terça-feira, 31 de março de 2020

Projecto Bombêuticos

O ESCAPE teve conhecimento desta bela ideia via BMW Club Motorrad Fans e, obviamente, não deixa de se associar. 


O Projecto Bombêuticos é um movimento de acção Cívica e de Solidariedade que busca a ajuda de motociclistas para entrega e distribuição de medicamentos à população. 

O projecto está a ser articulado entre Farmácias e Corporações de Bombeiros, em diversas localidades. Este serviço permite: fazer chegar medicamentos a quem não pode ou não quer deslocar-se; reduzir o número de pessoas na rua; reduzir a exposição dos nosso farmacêuticos da linha da frente a potenciais contágios. 

Aos motociclistas que queiram participar, serão fornecidos: maquetização da moto e capacete; colete reflector; equipamento de protecção pessoal e desinfectante. Estão também a ser protocolados descontos específicos em combustível. 

Os interessados deverão consultar toda a informação e fazer o seu contacto aqui (link). Solicita-se também a todas as farmácias que pretendam associar-se a esta iniciativa, o favor de contactarem o projecto Bombêuticos pelo mesmo site. A participação de cada um e voluntária e deverá ser coordenada directamente com o projecto Bombêuticos.

segunda-feira, 23 de março de 2020

Há fome nas ruas de Portugal, vamos ajudar os “sem-abrigo”

Nestes tempos incríveis, únicos, impensáveis, o ESCAPE recebeu o seguinte apelo e decide associar-se. O texto não é nosso mas sim do Tó-Manel. Velho amigo, decano motociclista. Ainda há dias dele falávamos aqui (link). A adaptação do texto é nossa. 


A necessidade de ajuda é urgente. Devido ao fecho dos restaurantes e à quarentena, deixou de haver o apoio social aos "sem-abrigo" por parte de outras entidades como a "Refood", bem como de demais instituições de voluntariado. 

O tempo de duração desta campanha de angariação de donativos junto dos Motociclistas e de quem mais se queira a ela juntar, será de duas semanas terminando assim no dia 6 de Abril, altura em que faremos com a instituição um "balanço". Cada um dá o que quiser e pode, sendo que qualquer donativo é muito bem-vindo e sobretudo muito necessário. Quem der 5 euros já está a ajudar. 

A "CASA-Centro de Apoio ao Sem-abrigo" é a instituição nacional de apoio social que nós motociclistas vamos apoiar, na ajuda aos "Sem-Abrigo", nestes momentos tão difíceis. 

Esta instituição tem delegações prestando apoio social em: Albufeira, Cascais, Coimbra, Faro, Figueira da Foz, Lisboa, Madeira, Porto, Paredes e Setúbal. 

A CASA, para além de apoio específico aos "sem-abrigo", com fornecimento de comida feita pela própria instituição e depois distribuída por voluntários de outras instituições como a "Vida e Paz", fornecem apoio alimentar a muitas famílias bastante carenciadas e que nestes tempos aumentam diariamente. 

No mês de Março, no total de todas as delegações, o consumo de principais bens de primeira necessidade foram: arroz 2800kg, esparguete 2470kg, farinha 80kg, feijão 560kg, grão 420kg, massas 1240kg, azeite 350lt, óleo 490lt, atum 195lt, salchichas 530kg, leite 1820lt, polpa tomate 410lt, sal 220kg, açúcar 210kg - para além destes bens alimentares distribuem outros bem como produtos de higiene.  

Podem consultar o site da instituição aqui (link)

Dada a falta de voluntários para a distribuição de alimentos na rua e também devido a uma questão de recolhimento, as entidades camarárias, a "CASA", a "Vida e Paz" e a Santa Casa da Misericordiosa estão a criar centros de acolhimento de "sem-abrigo" em muitos locais como pavilhões desportivos. 

A Instituição a apoiar é pois a "CASA - Centro de Apoio ao Sem-abrigo" sendo o modo de apoio a transferência bancária para conta da "Casa-Centro de Apoio ao sem-abrigo" IBAN: PT50 0036 0344 99100009838 81 Montepio Geral. 

