terça-feira, 31 de julho de 2018

A week in a paradise called Portugal (I)


“Porque, enfim, tudo passa; / Não sabe o Tempo ter firmeza em nada; / E a nossa vida escassa / Foge tão apressada. / Que quando se começa é acabada" (Luís Vaz de Camões). 

Tempo. O que é o tempo? Uma ilusão como terá dito um dia Einstein? “Quando pomos a mão num fogão aceso por um minuto, parece uma hora; mas quando estamos sentados ao lado de uma rapariga bonita durante uma hora, parece um minuto”. Não há uma única definição, pacífica, de Tempo. O que todos sabemos, ou devíamos saber, é que o Tempo é o recurso mais escasso de todos. O maior dos luxos. E o nosso maior património. 

Há anos que não tinha tempo para viajar de mota, apenas (ou quase), em Portugal. Aqui, sem sair do cantinho. Quer dizer. Tempo tive. Mas investi-o noutras paragens. E eu já não me recordo bem de quando foi a última vez que apliquei uma semana da minha vida a viajar de mota neste “pequeno paraíso” mototuristico. E a nossa vida escassa…, que quando se começa é acabada. Chega disto. Vamos andar de mota em Portugal!

O guião já tinha sido esboçado há algumas semanas atrás. Ainda antes mesmo da “road trip” à Sardenha e Córsega (link). O objectivo? Um possível best-off de Portugal Continental. Das suas estradas. Montanhas. Planícies e praias. Da sua gastronomia. Os vértices do rectângulo seriam para além de Lisboa, ponto de partida e chegada, a minhota Ponte da Barca, a transmontana Chaves e, por fim ao sul o Sotavento algravio. Pelo meio, um fino risco na cada vez mais clássica Estrada Nacional N2, a ser percorrida na íntegra. Vamos…, venham daí, desta feita em modo relato.

Sexta-feira, dia 20 de Julho. Mota e bagagem no ponto já há algum tempo, foi enfim chegado o momento de rumar a Norte, rapidamente, pela A1. Chegado à Invicta momento de improviso. Em boa hora troquei a programada ida a um dos velhos clássicos locais, a posta na grelha do Assador Típico, por um programa de rua com cerveja fresquinha na mão e petiscos diversos como o delicioso cachorrinho no Gazela da Batalha e a clássica bifana no Conga. A sorte decidiu premiar a minha audácia e brindou-me, no alto Jardim do Morro em Gaia, com um por de sol limpo e espectacular, som a condizer, e mais cerveja fresquinha. Aliás, a música parece ter invadido a cidade, e a noite continuou já na Ribeira ao som de quem por ali vai parando para nos animar. O Porto vive um momento fantástico, animado, limpo e com muita vibração positiva. Merece a nossa atenção. Sempre mereceu. 

[continua…]

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