segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Honda CB300R à Prova

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Sexta-feira, 17h30. Tempo enfim de gozar da tal “liberdade condicional”. Uma moto para entregar algures na zona de Sintra. Que caminho escolher? O mais distante, pois claro. Nem que para isso faças esperar quem te aguarda mais uns minutos. É rumo ao por do sol, porque é motociclismo e ninguém leva a mal. 

Alí no Jamor a descer para a Nacional 6, que todos conhecemos como Marginal, uma Yamaha TMAX 500, a dois, ultrapassa-me antes de chegar aquele cotovelo à direita para mim de terrível memória – um pedaço de estrada onde deixei uma vida numa madrugada de surfada; para alguns dos envolvidos foi mesmo a última disponível. 

Sem saber, aquele casal que se viria a revelar simpático dava o mote para um fim de tarde animado. Lá fomos andando entre o trafego habitual a um ritmo vivo de mano a mano que não chegava ao clássico “picanço”. Semáforo fechado em Paço de Arcos. Era a minha vez de desafiar. Arranco primeiro mas corto gaz demasiado cedo e não consigo fazer o “holeshot”, sendo insolentemente envergonhado com uma abusada ultrapassagem por dentro. Perco o foco e deixo fugir o “piano mega-aspirador”. Mas não desisto. 

Entre Santo Amaro e Carcavelos acontece a provocação verbal. “Qual é cilindrada disso, puto?”. Respondo com três dedos, “trezentos, mas a moto é gira”. Réplica pronta: “mas isso levanta?”. 

“Se isto levanta?!?!”. O que se passa na Marginal fica na Marginal. Sempre assim foi e sempre assim será. Não vou revelar o que se passou a seguir mas…, fomos a rir até São Pedro do Estoril, quando o casal se despede de mim. A historinha é verídica e revela bem a natureza da Honda CB300R: jovem, irrequieta e sedutora!

Em Maio passado este ESCAPE já tinha tido oportunidade de Provar a sua irmã mais nova (link). E esta “Neo Sports Café” nasceu da mesma nobre linhagem. Irrepreensível quadro de aço prensado e tubular, suspensões eficazes e uma travagem rigorosa oferecem uma ciclística segura que nos permite com facilidade esgotar os 31cv e os 28Nm de um motor bem rotativo. 

Numa palavra, o que me fica desta Honda CB300R? A resposta é pronta: algo surpreendentemente, na cidade esta Honda não perde rigorosamente nada em termos de “handling”, dinâmica e facilidade de utilização para uma 125cc. E conquista muito mais segurança devido à ciclística de topo e à maior potência disponível. Cereja no topo do bolo, os decilitros de combustível que gastamos a mais face a uma 125cc são um excelente investimento em eficácia, rapidez e sobretudo divertimento. 

A Honda reclama por esta CB300R Neo Sports Café 2018 Candy Chromosphere Red um interessante valor de 5.100€. Moto que exigiu uns muito satisfatórios 3,4 litros de combustível por cem quilómetros de momentos que nos deixam com um sorriso no rosto.

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