Este IBAN foi fornecido pela instituição. O apoio deve ser feiro para este IBAN e não para qualquer outro, por forma a controlar melhor a campanha.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Eterno Marrocos

Escrevemos muito pouco para o tanto prazer que o motociclismo nos oferece. Escrevemos cada vez menos, aliás. Este blogue é exemplo disso mesmo. E não escrevemos pouco porque “ninguém” lê. Escrevemos pouco porque pouco paramos. Para escrever é preciso parar. Pensar. Ler e reler. Corrigir. Rescrever. Parar novamente. Recomeçar. Dá trabalho. Mas é tão bom… 

Eu não paro. Mas há quem consiga parar. É o caso do meu querido e velho amigo Tó Manel - que já esteve (aqui) numa edição da Tertúlia do Escape. Pela enésima vez pegou na moto e foi parar ao eterno Reino de Marrocos. Escreveu estas linhas, genuínas, numa rede social ali ao lado. Porque ao contrário do Facebook os blogues têm memória, eu pedi-lhe autorização para as eternizar aqui, no vosso ESCAPE – que tanta saudade tenho de fazer. Ora leiam lá… 


Há locais por onde o tempo não passa. Ou só passa por algumas coisas. Marrocos é um desses locais onde o tempo parece que parou. Curioso mesmo é no sul haver mais burcas do as que encontrei nos anos 70, quando visitei o país pela primeira vez de Triumph Tiger 500. [Fui voltando]. Nos anos 80 algumas vezes de Ducati 750GT. Nos anos 90 de Pan European. Na primeira década deste século, de BMW1200ADV. E agora de Africa Twin 1100. 

Portanto, para mim a evolução que sinto quando viajo em Marrocos tem a ver mais com a moto..., de resto, nesta terra na moda nada mudou e tanto elas como eles usam exactamente o mesmo estilo de roupa de há 40 anos... bom, isto obviamente nas cidades e vilas mais pequenas porque nas cidades grandes aí sim sempre se viu alguma modernice dita ocidental. 


Agora, sobretudo atacaram por estas terras muitas empresas de construção. Ah... as primeiras vezes que passei a famosa estrada do Atlas depois de Marrakech era um autêntico pesadelo e exercício de sobrevivência…, estreita e muitas vezes sem alcatrão. Também aí se vem fazendo sentir evolução; na quantidade de vias que eram de terra e agora são asfaltadas; nas auto-estradas que passaram a existir. Uma das vias asfaltadas já há uns bons anos é a que leva de Rissani a Merzouga; da primeira vez que lá fui, a orientação fazia-se pelos postes dos telefones dado o emaranhado de pistas. 

Bom..., houve de facto muita coisa que mudou mas muitas que se mantêm imutáveis como as famosas dunas do Erg Chebi. Já cheguei a fazer quase directas ida e volta de casa até este local para ficar pelo menos um dia e uma noite e depois regressar de "baterias carregadas". Ah... e por norma gosto de o fazer "a solo" com a minha única e boa companhia mais a moto…, desta vez, que bela moto mesmo. Feita exactamente para este tipo de utilização e com uns surpreendentes 4,8l/100km, de casa até Merzouga. 

Outra coisa que não mudou absolutamente nada em Marrocos foram as medinas, os seus odores a ervas e especiarias. E o enorme prazer de beber o extraordinário chá de menta a ver o sol pôr-se no deserto... Há coisas que nunca devem mudar... o prazer único de beber um chá no deserto é uma delas... 

Obrigado Tó. Bebe um “the à lá menthe” por mim, por nós, disfruta e boa viagem!

sábado, 2 de novembro de 2019

X.VILIJORD a grande novidade NEXX para 2020

Segurança primeiro, segurança sempre. Sempre em primeiro. Se o elemento tecnológico mais avançado das nossas motos são os pneus, o elemento tecnológico mais avançado do nosso equipamento é, ou devia de ser, o capacete. E a portuguesa NEXX apresenta uma crescente qualidade superior, como aliás este ESCAPE comprova, quer em viagem, quer em intensiva circulação urbana diária, desde há cerca de ano e meio. 

