnífico: a experiência em pista.

Oh, meu Deus…, já não será hoje que encerro este capítulo. Prometo que vai valer a pena esperar mais um pouco pelo último capitulo desta história...

[Obrigado Ricardo Infante Neves - motociclista (já) de longa data, pela foto da "oitocentos"]

Sem comentários:

Enviar um comentário

Site Meter