A NEXX, uma das poucas marcas portuguesas de referência mundial no mercado motociclistico, volta a surpreender. Com cerca de duzentos designs, a nova Colecção 2020 apresenta como enorme destaque o X.VILIJORD, um capacete segmento Adventure, modular, com pala para uso off-road. Na mitologia norueguesa “Vili” surge como um dos Ases - clã de Deuses que residem em Asgard - que ficou conhecido em tal mitologia por ter oferecido à humanidade os dons da emoção e do pensamento. Em norueguês contemporâneo a palavra “jord” significa terra, pó, solo. 

O X.VILIJORD vem reforçar a linha de capacetes premium da NEXX. Projetado para ser versátil e simples, foca no que é mais importante para os exigentes viajantes de aventura. Enquanto a maioria dos capacetes de motociclismo é projetado ou para o uso em estrada, ou para uso off-road, X.VILIJORD colmata a ligação que faltava entre ambos, diz a empresa lusa. 

Destaques são ainda a nova linha de capacetes desportivos em fibra de carboncomo o bem novos e sofisticados modelos citadinos. Características comuns a todos eles são os tecidos e acabamentos de qualidade, os originais detalhes de assinatura, grafismos arejados, cores de vanguarda e acima de tudo, o incessante compromisso da NEXX com a segurança de alta tecnologia e desenho inovador. 

Não basta simpatizar, há que dar força a indústria nacional.

terça-feira, 1 de outubro de 2019

As novidades Honda no Salão de Tóquio

A Honda anunciou os modelos que levará ao muito aguardado 46º Salão de Tóquio, a decorrer de 23 de Outubro a 4 de Novembro. Um dos destaques será a CT 125. Com base na Super Cub. A CT 125 é uma actualização do modelo que ainda é vendido no Japão e deseja oferecer uma ideia de pequena e versátil scrambler. 


A CT 125, ou Trial Cub como alguns lhe chamam, não é uma ideia nova. A Honda tem produzido este tipo de modelos variante Off-Road desde 1964. Não havendo nenhuma pista ainda se a CT125 vem para a Europa, o foco no oitavo de litro sugere que a tremos entre nós em breve. 

Ainda a pensar nos novos ventos da mobilidade, as scooters eléctricas Benly e Gyro também farão a sua estreia no evento. Ambas possuem vocação para pequenos percursos urbanos além do transporte de alguma carga. 

Presentes estarão ainda as novíssimas CRF1100L Africa Twin e Africa Twin Adventure Sports (link) bem como a ADV 150 (link) que todos desejam poder vir a ser disponibilizada na Europa com motorização de 125cc. 

No salão caseiro, o espaço Honda comemora ainda dois momentos importantes. As seis décadas de participação em Grandes Prémios mundiais bem como do nascimento da família CB.

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Ai estão as novas Honda CRF1000L Africa Twin e Africa Twin Adventure Sports

A moto de aventura mais popular da Honda recebe para 2020 importantes actualizações tecnológicas com destaque para um novo motor bicilíndrico paralelo de 1.100 cm³ com homologação Euro5, potência máxima de 75 kW e binário máximo de 105 Nm. Cinco quilos mais leve, apresenta face ao modelo actual 10% de melhoria na relação peso/potência, graças a diversas medidas de redução do peso em áreas chave, incluindo motor, quadro e braço oscilante.  


O Novíssimo ecrã TFT Multi-Informações de 6,5 polegadas também é desataque, inclui protocolo Apple CarPlay® e conectividade Bluetooth, tudo controlado pelo toque dos dedos tal como os quatro modos de condução pré-definidos e dois modos personalizáveis pelo utilizador – permitem alterar e aperfeiçoar parâmetros tais como Potência (P), Travagem do Motor (EB), sistema HSTC de controlo de tração, Controlo Anti-cavalinho e função de ABS em curva. 

É também de sublinhar o Sistema HSTC de controlo de tração, juntamente com função de controlo anti-cavalinho e anti-levantamento da roda traseira, agora todos geridos pela unidade IMU de medição de inércia; o controlo da velocidade de cruzeiro é equipamento de série. 


A CRF1100L Africa Twin deseja ter uma orientação ainda maior para a condução fora-de-estrada. Já a CRF1100L Adventure Sports está ainda mais preparada para as viagens de longa distância – estando também disponível com o sistema opcional de suspensões SHOWA. Ambos os modelos continuam disponíveis com caixa DCT de dupla embraiagem 

A CRF1100L Africa Twin vai estar no mercado nas cores Vermelho Grand Prix Red e Preto Ballistic Metalizado Mate, complementadas as duas por um sub-quadro vermelho. A versão Adventure Sports estará disponível em acabamento Tricolor Branco Pérola Glare – a fazer lembrar a clássica XRV650 original – e em Preto Metalizado Darkness. 

Desde que o modelo foi lançado em 2016, já foram vendidas mais de 87.000 unidades da Africa Twin. Com este conjunto abrangente de actualizações – cujo desenvolvimento envolveu 21 pedidos de novas patentes – a Honda deseja chegar a milhares de novos clientes, partilhando por todos o seu conceito "True Adventure".

domingo, 22 de setembro de 2019

Piaggio MP3 300 HPE à prova


Há alguém por ai que se recorde da minha vizinha – mulher bonita, simpática e inteligente? Ou melhor…, da sorte que eu tive com a vizinha nova que “ganhei” há pouco mais de dois anos? Eu relembro ainda que sucintamente… 

Foi num fim de tarde/início de noite no verão de 2017. A C., chamemos-lhe assim, veio ao meu encontro porque tinha estado uns dias de férias em Barcelona e Paris, tendo ficado boquiaberta com a quantidade de “motinhas”- como ela carinhosamente lhes chama – que tinha visto. 

Umas “motinhas” em especial tinham chamado a atenção de C. Aquelas “fofinhas de três rodas”, mas “como não percebo nada do assunto, o Pedro quer passar depois do jantar lá em casa para tomar um café e me dar umas dicas?” Ui…, de repente sentia ser Natal em Agosto. Ouvia sininhos e jingle bells. E até me cheirava a arroz doce acabado de fazer. Se quiserem conhecer um pouco mais desta bela história é só seguirem esta ligação (link). 

Quando soube que ia ter a Piaggio MP3 300 HPE rapidamente abri o WhatsApp. Entre trabalho, ginásio, compras e saídas com as amigas a C. é demasiado ocupada. Esta seria mais uma vez a minha deixa para passar algum tempo na sua agradável companhia. Procurei uma sugestiva foto da 300 HPE e questionei sarcasticamente: “em tua casa ou na minha?”, questão seguida com os respectivos emojis de quem quer…, enfim…, vocês sabem… 

SEDUÇÃO, PERSONALIDADE E SEGURANÇA 
Tal como quando estamos na presença da C., não é tarefa difícil nos deixarmos seduzir pela Piaggio MP3 300 HPE. Há ali algo de personalidade e segurança que cativa ao primeiro olhar. E tais características iriam ser confirmadas na cidade, mas também na deslocação suburbana permitida pelas qualidades desta renovada Piaggio. 

A personalidade vem de todo o conjunto com destaque para o soberbo eixo dianteiro de duas rodas que todos os abusos de condução em curva permite e também pela vivacidade do motor (278 cc, 26 cv e 26 Nm) que surpreende ao nos colocar em velocidades acima do limite legal de forma muito rápida e linear. 

A segurança (máxima segurança) é consequência disto tudo. Arranque de semáforos que nos fazem sentir a saltar de uma grelha de partida potenciados pelo sistema de controlo de tração ASR (Acceleration Slip Regulation) - muito útil em situação de piso degradado ou falta de qualidade do asfalto -, saídas rápidas daquelas situações de perigo em que os automobilistas tanto gostam de colocar uma scooter, travagem soberba cortesia dos três discos de travão que podem ser accionados de forma combinada a partir de um pedal. 

CHARME E ECONOMIA 
Personalidade e segurança concorrem assim para o dinamismo que hoje o trânsito das cidades solícita e também para o conforto das deslocações suburbanas, ou, quem sabe ainda para um passeio bem agradável por praias e campos dos arredores das cidades. 

É verdade! Foram dias bem catitas os que passei com a Piaggio MP3 300 HPE. Deixei-me seduzir por ela como me deixo seduzir pela C. E para todos ficarmos felizes, também a C. se deixou seduzir por esta nova proposta da Piaggio que solicitou pouco mais de três litros e meio daquele derivado do petróleo essencial à nossa sanidade mental por cem quilómetros de charme espalhado por ai. A C. vai ter de desembolsar 7.100€ por esta versão Sport da MP3 300 HPE.

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Limalhas de Historia #80 – algures em 1922

Faz hoje exatamente noventa e sete anos. Não faz nada. Estou a brincar. Mas vamos fazer de conta que sim, pois o Bol d’Or de 2019 está prestes a partir. Vaujours, Clichy-sous-Bois e Livry-Gargan, hoje pequenas localidades situadas no nordeste de Paris, a grande capital francesa, recebiam a primeira edição de uma das mais notáveis corridas de motos dos nossos dias. 


Tony Zind e a MotoSacoche limpam a primeira edição – haveriam de fazer o mesmo no ano seguinte já em St. Germain-en-Laye. E conta-nos o jornalista Luís Carlos Sousa: tal como outros heróicos pioneiros da época, Zind (que era francês de Lyon e não suíço, como aparece referido em muitos locais, talvez por a moto ser suíça) venceu num tempo em que as pistas eram em terra batida e com uma moto de quadro rígido (sem suspensões traseira) e em que cada máquina era conduzida por um único piloto - regra que se manteve até 1953. Nesses primeiros anos eram permitidas quatro horas de descanso, repartidas por períodos de uma hora, mas Tony Zind não parou. Em 1923, ano a que remonta esta foto, percorreu 1400 quilómetros. No ano passado a FCC-TSR fez cerca de 3960 quilómetros rumo à vitória. Bem repartido por Di Meglio, Foray e Hook, dá 1320 km a cada um... 

O Bol d’Or de 2019 pode ser acompanhado no EUROSPORT 2 já amanhã, sábado, das 13h45 até às 23h30 e também domingo das cinco da madrugada até às 14h30. São mais de dezoito horas de transmissão em direto.

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Limalhas de História #79 – 16 de Setembro de 1990

125cc, Loris Capirossi, Italia, Honda, vence e sagra-se o campeão mais jovem de sempre na categoria. 250cc, John Kocinski, EUA, Yamaha, bate a Honda do espanhol Carlos Cardús e vence o título na classe intermédia. 500cc, Gardner e Doohan, dois australianos da Honda, travam batalha épica com Rainey e Lawson, dois norte- americanos da Yamaha, batalha vencida pelo Wayne australiano na consagração do título mundial do Wayne norte-americano. 


Faz hoje exactamente vinte e nove anos. Australian Grand Prix. Phillip Island Circuit. Vitoria. Austrália. Vivemos um dia inesquecível e um dos mais espectaculares Grandes Prémios da história. Prova que encerrou uma época marcada, por um lado, por alguns acidentes “provocados” pelos alienígenas motores V4 a dois tempos e, por outro, pelo início da era Rainey com a Marlboro-Yamaha

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Motorcycle Pool Party 2019


Podem ir escolhendo a vossa melhor sunga ou bikini. No próximo sábado, 14 de Setembro, teremos em Lisboa trinta graus à hora do evento (a partir das 15h.) e um mergulho refrescante entre duas cervejas geladas vai saber pela vida. 


Pelo terceiro ano consecutivo o Lisbon Motorcycle Film Fest vai juntar amigos e motos à volta da piscina do Lisbon Marriott Hotel com a promessa de não faltar boa música e muita animação. Os Catman and The Blues Doozers vão tocar e algumas motos estarão expostas – com destaque para a nova R1250 RS da BMW. A Motorcycle Pool Party 2019 será ainda a ocasião para anunciar as datas da 5ª edição do LxMFF. No exterior podem encontrar um parque de estacionamento exclusivo para motos, no entanto lugares não faltam nas imediações do hotel. 


A entrada é livre, mas limitada à lotação do espaço. E quem quiser chegar mais cedo, poderá ainda usufruir do Pool Brunch do Marriott (para mais informações e valor por pessoa, contacta o Lisbon Marriott Hotel). A recomendação aqui é da sempre: não esquecer, por favor, de cortar a unha do pé.

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Husqvarna Svartpilen 701 à prova

Eis aqui este sambinha feito numa nota só 
Outras notas vão entrar, mas a base é uma só 
Esta outra é consequência do que acabo de dizer 
Como eu sou a consequência inevitável de você 

Svartpilen. Que é como quem diz flecha negra. Flecha negra feita de uma nota só. Quem é como quem diz um único cilindro dos grandes com quase, quase os tais setecentos e um inscritos no deposito. Dizem, o maior monocilindro atualmente em produção. 

Outras notas vão entrar, mas a base é uma só. E a base é a soberba KTM Duke 690 que oferece motor (74 CV), quadro e braço oscilante a um exercício de estilo tão polémico como atraente, ao qual se junta uma posição de condução que roça a perfeição. Consequência do que acabo de dizer: alguém com a minha estatura, cerca de metro e oitenta, funde-se em uníssono com a moto ao primeiro abraço. Como no sambinha, tornamo-nos imediatamente consequência inevitável da flecha negra. 

Quanta gente existe por aí que fala tanto e não diz nada 
Ou quase nada 
Já me utilizei de toda a escala e no final não sobrou nada 
Não deu em nada 

Confesso! Apesar de até ter sido apresentada em Lisboa na primavera passada, liguei cerca de patavina a esta nova interpretação daquilo que é um instrumento de prazer feito pela casa sueca, agora sediada em Mattighofen - sede da austríaca KTM. Tal como reza a épica canção bossa nova (samba salpicado com muito jazz) pincelada por Tom Jobim com letra de Newton Mendonça, “utilizei de toda a escala e no final não sobrou nada, não deu em nada” perdido na discussão se estamos perante uma moto urbana, flat track, scrambler ou assim-assim. 

Há uma estranha e incompreensível tendência da comunicação social especializada para rotular e meter num caixa estanque toda a moto diferente (esquisita?) que hoje apareça. Desta terraplanagem feita de banalidades não sobra nada. Não dá em nada. 

E voltei pra minha nota como eu volto pra você 
Vou cantar em uma nota como eu gosto de você 
E quem quer todas as notas: Ré, mi, fá, sol, lá, si, dó 
Fica sempre sem nenhuma, fica numa nota só 

De regresso à minha nota…, não foi comigo que a Husqvarna Svartpilen 701 conheceu a cidade. Levei-a arejar. Conhecer montes, encostas, vinhas e pomares. Ver o verde dos campos pontuados pelo fim do estio e pelo suave cheiro a uva fresca. 

Cantando numa nota como dela gostei, escrevo-vos que conheci uma fun bike construída a partir de um motor que é uma absoluta referência e de um chassi rigoroso como poucos que nos oferece um comportamento irrepreensível e um superior prazer de condução. 

No mais…, aquele único disco dianteiro não gera receio e é mais do que suficiente para parar todo o soberbo conjunto; os pneus mistos Pirelli MT 60 RS são uma bela supressa: excelentes no asfalto, cumpridores fora dele. No menos, espelhos (não eram de origem) e painel de instrumentos não cumprem; um controlo de tração faseado e a opção de desligar o ABS traseiro seria bem-vindo para maximar o prazer, tal como uma seleção de caixa mais precisa. 

A Husqvarna Motorcycles Portugal solicita uma transferência bancaria de 11.500€ por este lindo samba de duas rodas e uma nota só, que solicitou cinco litros do tal liquido inflamável de que tanto dependemos por cem quilómetros de saudade que deixou.

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